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terça-feira, 30 de junho de 2015

ESTABELECENDO CONTATO COM DEUS





Antes de iniciar qualquer das nossas atividades diárias, precisamos estabelecer contato com Deus. Aquele que ainda não aprendeu como fazê-lo, a princípio levará algum tempo. 


Talvez necessite ler durante alguns minutos, sentar e meditar alguns minutos mais, tornar a ler e meditar, refletir sobre alguma verdade e meditar mais uma vez. Possivelmente levará uma hora para consegui-lo e sentir que o conseguiu.

Os que sempre estão muito ocupados com as atividades da vida cotidiana e sob a pressão das necessidades deste mundo, poderão perguntar: Como poderei dispor dessa hora? – Isso cada um terá que determinar por si. Cada um terá que decidir se vale a pena conseguir essa realização espiritual levantando uma ou duas horas mais cedo, ou se é mais importante continuar dormindo. 

Conscienciosa e honestamente, ninguém pode alegar não dispor de tempo. Todos dispõem de vinte e quatro horas por dia. Mesmo se cada um tiver obrigações diárias a cumprir durante doze horas, poderá, indubitavelmente, decidir se nas doze horas restantes assistirá a programas de televisão, ouvirá rádio, irá a um cinema, dormirá ou passará pelo menos duas dessas horas tentando sentir-se em união com Deus. A cada um cabe determinar até que ponto realmente deseja essa experiência. 

Ter contato com Deus não é apenas afirmar mental ou verbalmente que o temos; é muito mais do que isso: é sentir-nos íntima e efetivamente livres de temores e preocupações de natureza mundana. 

Depois desse contato, recebemos maior luz espiritual e opera-se uma mudança gradativa em nosso corpo, em nossa situação financeira e em outras circunstâncias de nossa vida. 

Quando atingimos esse estado de efetiva realização, sabemos que estamos sendo divinamente conduzidos, divinamente protegidos, divinamente instruídos, e que vivemos sempre na presença de Deus, seja qual for a situação em que aparentemente nos encontramos.

Há um detalhe cujo conhecimento é sobremodo importante para chegarmos mais rapidamente a esse estado de realização. É o seguinte: quando mais tempo persistirmos na crença de que Deus cura, de que Deus nos enriquece, ou nos abastece de alguma coisa, tanto mais tempo seremos deixados de lado, fora dos domínios da manifestação de Sua presença. 

Teremos que chegar a um ponto em que nos apercebemos de que Deus não é um poder, mas uma presença. Poder-se-á considerá-lo como um poder somente no sentido de princípio criador e sustentador de Sua criação. Mas Deus não é um poder no sentido que lhe atribuiria quem dissesse: Oh, se eu pudesse entra em contato com Deus, Ele curaria a todos, abasteceria e protegeria todos os meus conhecidos. Em tal sentido, Deus não é um poder. 

Deus é uma presença. Mas, por ser uma presença – e infinita -, não existe nenhuma outra presença. Todo pecado, toda doença, morte, e toda carência, desaparecem ante a presença de Deus. 

Precisamos, pois, ter muito cuidado, quando estamos meditando, para que não acreditemos que o poder de Deus vá curar alguém, ou que vá prover suprimento, ou que vá proporcionar emprego a alguém. Ele não opera dessa maneira.







segunda-feira, 29 de junho de 2015

TRAZENDO DEUS PARA A VIDA DIÁRIA: PERCEBENDO A UNIDADE COM TODOS OS SERES ESPIRITUAIS







Não podemos entrar em contato com Deus em nossa vida individual senão mediante certa atividade de consciência. 

Ao estabelecer contato consciente com a nossa Fonte, entramos em contato com a Fonte espiritual de todos aqueles que nos podem abençoar e de todos aqueles a quem podemos abençoar: eu neles e tu em mim, a fim de que sejam aperfeiçoados no Uno. 

Entretanto, esta nossa interligação no Uno não se efetua senão no momento de nossa PERCEPÇÃO DE UNIDADE com a Fonte, porque antes desse momento nós nos sentimos como seres, humanos separados, cada qual com seus interesses e objetivos pessoais, cada um com suas necessidades, e esse senso de separatividade provavelmente não nos permitirá, de modo algum, atender às necessidades uns dos outros.

Não há circunstância, por insignificante que seja, que não possa tornar-se importante, com esse contato. 

Ainda que nada mais fosse que a rotina de fazer compras, o estabelecimento desse contato, mesmo em questões sem importância, não só nos pouparia tempo como – o que é mais importante – criaria em nós o hábito de continuá-lo, de modo que quando surgisse algum problema, ou quando tivéssemos de tomar uma decisão mais vital, não haveria possibilidade de esquecermos a observância desse princípio fundamental, porque nossa reação seria mais ou menos automática.

Para nós, pouco significa se nossas compras montarem a oito dólares ou a oito dólares e sessenta centavos; se compramos este ou aquele pedaço de carne, ou se adquirimos estes ou aqueles vegetais. 

O que realmente importa é que, com esse contato, estaremos formando mais um elo em nossa cadeia de interligação, porque estaremos aprendendo a não fazer nenhum movimento sem que estejamos profundamente compenetrados desse senso de unidade. 

Para estarmos conscientemente ligados a todos os seres e ideias espirituais, precisamos sentir-nos efetivamente em união com Deus , precisamos PERCEBER que o nosso SER é Espiritual e Divino. 

A mera afirmação mental de que somos um com Deus, nada adiantará. Mas, se estivermos sempre lembrados desse princípio de união, se nele meditarmos, refletirmos, ponderarmos até sentir sua ressonância em nosso íntimo, então começaremos a demonstrar de fato nossa união com todos os seres espirituais.

Nossa vida passará, então, a ser vivida na experiência desse contato com Deus. Antes disso, a verdade não passará de mero enunciado verbal, e estará muito longe de ser manifestada. Só quando esse pronunciamento mental se converter em sentimento profundo é que saberemos que a mão de Deus está nos amparando.




             Gratidão e Amor a Joel S. Goldsmith



domingo, 28 de junho de 2015

A DESCOBERTA DO INFINITO DENTRO DE NÓS










Buscai em primeiro lugar o reino de Deus e sua justiça, e todas estas coisas vos serão dadas de acréscimo. 


Quando fechamos os olhos e nos voltamos para dentro, sentimo-nos envoltos em densa escuridão. 

Neste recinto escuro, está a passagem de acesso ao Infinito. A não ser dentro de nós mesmos, não há outro lugar onde possamos encontrar o reino de Deus. Dentro de nós, porem, não quer dizer no coração, na medula espinhal ou no cérebro.

De olhos fechados, nos situamos nesse lugar escuro de onde parte o caminho que conduz ao reino de Deus, o reino do Espírito, e o reconhecimento deste fato nos coloca quase no ponto em que podemos sentir que nossos ouvidos se abrem como se estivéssemos prontos para receber uma comunicação. 

E esta nos vem de dentro, não nos vem de fora, não vem de nenhum de nós: vem-nos de nosso Ser Interno, vem de nosso centro para a periferia, das profundezas à superfície de nosso Ser.

Conseguimo-lo pela introspecção, compenetrando-nos de que: 
Através da consciência, tenho acesso ao reino de Deus, ao Infinito.

Ao fazê-lo estamos obedecendo às Escrituras: abrimos nossa consciência para que o EU, nosso divino Ser, a Consciência infinita que realmente somos, possa entrar. Abrimo-nos à nossa Divindade.

Em toda criatura humana existem aparentemente dois eus:  o humano e o crístico. 

Nesse momento, o homem terreno é o que precisa morrer diariamente, a fim de renascer do Espírito; é aquele que intimamente diz: Pai, destrói minha natureza terrena; anula meu senso pessoal, limitado, que me prende a essa mescla de bem e mal; consagra-me a Ti. Restabelece em mim aquela pureza que eu tinha no principio, quando permanecia em Ti.

Com esta atitude de rendição, abrimo-nos à divina influência para que entre em nossa consciência e nos governe. 

Assim, pois, pela prática da meditação entramos em contato íntimo com esse Espírito, que passa a permear-nos e mente e o corpo e começa o processo de purificação que, eventualmente, nos impedirá, para sempre, de explorar a outros ou de nos beneficiarmos à sua custa, ou de fazer-lhes alguma coisa que não quereríamos que nos fizessem. Isso não será por virtude ou retidão nossa, mas porque teremos abandonado a mente e o corpo a essa Consciência Infinita, ao divino Ser, que estará agindo através de nós.

Da consagração de nossa consciência resulta, no mesmo instante, a submissão da mente e do corpo ao governo de nosso EU espiritual, e a conseqüente consagração de nossas núpcias, nossos lares, nossos negócios, nossa arte, nossa profissão.

O que aparece como integridade em nosso trabalho cotidiano é a consciência individual, a consciência imbuída do Espírito. 

O músico, que tem consciência musical, sabe que não pode desenvolver destreza no manejo do instrumento independentemente de sua consciência musical, porque sem a habilidade desta, não podem as mãos, os pés e todo o corpo desempenhar seu papel. 

Em outras palavras: sem a dedicação da consciência, ninguém pode dedicar-se a nenhum empreendimento. Verifica-se que quando a consciência assume o governo da mente e do corpo e lhes dirige as atividades, nada pode impedir seu êxito. Por quê? Porque não pode prosperar nenhuma arma forjada contra Deus, que então Se manifesta como nossa consciência individual.

Não pode o artista expressar o que esteja acima de sua consciência artística, nem o músico o que esteja além do limite de sua consciência musical. Tampouco poderá o sacerdote, o pastor ou rabino estar vivendo acima de seu estado de consciência espiritual. O mesmo se pode dizer do curador metafísico. Por que? Porque no grau de consagração de sua consciência ao serviço de Deus está a medida dos talentos que o individuo manifesta.

Todos os dons estão mais ou menos latentes na consciência do individuo, mas, para se desenvolverem, este precisa tornar-se receptivo à sua Fonte espiritual.

Quando nos apercebemos de que Deus, o Infinito, é a consciência individual, então Ele passa a manifestar-se cada vez mais intensamente atreves de nós: menores se nos vão tornando os atrativos do humano ou finito, e maior a paixão pelo espiritual ou divino.

Isto não que dizer que precise a Divindade apresentar-se sempre sob a forma de uma atividade espiritual, como a de um sacerdote, a de um curador metafísico ou a de um instrutor espiritual. 

A Divindade pode agir com a mesma eficiência no campo da indústria, das artes, das finanças, da filosofia ou de qualquer outra atividade humana, porque o Espírito infinito funciona sob infinita variedade de formas. A própria indústria é positivamente uma atividade derivada da Consciência espiritual, e uma de suas funções fundamentais é a de prover os meios básicos para o desenvolvimento e divulgação da Ciência e das artes.

Precisamos compreender a natureza integral do homem como Espírito, mente e corpo, e saber que, uma vez tocados pelo Espírito, ou Alma, a mente e o corpo funcionarão em qualquer campo de atividade que efetivamente abençoe o mundo. Ele colocará alguns no exercício do ministério espiritual, outros, no mundo dos negócios, no mundo das artes, no mundo das finanças ou onde de algum modo possam, no momento, servir ao melhor propósito.

Abrindo diariamente nossa consciência ao influxo do Espírito, saberemos que nossas atividades estarão sendo dedicadas à realização de um bom propósito. 

Em verdade, vos digo, o que fizestes a algum destes meus irmãos mais pequeninos, a mim é que o fizestes. Quer o façamos prestando serviço espiritual, quer aliviando o povo da opressão, contribuindo para sua maior liberdade política, econômica ou industrial, tudo concorre para o mesmo fim. E a glória não é do homem, mas d’Aquele que se manifesta através do homem. Seja o que for que realizemos na terra, é obra do Poder supremo que deixamos fluir através de nós. 




          Gratidão e Amor a Joel S. Goldsmith 






sábado, 27 de junho de 2015

NINGUÉM VIVE DE" SI MESMO"






Na parábola do filho pródigo, é relatada a saída dele da casa do pai, para viver “de si mesmo” no mundo. 

Um dos pontos mais comentados, é o de sua volta, quando foi acolhido pelo pai e com grandes comemorações. Mas, um ponto de vital importância é percebermos o que causou toda a sua infelicidade, até se ver decidido a voltar para junto do pai. Passou-lhe pela cabeça “viver de si mesmo”, desgarrado de sua UNIDADE com o pai, achando ser isto a felicidade! 

Tudo de ruim pelo qual teve de passar, teve sua origem nesta ideia errônea de querer viver apartado do pai. Assim, pediu a parte da herança que lhe cabia e, diz a parábola, veio viver independente, em “terra distante”.


A maior parte da humanidade vive dessa forma, quando cada um pensa em viver “de si mesmo” e sem noção alguma de que a VIDA É UMA UNIDADE PERFEITA em manifestação. 

A Bíblia diz que “ramo cortado da árvore” não subsiste! 

O desconhecimento desta Verdade é a causa de tanta dor e sofrimento aparentemente vistos no mundo! 

Muitos clamam a Deus, pedindo Sua ajuda; porém, julgam-se apartados d’Ele, com vida e mente diferentes da d’Ele, e esse tipo de oração, baseada em falsas crenças, dificilmente é atendida!

O que se requer, é a RENUNCIA a “querer viver de si mesmo”, e isto significa “renascimento”, ou seja, cada um abrir mão de sua ilusória natureza humana para se ver em Deus, com a natureza de Deus e, portanto, sendo Deus.

Esta condição de “VIDA EM UNIDADE” é permanente para todo Filho de Deus. 

Unicamente uma CRENÇA FALSA alimenta a ideia de separação e de surgimento de vontades pessoais ou mentes pessoais, separadas do TODO.

Dê início às suas “contemplações” já com esta CRENÇA DE SEPARATIVIDADE anulada! 

Parta de DEUS COMO TUDO; PARTA DA UNIDADE PERFEITA QUE VOCÊ “AJUDA” A FORMAR! ESTA É A VERDADE ETERNA DA EXISTÊNCIA!

Jesus não disse ter vindo para “melhorar” a vida humana de alguém! Veio revelar o REINO DE DEUS AQUI! Para vivê-lo, basta-lhe fazer sua identificação com o CRISTO, descartando INTERIORMENTE todo suposto vínculo com “seres humanos” e com “vida terrena”. 

Varra de sua aceitação que lhe é possível “viver de si mesmo”, sem estar na UNIDADE PERFEITA CHAMADA ONIPRESENÇA! 

Desse modo, imediatamente a Verdade lhe estará disponível! De que forma? 

Pela sua “percepção” de que onde VOCÊ está, AQUI E AGORA, é nesta UNIDADE PERFEITA. 

Assim, além de estar “conhecendo a Verdade”, VOCÊ ESTARÁ SENDO A VERDADE, CONSCIENTEMENTE!



                 Agradecimentos ao Meu Amigo Dárcio





sexta-feira, 26 de junho de 2015

EIS QUE ESTOU Á PORTA E BATO ..













Todos os dias devemos dispor de um período em que possamos fechar os olhos e nos voltar para dentro de nós mesmos, convidando Deus a entrar.



Em sentido metafísico, porém, Deus não entra nem sai, pois nada tem de natureza material: não pode limitar-se a ficar dentro nem fora de coisa alguma. 



Deus é onipresente: está sempre e ao mesmo tempo dentro, fora, acima e abaixo de tudo, e a tudo permeia. 



Neste sentido, a palavra Onipresença é a única que descreve adequadamente a natureza Deus. 

Portanto, se Deus, como Infinito, é Onipresença, no momento em que abrimos a porta – e imagino essa porta como sendo minha mente -, nos apercebemos da presença da Infinidade a inundar e expandir nossa consciência. Eis-nos, então, sob a Graça. 

A Graça de Deus é o poder, a Presença, a sabedoria que excede todo o entendimento; a graça de Deus é o que nos confere, como recompensa por lhe abrirmos nossa porta, a autorrealização seguida de seus frutos.

Para abrir essa porta, devemos orar assim:

Senhor, sei que estás batendo à porta de minha consciência, e a estou abrindo. Toma minha mente e meu corpo! Sê minha Alma, sê minha vida!

A isso, seguir-se-ão horas durante as quais seremos guiados, dirigidos, beneficiados, abençoados. 

Não obstante, em outro período de reflexão teremos que renovar nossa dedicação, procurando vivenciar a essência destas palavras:


Eis que estou à porta, e bato... Deus, o infinito, o Eterno, o Imortal, o Supremo, enche todo o espaço, é onipresente, a Presença Infinita. 

Como abro minha consciência a Deus, o Verbo habita em mim e eu n’Ele, e assim a Consciência divina me permeia. 

Minha mente, meu corpo, meu trabalho, meu lar, minha arte, minhas aptidões são dedicados a Ele. 

Tudo em mim é dedicado a Deus, e eu sou um instrumento que Ele usa para a realização do Seu plano.


Em nos dedicando a Deus, permitindo-lhe consagrar aos Seus desígnios nossas mentes, corpos e atividades, alcançamos um estágio mais elevado, chegamos a saber realmente o que é consagração e por que algumas pessoas progridem intensamente em suas atividades espirituais, enquanto outras, não. 

Por ignorarem a natureza da dedicação ou consagração, consideram-na qualidade humana, pessoal e, julgando-se altamente dedicadas, esperam grandes resultados espirituais que não podem alcançar, porque se dedicam mais a se mesmas, à sua glória pessoal, que a Deus. 

Isto evidencia que o homem cuja mente e corpo estão separados da Graça espiritual é um morto ambulante, e não viverá realmente enquanto não tiver a Percepção Espiritual de si mesmo. Só então é que a vida passa a ter um propósito, um significado, porque poderá, através do indivíduo, manifestar-se aos menores de meus irmãos. 

Em verdade, vos digo, o que fizestes a algum destes meus irmãos mais pequeninos, a mim o fizestes. (Mt 25:40). 

Não basta sermos bons para os nossos familiares. Acho que as pessoas que vivem no nível animal assim procedem. 

A dedicação deve ser de natureza superior à que se devota apenas à própria família, deve estender-se a outros, aos menores de meus irmãos. 

Precisamos compreender que a dedicação de caráter pessoal, ou mera promoção do ego, não é espiritual, não é dedicação a Deus e, em tais condições, não permite que Ele nos consagre a Si mesmo para que possam ser abençoados todos aqueles que entrem em contato com a nossa consciência. 

Daí por que, para essa consagração de nossa consciência, geralmente precisamos esforçar-nos lembrando-nos, diariamente, ao despertar pela manhã, antes ou pouco depois de levantar, e ainda muitas vezes ao dia, de que: 

Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e cearei com ele e ele comigo. (Ap 3:20). 

Ao PERCEBERMOS a Consciência DIVINA como sendo a nossa, acontece-nos algo que muda inteiramente nossa natureza. 

Então já não temos o poder de usar a mente e o corpo para fins maléficos. Surge Algo maior do que nossa própria integridade, maior que nossa educação ou nosso ambiente, Algo que assume a direção de nossa vida: sentimo-nos governados por uma Influência superior. 

Imprimimos em todas as nossas atividades o cunho dessa dedicação de nossa própria consciência. 

Ainda que outros possam valer-se de sua arte, de sua profissão, de sua indústria ou de seus negócios para fins egoísticos ou maus, nós, uma vez espiritualmente dotados, não poderemos empregar coisa alguma senão para o bem. 

Eventualmente, porém, deverá chegar um momento em que já não tratemos de ser bons ou de como ser bons, de como ser bem sucedidos: é quando predomina em nossa vida o anseio de preenchimento espiritual; é quando já estamos realmente fatigados com o lado sombrio da vida; é quando mesmo o seu lado bom demonstrou não poder proporcionar-nos as satisfações prometidas.




                       Joel S. Goldsmith







quinta-feira, 25 de junho de 2015

O HOMEM NÃO NASCEU PARA CHORAR












Geralmente as pessoas procuram um caminho ou estudo espiritual, por que sentem a necessidade de melhorar ou ajustar alguma condição em sua vida. Sentem que não encontraram a plenitude de viver; que não estão felizes. Reconhecem que sua saúde ou algum outro aspecto de sua vida não é satisfatório. 

Em suma, estão buscando o “elo faltante”. Não estão procurando Deus por Ele mesmo, mas, sim, o aprimoramento de sua vida na terra o ajustamento de suas atividades terrenas.


É verdade que as verdades espirituais sempre trazem benefícios práticos à nossa vida, mas posso assegurar-lhe que você terá tudo o que espera humanamente, no estudo da Verdade, porque não está na natureza do ensinamento espiritual dar-lhe todas as boas coisas que você gostaria de ter. Sua saúde poderá melhorar; você poderá alcançar maior prosperidade ou outra forma de felicidade humana, mas não a totalidade do que espera.

Com o tempo verá o porque disto. Perceberá que é orar em vão, quando tenta realização humana através das verdades espirituais.

Percebemos claramente, através da mensagem de cada místico, que o objetivo da senda espiritual é “morrer para a experiência humana” e “renascer do Espírito”. Por eles aprendemos que o reino verdadeiro, o reino espiritual ou místico “não é deste mundo”, ainda que considerássemos este mundo como sadio, sábio e próspero.

A senda mística lhe ensina que a meta da vida não é uma meta metafísica para uma saúde melhor, para um lar mais confortável, ou um carro mais caro, ou uma esposa ou esposo satisfatório. A meta é libertar a alma do túmulo da existência humana, especialmente do túmulo da mente humana.

Se você dispõe de tempo para períodos de introspecção ou contemplação, procure sentar-se, acalmar-se e ver até que ponto você está aprisionado em seu corpo e em sua mente. Note o quão pouco você conhece, a não ser aquilo que você encontra lá. Então, constatará que toda a experiência humana é uma vida em prisão.

Efetivamente, cada ser humano vive preso à sua mente e ao seu corpo e, via de regra, durante sua vida inteira jamais se liberta dela. 

A maioria das pessoas – até mesmo as de elevada educação – acha que, o que não está na mente e no corpo, não tem realidade ou existência. O que se nota é que, quanto mais culta a pessoa é, maior é a sua prisão dos conceitos mentais.

Devidamente compreendida, a vida é uma aventura. Tal como o bebê, quando começa a engatinhar, se deslumbra com o mundo fora de seu berço, de seu quadradinho ou cadeirinha alta, embora bata sua cabeça ou queime os dedos no fogo, explorando cada canto da casa, assim deverá ser a nossa vida.

Infelizmente, com o tempo, a criança alcança a adolescência e perde todo interesse pela busca ou desejo de aventura. Pode haver um intervalo de curiosidade quanto ao sexo, mas quando ela é satisfeita nada mais resta no anseio da pessoa. A vida passa a ser vivida pelo que é gravado no corpo e na mente.

Felizmente, há alguns exploradores – artistas, aventureiros da alma para os quais a vida não perde o seu fascínio. Eles tentam alargar os seus horizontes nas esferas mental, física, artística. Muito poucos são os que buscam no campo da alma.

Pense um pouco na palavra “alma”. Constate como você sabe pouco a respeito dela. E um grande número de pessoas conhece ainda menos que você. Você teve oportunidade de ler muitos escritos e tem estudado algo sobre o assunto. Sabe que a maior compreensão deste tema é a maior experiência a que um indivíduo pode chegar.

A alma está aprisionada no túmulo que chamamos “experiência humana”: o túmulo da mente e do corpo. 

Se desejamos alcançar experiências da alma, temos de romper as barreiras do corpo e da mente. A isto, Jesus, nosso Mestre, chamou “de não nos preocupar com nossas vidas, mas de buscar o Reino de Deus – a esfera de Deus: a Alma. 

Mas violamos este ensinamento ao supor que a vivência de Deus ou da Alma consiste em melhorar as condições materiais de nossa vida. 

Mas as instruções divinas são claras: de não nos preocuparmos com esta vida, seja qual for o seu aspecto, corporal ou mental – e alcançar a consciência de um rumo mais elevado, de um objetivo ou significado mais alto em nossa vida.

A razão deste tema da Alma ser tão minimamente conhecido é porque se fala de Deus, sem compreender que Ele é a própria Alma do homem. 

Você nunca poderá contatar e sintonizar o Reino de Deus em você, enquanto não tomar consciência de sua própria Alma. Esta busca e este encontro é uma real aventura, porque você tem que deixar de lado os apegos ao corpo e aos conceitos mentais, partindo rumo ao que lhe é humanamente desconhecido.

O almirante Bird, quando se aventurou às regiões dos Pólos Norte e Sul, não sabia o que o esperava e nem tinha certeza de que encontraria um caminho de retorno. Deixou as águas familiares e seguras e foi para lá, embora sabendo que muitos exploradores tinha ido aos pólos e nunca mais tinham voltado. Todavia, Bird estava disposta a ir além do sentido de preservação de sua vida, em busca do desconhecido.

De modo parecido, na busca da Alma, você não tem absolutamente meios de saber o que irá encontrar e nem a garantia de que poderá retornar. Aqueles que foram antes de você não deixaram mapas. Não disseram como ir e como voltar. Sabemos que o roteiro é o caminho da meditação e um bom instrutor pode servir-nos de guia. Contudo, até mesmo esse Instrutor só pode guiá-lo na prática da meditação. Depois você será entregue a você mesmo.

Alguns ficam assustados à primeira visão do campo da Alma que, nunca mais se aventuram de novo para aquele lado. Deus é Luz. Entrar, face a face, com essa Luz tão ofuscante e cegante em sua intensidade, é mais difícil do que encarar diretamente o sol físico, em sua maior luminosidade, do meio dia. 

Portanto, se isto parece assustador, você deve mesmo munir-se de um espírito aventureiro, para realizar mais do que espera. Não que Deus seja assustador: os sentidos humanos é que se assustam ante o desconhecido. Na realidade, nada existe a temer nessa busca.

De modo geral, o progresso no caminho espiritual é muito gradual, de modo que o trajeto inteiro se transforma em alegria. Aqui e acolá haverá experiências surpreendentes, por que diferem do que você esperava. 

Você precisa perder seus equivocados conceitos acerca de Deus; você deve deixar de lado tudo o que esperava de Deus.

Eu gostaria de escrever um livro com a título: “DEUS PAPAI NOEL”, porque é esta a ideia de muita gente a respeito de Deus. Esteja seguro de que ninguém pode entrar no Reino da Alma com tais ideias. 

Você deve abandonar tudo o que até hoje esperava no sentido humano de companheirismo. Você gostaria de contar a seus chegados tudo o que você pensa e faz; você gostaria de partilhar com eles todas às suas alegrias e êxitos. Mas no caminho espiritual você não pode fazer isto porque, aqueles que não trilham este caminho não estão em condições de avaliar e de partilhar de tais experiências. Só mesmo em raras oportunidades você poderá encontrar alguém com quem partilhar estas coisas. Porém, mesmo em tal hipótese, você descobrirá que algumas coisas devem permanecer ocultas com você para sempre.

Isto explica a solidão de Jesus em Seu ministério de três anos. Quando Ele quis revelar alguns segredos da vida Espiritual, só pôde levar com Ele três de seus mais íntimos discípulos. Os demais discípulos não tinham condições de assistir à transfiguração e defrontar Moíses e Elias, que tinham vivido muitos séculos antes. Não poderiam compreender como eles viviam ainda e permaneciam exatamente lá onde eles estavam, comunicando-lhes Sua sabedoria. 

O Mestre não falou desta experiência aos demais nove discípulos. E mesmo aos três escolhidos, estou certo de que havia segredo que ele não podia comunicar. Esta é a “solidão” ou “silêncio” que guardamos, ao compreender que não podemos falar das experiências espirituais, senão com raríssimas pessoas.

No momento em que você toma contato com a Consciência mais elevada, sua visão se expande, abrangendo fatos presentes, do passado e do futuro. É como você ficar de pé, no terraço de um alto arranha-céu, de onde você pode descortinar, num ângulo de 360 graus, milhares de quilômetro em todas as direções enquanto que, no mesmo instante, um homem, na rua lá embaixo, só pode tomar consciência do que lhe esta próximo. 

Nos planos mais elevados de consciência, o passado, o presente e o futuro ganham imensas amplitudes (não relacionem com quiromancia ou cartomancia). Então podemos compreender como os profetas da Bíblia previam o que ia acontecer e podiam prevenir em tempo, os males que se anunciavam se continuassem agindo de modo errado. Mas eles foram muitas vezes castigados pelos teimosos reis. Da mesma forma, se você começasse a falar de certas experiências, além de você profanar e arriscar-se a perder essa percepção encontrará descrença e escárnio, porque não podem compreender o que não vivenciaram por eles mesmos. Eles não podem compreender. E você perderá muitos companheiros na senda espiritual.

Há uma razão prática para empreender a aventura espiritual: com aquilo que conhecemos até agora, é possível trabalhar, por trás dos bastidores, para mudar o curso de eventos futuros. Isto é conhecido dos místicos que se acham no outro lado do véu. Na medida em que eles acham homens e mulheres receptivos às necessidades espirituais, são capazes de lhes comunicar sua sabedoria. Assim, aqueles que estão agora na terra, podem exercer uma influência auxiliadora no ajustamento das condições humanas.

Porém, mesmo sem isto, a aventura valeria a pena, porque ela liberta nossa alma das limitações. Liberta-o da repetição monótona cristalizante de levantar-se, trabalhar, comer três vezes ao dia e depois ir para a cama à noite, para repetir tudo no dia-seguinte. Uma prisão!

O ser humano não foi criado para ser um escravo – física, mental e economicamente. 

O propósito essencial do homem é manifestar a sua natureza divina. Ele foi criado para ser um instrumento consciente de Deus na Terra – como rezou São Francisco. Tal é o sentido da suposta encarnação: Deus feito homem individual. 

O Filho pródigo simboliza “o caminho perdido” e mostra que o ser humano pode e deve encontrar a via de regresso ou retorno à “Casa do Pai” – ao estado de consciência divina, lá vivendo como herdeiro de Deus, revestido do manto de uma mais alta consciência, do anel de herança e união, no usufruto da glória de Deus.

O homem não nasceu para chorar. Todos as suas lágrimas são derramadas tão somente porque ele sente a sua limitação. Cada lágrima que você derrama é sinal de alguma restrição que você está experimentando em sua vida. 

O homem não nasceu para chorar! Quanto mais você procurar, dentro e em torno de seu corpo e de sua mente, tanto mais limitado e preso ficará. Não tenha a ilusão de que você é livre de seu corpo e de sua mente. Quanto mais você estudar a Verdade e observar os movimentos internos e seus impulsos, mais verá a necessidade de libertar a sua alma dos grilhões dos hábitos e crenças deste mundo. E quanto mais você o conseguir, elevando-se ao reino de Alma, até a aproximação dela, seu corpo e sua mente se tornarão mais receptivos ao governo divino interno e sua vida requererá menos atenção humana.

Eventualmente você também poderá ser livre destas limitações por um ato da Graça. Alguma coisa lhe acontecera – não por você sentar-se e simplesmente esperar por ela. 

Acontecer-lhe-á se você mantiver seus pensamentos focados em direção do Alto, como foi dito por Isaías (26:3): “Tu, Senhor conservarás em perfeita paz aquele cuja mente está firmada em Ti”. “Reconhece-O em todos os teus caminhos e Ele te orientará” (Prov.3:6). “Na quietude e na confiança está a tua força” (Isaías 30:15). 

Neste sincero esforço, de sintonia é que você pode receber a Graça, que eventualmente o libertará. Agora você pode compreender porque os anjos são imaginados e representados com asas: porque os pensamentos voam, pairam. Estas experiências sublimes se dão no topo da montanha: nas sublimes alturas da consciência. 

Quando a Alma é liberada, ela voa para a alto, não no tempo e no espaço, mas em consciência. Não fica mais ancorada no chão. Não permanece mais enterrada no corpo e na mente carnal. Torna-se uma consciência ascendente, uma faculdade das alturas.

Quando uma pessoa passa pela experiência da morte física, supomos erroneamente que sua alma deixa o corpo e voa para o alto. Não é pela morte do corpo que isto acontece: é quando aprendemos a morrer diariamente para corpo e a mente. 

Então sim a Alma é liberada gradualmente para um estado mais elevado de consciência. Isto devemos alcançar enquanto estamos bem vivos, “por causa da morte para o sentido humano do ser”. Este é o dia em que você se liberta do túmulo do corpo e da mente e libera a sua Alma. Embora isto seja ensinado simbolicamente – como em todos os ensinamentos místicos, há quem o interprete literalmente, assim como fazem na história de Jonas na barriga da baleia, que simboliza o aprisionamento do homem nas crenças humanas.

Você sabe que tem um corpo e que tem uma mente, mas ainda não chegou a conhecer o verdadeiro Ser que você é e que tem esse corpo e essa mente. 

Conhecer essa real identidade é a aventura de sua vida: o seu despertar pare o real Ser que você é: essa Alma que vive. 

Você precisa primeiramente conhecer esse você que é essa Alma. Em seguida poderá começar a exploração, a busca, até encontrar-se! Esta é a razão de sua vida na terra. Esse Ser espiritual que jamais nasceu e jamais morre e que momentaneamente está sepultado num “parêntesis”, buscando saída, para dar um pleno propósito ao seu viver! 

Se você procurar em seu corpo, dos dedos do pés ao topo da cabeça, tentando localizar onde está esse Eu espiritual, descobrirá que Ele não se encontra em nenhuma parte de seu corpo. 

Então lhe virá a primeira sugestão: “Se não estou neste corpo, onde estou? O que eu Sou?” Aí começa a busca do homem criado por Deus. E a grande aventura se inicia!

É melhor que você guarde todas estas descobertas para você mesmo. Jamais acredite que poderá encontrar alguém que tenha exatamente as suas experiências. Então, um dia, quando você se encontrar conscientemente fora de seu corpo e compreender que EU SOU EU – será capaz de ver que Deus implantou a plenitude dEle em você, de modo que nada lhe pode ser acrescentado e nada lhe pode ser tirado. Verá que você se encontra na plenitude do Ser, em Deus. 

A partir desta experiência, você não procurará nada mais lá fora, mas estará livre para partilhar doze cestas cheias a cada hora do dia, sem qualquer pensamento de que esteja esgotando seu interno suprimento. Você passará a desfrutar a vida com alegria; a viver o céu na terra. Mas isto, só depois de você ver o EU SOU que você é, não limitado no corpo e em crenças materiais – senão um Ser incorpóreo, espiritual, onipresente, livre!

A partir deste instante você compreenderá o que foi dito: “As armas não atingem a vida; as chamas não a queimam; as águas não a podem afogar – pois você é o Eu, conscientemente realizado à semelhança de Deus, indestrutível, indivisível, inseparável de Deus. Nem a vida e nem a morte poderá separá-lo da Vida-Deus-Amor-Plenitude!”





           Amor e gratidão eterna a Joel Goldsmith


quarta-feira, 24 de junho de 2015

A FINALIDADE DA VIDA











Eis diante de nós um dos assuntos mais importantes no mundo. Para que nascemos?


Não é possível que tenhamos vindo a este mundo simplesmente para ganhar a vida, fazer serviços domésticos, escrituração mercantil ao seja lá o que for que o destino nos reserve, apenas pelo privilégio de, no final das contas, nos deitarmos para morrer.


Se vivemos a fazer somente essa coisas, é porque ainda não descobrimos nossa verdadeira vocação.

Contudo, no momento que identificares a Deus, a Consciência infinita, como sua consciência individual, transporás os limites do teu ambiente, por mais fechado que pareça.

Sentirás o impulso insopitável de conhecer a finalidade da tua vida, porque todos nós temos uma alta missão a cumprir neste mundo.



Não está escrito na vossa lei... Vós sois deuses?
                           
João:10:34        



Sempre o Mestre Jesus tentou alçar a consciência pessoal do homem ao nível que permitisse a este o reconhecimento da própria e verdadeira identidade, Deus – que és, que somos.


Jesus simplesmente aconselhou seu povo a ser o que ele era.

       
... É esta a vontade de quem me enviou: que todo homem que vir o Filho e crer nele tenha a vida eterna... (Jô 6:40).


Se puderes sentir ou perceber que Deus trabalha através de alguma pessoa, terás então que reconhecer que Ele trabalha igualmente através de ti, porque a experiência dessa pessoa era como a tua, antes que o Espírito a tocasse.


O objetivo do ensino da verdade espiritual é elevar o nível de nosso entendimento a ponto de nos podermos aperceber de nossa verdadeira identidade.



Se puderes crer que notaste um sinal de Consciência Espiritual, ou Consciência-Deus, emanar de algum instrutor espiritual, estarás crendo que o Filho está nele e, nesse momento, estarás salvo.


Serás de tal modo levantado que saberás que o que é verdade a respeito dele o é também com relação à tua própria identidade.



Se assim não o for, será porque o que notaste nesse instrutor não é real. Deus não olha a pessoas.


Atenta na história da vida de todos os líderes espirituais e descobrirás que, antes de  se tornarem líderes, aconteceu-lhes algo que despertou suas mentes do mesmerismo dos serviços domésticos ou das atividades de empregado ou do comércio, permitindo-lhes perceber o fato de que Cristo era o  próprio ser deles, o fato de que o próprio ser deles era o Filho.


É esta a vontade de quem me enviou: que todo o homem que vir o Filho e crer nele tenha a vida eterna, e eu o ressuscite no último dia. (Jô 6:40).


Ao te aperceberes de que o Filho está dentro de ti, o teu próprio ser será levantado a uma PERCEPÇÃO que te permitirá entender que tudo o que tenha sido verdade em relação aos líderes espirituais do passado, é verdade também em relação a ti, porque o que aparece como tu e como eu é intrinsecamente o mesmo EU.


Murmuraram dele os judeus por ter dito: Eu sou o pão que desceu do céu. (Jô 6:41)


Como os seres humanos detestam ouvir isso! Como os irrita ouvir alguém dizer: Tenho algo de Deus dentro em mim. Sou a própria presença de Deus. Ofendem-se com isto porque acham que alguém se colocando acima deles, julgando-se maior que eles e pretendendo separar-se dos demais.  

Não compreendem que isso é apenas a expressão de um princípio que todos devem e podem adotar.


Diziam: Não é este, porventura, Jesus, filho de José, cujo pai e mãe conhecemos? Como diz, pois: Eu desci do céu?


Tornou-lhes Jesus: Não murmureis entre vós. Ninguém pode vir a mim, se não o atrair o Pai que me enviou; e eu o ressuscitarei no último dia. Está escrito nos profetas: Serão todos ensinados por Deus. (Jô 6:42-45).


Compreendes a mensagem? Jesus coloca-se acima de si mesmo e glorifica o CRISTO - DIMENSÃO ESPIRITUAL INFINITA, internamente. Depois volta e diz: Serão todos ensinados por Deus. Ei-lo, pois, a extinguir a personalidade humana.


Nosso estudo é para que Deus possa se revelar como nossa consciência individual: Eu sou o Verbo que se fez carne.


O início da sabedoria é quando desviamos nossa atenção do mundo externo, do mundo dos efeitos ou aparências e começamos a perceber que o poder não se encontra nele, mas em nós, como indivíduos. 

É-nos dado individualmente todo o poder. Como indivíduos, nós temos do domínio sobre todas as coisas que aparecem no mundo dos efeitos.

        

Ao invés de darmos tratamentos, vejamos se podemos sorrir, pelo menos internamente – não abertamente, para não ofender a ninguém ou não parecer que estejamos fazendo pouco de seus aparentes sofrimentos -; vejamos se podemos sorrir na atitude de quem dissesse mentalmente: Sim, mas eu sei que não há poder em aparências. O poder está em mim, em ti, em cada um, não importa quem seja ele.


Deus, a consciência de qualquer indivíduo, é o poder. Já não mais odeio, não amo nem temo aparências externas, ou o que o homem mortal ou efeitos materiais me possam fazer.


Não atribuas poderes a números, a pães e peixes, porque eles não têm nenhum poder. 

Eu sou o poder. Deus, a Divina Consciência, tem que aparecer como o meu infinito suprimento espiritual, como o meu corpo espiritual, ilimitado.


E VOLTANDO A PERGUNTA INICIAL - PARA QUE NASCEMOS?


Para saber que o Eu que Somos é Espírito e nunca nasceu e jamais morrerá ..


Para manifestar a Glória de Deus – ou seja, a PERFEIÇÃO ESPIRITUAL que é a nossa Eterna Identidade feita à imagem e semelhança de Deus - ESPÍRITO.





                              Gratidão, respeito e Amor a Joel S. Goldsmith