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terça-feira, 25 de fevereiro de 2025

“A Quem Bate, Abrir-se-lhe-á”



“Quem procura achará; 
a quem bate, abrir-se-lhe-á”.

Evangelho de Tomé


Seja por qual motivo for, o fato é que, quando alguém passa a demonstrar interesse maior pela Verdade, ou, como disse Paulo, “pelas coisas de cima”, é porque “algo” já lhe ocorreu internamente em termos de revelação divina. 

O interesse pelas coisas materiais perde terreno naturalmente, as antigas metas “deste mundo” se mostram insípidas ou sem aquele sentido que antes pareciam ter, e, assim, fica registrada a chamada “busca pela Verdade”.

Tanto na Bíblia como no Evangelho de Tomé, encontrado em 1945 no Egito, estão as palavras de Jesus: “Quem procura achará; a quem bate, abrir-se-lhe-á”. Que significam estas palavras, espiritualmente falando? Elas sinalizam a rendição do ego! A cada sincera “procura interior” pela Verdade”, o ego se encolhe, se mostra consciente de sua ignorância espiritual, e, é quando a Verdade, que É, começa a ser de alguma forma percebida, tanto através das leituras como pelas “contemplações” motivadas pelas mesmas!

O sentido, portanto, não é que haja uma Verdade oculta, a “portas fechadas”; há a Verdade, disponível sempre e igualmente a todos, e esperando este “encolhimento” do suposto ser humano, que faz gerar as brechas de percepção do divino, algo comparável às brechas apresentadas pelas nuvens no céu, quando, por elas, o brilho radiante do Sol pode ser diretamente visto.

A pessoa, em dia nublado, poderá ficar de “olhos ao céu” o tempo que desejar; entretanto, não poderá determinar em que momento as nuvens se moverão de modo a deixar-lhe as brechas de visualização do Sol. Por isso, as Escrituras explicam que é preciso “orar e vigiar sem cessar”, ou, que “a quem bate, abrir-se-lhe-á”. 

Cada um deverá se mostrar atento ao que ocorre dentro de si mesmo! O “céu” que a ele se abre está nele mesmo! 

Portanto, se sua atenção só estiver voltada ao suposto “mundo de aparências”, momentos importantes de lampejos e de revelações interiores poderão passar-lhe despercebidos.

Quando Jesus disse que “somos o sal da terra”, explicava que, sem a Presença consciente de Deus em nós, esta vida , em algum momento, se mostra realmente sendo insípida! E ela começa a ser realmente valorizada e respeitada quando as “portas da revelação” começam a se mostrar abertas! É quando entendemos que não vivemos de nós mesmos, e “nem só de pão”, mas, como diz a Bíblia, “de toda palavra que sai da boca de Deus”.






*GRATIDÃO ETERNA AO MEU AMIGO DÁRCIO

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