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quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

DERRAMANDO AMOR .. DERRAMANDO CRISTICIDADE ...




Se precisarmos de suprimento, devemos começar por expressá-los de diversas maneiras. algumas pessoas doam parte de suas posses a instituições de caridade ou podem, até mesmo, fazer algumas despesas desnecessárias só para provar que têm suprimento financeiro.
 
Porém, o dinheiro não é a única maneira para se iniciar o fluxo. Podemos começar a doar amor, perdão, cooperação e serviço.
 
Qualquer doação destinada a Deus ou a Seus filhos é um ato de dar de si. Essa é aplicação do Princípio de que nenhum bem pode vir para nós, o bem deve fluir através de nós para fora.
 
Não está claro que a expectativa de receber o bem de qualquer fonte externa a nós seja a atitude que nos separa desse bem? Será uma constante busca interior por maiores oportunidades não liberaria o bem já existente em nós, deixando-o fluir para ser expresso e compartilhado, abrindo as janelas do céu?
 
Devemos doar porque temos, doamos porque temos abundância, doamos porque temos amor e gratidão a transbordar.
 
Gratidão não está relacionada à expectativa do que podemos receber amanhã, agradecer é compartilhar ou expressar alegria pelo bem já recebido.
 
É doar sem o mínimo desejo de receber em troca. Qualquer doação, seja de bens concretos como dinheiro, comida ou roupa, ou abstratos como perdão, compreensão, respeito, bondade, generosidade, amor, paz ou harmonia deve ser feita pelo fato de termos em abundância. Assim, virá a transformação na consciência que revela a nossa Cristicidade. 

 
 
A Cristicidade é muito parecida com a integridade na medida em que dá de si mesma sem esperar retorno ou recompensa.
 
A integridade é um estado do ser, pela simples razão do ser.

O mesmo se aplica a Cristicidade: por mínima que seja a dose de Cristicidade que adquirimos, já não existe mais um eu pessoa a ser servido, pois ela própria é o servo, não o mestre, é a que concede, dá, compartilha, mas não tem nada a receber em troca, porque já é a plenitude da Divindade. Isso é o que constitui Cristicidade.
 
Quando um indivíduo expressa integridade não esperando retorno, porque é a natureza do seu ser , demonstra que tem Cristicidade e vive sua vida como um instrumento através do qual Deus pode Se derramar em plenitude. 

                  JOEL S. GOLDSMITH

 

terça-feira, 30 de dezembro de 2014

AS NOSSAS NECESSIDADES SÃO SUPRIDAS ATRAVÉS DE NOSSO CONTATO COM DEUS - DENTRO DO NOSSO PRÓPRIO SER




Se concordamos com as Escrituras: "filho, tu estás sempre comigo, e tudo o que é meu é teu", e que somos coerdeiros com Cristo de todas as riquezas celestiais, percebemos que nada no mundo é nosso pela nossa própria força ou sabedoria, mas pela filiação e divindade, por sermos filhos de Deus.
 
Pela nossa filiação divina, como podemos pedir, implorar ou esperar que nosso bem venha através de outras pessoas? Não há coerência nisso.
 
Vamos admitir sermos nós, o ramo, Cristo,  e a videira é a Presença Invisível dentro de nós - Deus - a Divindade com a qual somos Um.

 
 
Se uma árvore frutífera se torna estéril, é impossível colocar pêssegos, pêras ou maçãs nela.
 
Não esperamos que uma árvore dê seus frutos à outra árvore ou que um ramo dê frutos para outro ramo. Cada árvore dá frutos por ela mesma.

Para uma pessoa que nunca viu o milagre da árvore frutífera deve parecer estranho que os frutos saiam dos ramos. Racionalmente, essa é uma possibilidade ridícula. De um lado, um ramo vazio, de outro, um tronco vazio. Como é que pêssegos vão sair do tronco e se pendurar nos galhos? Por mais misterioso que pareça, a verdade é que esse é um fenômeno comum na natureza.
 
É incompreensível à mente humana dizer que nosso suprimento não venha de alguém, que nossos vizinhos, amigos ou parentes não suprem nossas necessidades, mas que nós, individualmente, através de nosso contato com Deus recebamos nosso suprimento de dentro do nosso próprio ser.


Assim como a aranha tece sua teia de dentro de si, assim nosso bem se desdobra de dentro do nosso próprio ser.
 
"Filho, tudo o que é meu é teu" é a expressão da verdade, mas apenas conhece-la intelectualmente não transformará a escassez em abundância. Mesmo sendo essa declaração da Verdade a base para dizimar toda sugestão de limitação, um dia já não precisaremos dizê-la, nos a sentiremos, e nesse momento ela se tornará lei em nossa experiência.
 
A partir daí, já não nos preocuparemos com o que havemos de comer, beber ou vestir, porque a lei da herança divina assumirá. Nosso bem vem nós na hora certa, sem qualquer maquinação humana. Isso não significa que não trabalhemos séria e conscientemente, mas a partir de agora o faremos pelo trabalho em si e não como fonte de sustento. O que quer que façamos, o fazemos porque é nossa função neste momento.
 
Damos o melhor de nós, mas não para ganhar a vida. Logo descobrimos que se nosso trabalho não for do tipo que satisfaz a nossa Alma seremos levados a fazer alguma outra coisa. No entanto, isso nunca acontecerá se continuarmos a acreditar que nosso trabalho é a fonte de nosso suprimento.
 
Quando entendermos o ter, que "eu e o Pai somos Um, e tudo o que o Pai tem é meu", descobriremos maneiras para o bem fluir através de nós.

Não adquirimos amor, não conseguimos suprimento, não obtemos a Verdade, não obtemos uma casa nem companhia. Todas essas coisas estão dentro de nós. Não podemos obtê-las, mas podemos começar a extravasar e multiplicar. Nós devemos dar a partida. Apenas reconhecendo esse princípio, abrir-se-á o caminho para que possamos experimentar todo o bem, mas será necessário abrirmos conscientemente caminhos específicos para que o bem flua.

 
 

segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

QUANTO MAIOR FOR O RECONHECIMENTO DA PLENITUDE DE DEUS DENTRO DE NÓS, MAIOR É A PERCEPÇÃO DO FLUXO DA GRAÇA


 
 
Cada  palavra da Verdade deve ser aprendida e incorporada à nossa consciência a ponto de ser tornar carne da nossa carne e osso do nosso osso, até que passado, presente e futuro estejam ligados na Percepção Consciente da  Graça de Deus como nossa suficiência.
 
Em outra palavras, nossa Consciência da Verdade é Fonte, Substância, Atividade e Lei de nossa experiência diária.
 
Quando reconhecermos Deus como fonte de todo o bem, Deus como nossa suficiência, e as pessoas e circunstâncias como meio ou instrumento do nosso suprimento, poderemos ter a experiência de Moisés, que viu o maná caindo do céu ou a de Elias, a quem os corvos trouxeram comida, que encontrou bolos assados nas pedras e recebeu alimento de uma viúva pobre. Tudo pode acontecer, mas com certeza, a abundância é uma delas.
 
 
Onde quer que atuemos, é necessário levar a Verdade como uma atividade da Consciência.
 
Você pode dizer que esse é um trabalho árduo, mas é muito mais difícil do que você pensa. É por isso que Jesus chamou o Caminho de íngreme e estreito.
 
Multidões vinham a Ele para serem alimentadas, mas nunca houve uma multidão que multiplicasse pães e peixes.
 
Mestres e Praticantes podem curar, mas a menos que nós próprios incorporemos essa Verdade na consciência, perderemos a oportunidade de conseguir nos libertar da carência aqui e agora.
 
"Àquele que tem, mais será dado e àquele que não tem, até o que pensa ter, ser-lhe- á tirado"
 
Isso soa como uma declaração muito cruel, mas, é a Lei e um importante Princípio de Vida.
 
Se tivermos diante de um problema e afirmarmos não ter conhecimento, experiência ou suprimento suficientes para resolvê-lo, reforçaremos nossa incapacidade.

O pouco que admitirmos ter, nos será tirado, porque toda vez que admitimos a carência nos empobrecemos.

Todo aquele que anseia demonstrará o seu desejo perfeitamente, mas só poderá concretizá-lo à medida que reconhecer a plenitude. 
 
"Ao que tem será dado!. O que possuímos? Há alguém que não conhece ao menos uma declaração da Verdade?
 
Então reconheça que ela não lhe falta, mas que você a possui. Sente-se em silêncio com essa declaração e veja como rapidamente outra virá, seguida por uma terceira, quarta, quinta e assim por diante até o infinito.
 
As declarações fluirão ao demonstrar que precisa delas, e descobrirá que não é a verdade que você conhece que está sendo revelada, mas a Verdade que que Deus conhece. Ele está lhe transmitindo o Seu entendimento e a Sua Verdade. A você só resta abrir a Consciência e ser receptivo.
 
Nada flui a partir de nós, flui através de nós, flui do Pai - Essência Única - através de nós, e quanto maior o nosso reconhecimento, maior é o fluxo.
 
Isso está ilustrado na história da botija de azeite que nunca se esgotava, ao ser inclinada, o fluxo de azeite não parava.
 
O mesmo aconteceu na multiplicação abundante dos pães e dos peixes. Ao tomarmos conhecimento e praticarmos o que temos mais continuará a fluir.

 
 
Reconhecendo o que temos demonstramos essa posse. Ao reconhecermos a sabedoria, a compreensão, a Presença e Plenitude de Deus dentro de nós, o fluxo começa.
 
Bloqueamos nossa própria realização da harmonia alegando insuficiência da Verdade sob a falsa aparência de humildade.
 
Não é a nossa verdade ou a que conhecemos, mas a Verdade que Deus conhece que fluirá através de nós.
 
 
 
 

domingo, 28 de dezembro de 2014

A PERCEPÇÃO DE QUEM SOMOS: A ESSÊNCIA ÚNICA - É A NOSSA SUFICIÊNCIA EM TODAS AS SITUAÇÕES

 

 
 
Nosso relacionamento com Deus, nossa União consciente com Deus constitui a nossa Unidade com todos os seres e ideias espirituais.
 
No momento em que percebemos isso, o bem começa a fluir até nós, vindo do mundo todo. É sempre a atividade de Deus, não de uma pessoa.
 
Todos chegam carregados de presentes, porque todos são instrumentos do fluxo de Deus, mas se buscamos nosso bem numa pessoa específica, nós bloqueamos o fluxo.
 
Mulheres que procuram o bem nos maridos, maridos que buscam o bem nos investimentos,  empresários que procuram o bem no público estão todos procurando no lugar errado.
 
A sabedoria começa quando percebemos que o Reino está dentro de nós e que deve fluir para fora de nós. Perdemos toda dependência do mundo quando estamos na letra correta da Verdade e na PERCEPÇÃO de que a Graça de Deus é a nossa suficiência em todas as coisas.
 
Definitivamente, a letra correta da Verdade se fixa na consciência e o Espírito - PERCEPÇÃO assume.
 
A vida se tornaria um milagre de alegria incessante e de abundância incomensurável se pudéssemos apenas permanecer na Consciência de que a Graça de Deus nos basta em todas as coisas:
 
Tua Graça é minha suficiência em todas as minhas necessidades, não Tua Graça amanhã , mas tua Graça desde antes que Abraão existisse. Tua Graça é a  Minha suficiência até o fim do mundo. Tua Graça do Passado, presente e futuro é, neste exato momento, minha suficiência em todas as coisas.
 

 
 
Diariamente surgem situações para nos fazer acreditar que precisamos de alguma coisa - alimento, moradia, oportunidade, educação, emprego ou descanso, mas, para todas elas respondemos: "O homem não viverá só de pão, mas de toda palavra que sai da boca de Deus", porque Sua graça é a nossa suficiência em todas as circunstâncias.
 
As Escrituras nos dão a Consciência da Presença constante do Invisível Infinito - Essência Única  e, embora continuemos a desfrutar e apreciar tudo no mundo da forma, isto é , tudo o que existe como efeito, não mais teremos a sensação de que precisamos de alguma coisa.
 
Tendo em vista que a graça de Deus é a nossa Suficiência, não vivemos apenas pelo efeito, mas por toda palavra da Verdade e de cada passagem da Verdade, incorporadas à  PERCEPÇÃO de que Somos a Essência - a Causa - a Fonte - da qual tudo provém . 
 
 
                       JOEL S. GOLDSMITH
 
 
 
 
 

sábado, 27 de dezembro de 2014

AQUELE QUE RECONHECE QUE TEM, LHE SERÁ ACRESCENTADO MAIS E AQUELE QUE RECONHECE QUE NÃO TEM, LHE SERÁ TIRADO ATÉ MESMO O QUE TEM .

 

 
 
Quando  Jesus foi chamado para alimentar as multidões, e os discípulos lhe disseram que havia apenas alguns pães e alguns peixes, Ele não achou que isso era pouco. Não, Ele começou com o que estava disponível e multiplicou porque sabia que "àquele que tem, lhe será acrescentado e "àquele que não tem, lhe será tirado até mesmo o que tem".
 
As Escrituras contam a história da viúva que alimentou Elias. Mesmo com apenas um "punhado de farinha numa panela e um pouco de azeite na botija", não se queixou de que seria insuficiente para compartilhar, fez um pequeno bolo para Elias antes de assar um para si e para seu filho." E a vasilha de farinha não se acabou,  nem a botija de azeite." Ela tinha pouco, mas usou o que tinha e deixou fluir tudo de si.
 
 
 
 
 
Dia após dia, somos confrontados com a mesma pergunta:  O que temos? Se tivermos bem fundamentados na letra da Verdade, a resposta é clara e certa:
Eu tenho, tudo o que Deus tem, eu tenho porque "Eu e meu Pai somos Um". O Pai é a fonte de todo o Suprimento. Nessa relação de Unidade, eu incorporo todo suprimento.  Como, então, posso esperar que ele venha de fora? Aceito que já tenho tudo o que Pai tem devido à minha Unidade com Ele. 
 
Somos nós que recebemos ou somos o centro de onde a Plenitude de Deus flui?
 
Somos a multidão sentada aos pés de Jesus esperando ser alimentada ou somos o Cristo alimentando aqueles que não estão despertos?
 
Nessa resposta encontra-se o nosso grau de plenitude espiritual. "Eu e Meu Pai somos Um" significa exatamente isso.
 
Não procuremos nosso bem de fora de nós, mas olhemos para o nosso interior através do qual Deus flui. É função do Cristo, o Filho de Deus, ser o instrumento pelo qual o bem de Deus se derrama sobre o mundo:
 
Sou o centro através do qual Deus opera, portanto, compreendo a natureza do suprimento. Uma vez que a atividade do próprio Cristo é o Suprimento, então tudo que preciso fazer é deixa-lo fluir. Porque "Eu e o Pai somos Um", e eu sou o Cristo, o Filho de Deus, eu sou o meio através do qual Deus flui. Portanto, posso dar conta de tudo que for exigido de mim ao reconhecer aquilo que tenho.
 
O Ser humano que se conscientiza disso passa de receptor do bem, a canal através do qual flui todo o bem de Deus àqueles que ainda não despertaram para sua verdadeira identidade.
 
Desde a infância foi-nos inculcado que precisamos de determinadas pessoas e de determinadas coisas para sermos felizes.
 
Ouvimos, repetidamente, que precisamos de dinheiro, de casa, companheiro, família, férias, automóveis, televisão e de todos os apetrechos considerados essenciais para a vida moderna.
 
A vida espiritual revela, claramente, que a graça de Deus é a nossa suficiência em todas as coisas. Não precisamos de nada neste mundo, exceto a Sua Graça.  A Graça de Percebermos a Nossa Real Identidade. Quando acreditamos nisso, num dado momento, a transição acontece, e com ela uma convicção interior de que só precisamos de Deus. 
 
É Verdade  que se tivéssemos Deus e tudo mais neste mundo, não teríamos mais do que se tivéssemos só a Deus. Se Deus é Tudo, Tudo é Deus. 
 
 
                      JOEL S. GOLDSMITH           
 
 
 
 
 
 
    

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

AMAR O PRÓXIMO COMO A NÓS MESMOS É PERCEBER QUE ELE É A MESMA ESSÊNCIA QUE SOMOS

 
 
 
 
Qual é o Princípio que se encontra no Mandamento "Ama o teu próximo como a ti mesmo"?
 
Antes de amar o próximo, deveremos aceitar e Perceber que a Essência Divina - O Cristo Eterno é a nossa Real Identidade. 
 
Obedecendo a esse mandamento amamos amigos e inimigos, oramos por nossos inimigos, perdoamos ainda que seja setenta vezes sete, não levantamos falso testemunho contra o próximo, não julgamos nada como bem ou mal, mas vemos, em todas as aparências, a identidade do Cristo - O Único Ser que É, ao mesmo tempo, seu Ser e meu Ser.
 
Então pode-se dizer:
 
[...] Vinde, benditos de meu Pai! Entrai na posse do Reino que vos está preparado desde a fundação do mundo:
Porque tive fome, e me destes de comer, tive sede, e me destes de beber, era estrangeiro e me hospedastes, estavas nu, e me vestistes, enfermo, e me visitastes, preso, e fostes me ver.
Então, perguntarão os justos: Senhor, quando que Te vimos com fome e Te demos de comer? Ou com sede e Te demos de beber?
E quando Te vimos estrangeiro e Te hospedamos? ou nu e Te vestimos?
E quando Te vimos enfermo ou preso e Te fomos visitar?

O Rei, respondendo, lhes dirá: Em Verdade vos afirmo que, sempre que o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes.          Mateus 25: 34: 40
 
 
 
 

 
 
 
  

quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

TODO BEM EMANA DO PAI INTERIOR

 
 


Em unidade espiritual, estamos em harmonia uns com os outros.
 
Ao experimentarmos isso, vemos rapidamente que todos que encontramos são semelhantes a nós, que a mesma vida os anima, a mesma Alma, o mesmo Amor, a mesma Alegria, a mesma Paz, o mesmo desejo pelo bem.

Em outras palavras, o mesmo Deus é glorificado dentro de todos aqueles com quem entramos em contato. Podem eles estar ou não conscientes dessa Presença divina dentro  do seu ser, mas passarão a identificá-la no momento em que nos a reconhecermos neles.

No mundo dos negócios, seja entre colegas de trabalho, empregadores, funcionários ou concorrentes, a seguinte atitude de reconhecimento deve ser assumida:
Eu sou você . Meu interesse é o seu interesse, seu interesse é o meu, uma vez que uma única vida anima o nosso ser, uma única Alma, o Espírito de Deus. Tudo o que fazemos para o outro, o fazemos por causa do princípio que nos une.

A diferença é imediatamente perceptível em nossas relações comerciais e na nossa comunidade em ultima instância, nas relações nacionais ou internacionais. No momento em que abandonamos nosso entendimento humano de separação, esse princípio passa a atuar em nossa experiência. Jamais falhou e jamais deixara de produzir ricos frutos.

Todos estão aqui na terra por um Único objetivo: Mostrar a glória, a divindade e a plenitude de Deus. Nessa percepção, entraremos em contato apenas com aqueles que serão uma bênção para nós, da mesma forma que seremos uma bênção para eles.

Toda vez que buscamos o bem em alguém, encontramos o bem hoje e o mal amanhã.

O bem espiritual pode vir do Pai para mim, através de você, mas não vem de você. Você não pode ser a fonte de qualquer bem para mim, porém o Pai pode usá-lo como instrumento para que o Seu bem flua para mim através de você.

Então quando olhamos para os nossos amigos ou para nossa família por esse prisma, eles se tornam instrumentos de Deus, do bem de Deus, que nos chega através deles.

Vivemos sob a graça, sabendo que todo o bem emana do Pai interior. Pode parecer que esteja vindo a partir das mais variadas pessoas, mas é emanação do bem de Deus do nosso interior.


                                              JOEL S. GOLDSMITH

 

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

PRÍNCIPE DA PAZ - 3


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- 3 -



  A DIGNIDADE E SACRALIDADE DO INDIVÍDUO
 
O significado acerca do Cristo nos escapará, se não compreendermos que o Cristo sanador jamais foi crucificado, ou encerrado num túmulo. O Cristo sanador é o “Príncipe da Paz”, que mora em nosso íntimo: o Filho de Deus que foi entronizado em nós qual uma semente, desde o princípio.
 
Através de nossas meditações, da contemplação e comunhão interna com essa divina Centelha, fazemos ressurgir esse Filho de Deus, em nós. Esta comunhão faz manifestar tudo o que o Filho de Deus é em nosso universo.
 
É um milagre da graça que, “onde dois ou mais estejam reunidos, em nome dEle, lá Se manifeste o reino de Deus, neles e entre eles”.
 
É um milagre da graça que, um com Deus, seja a maioria. Cada vida singular é um milagre da graça de Deus; cada indivíduo é um descendente do Altíssimo. 
Se fôssemos simplesmente essa forma que vemos no espelho refletida, qual seria a razão de nossa existência na Terra?
 
Se observamos o modo de proceder de certas pessoas, meramente como seres humanos, perguntaríamos porque elas são toleradas neste mundo. Só quando começamos a compreender a natureza d'Aquele que está latente em cada indivíduo, à espera de ser conscientizado e soerguido, para nossa redenção e missão, como Filhos de Deus na Terra – só então entendemos que viemos a este mundo para demonstrar toda a glória de Deus.
 
Este é o verdadeiro Natal, isto é, o Cristo corporificado, o Verbo feito carne.
 
“Pois eu desci dos céus, não para fazer a minha própria vontade, mas a vontade d'Aquele que me enviou”.
 
Esclarece Jesus que, em virtude da natureza universal de Deus, é tarefa, minha e sua, viver de tal modo que a vontade de Deus se faça em e através de nós — e não a vontade pessoal, minha e sua. Nossas vidas devem ser consagradas a Deus, em obediência a esse princípio.
 
Qualquer indivíduo que seja capaz de não se identificar com suas solicitações humanas e tome consciência de que “estou aqui para que a vontade de Deus Se cumpra”, para dar saída ao “Fulgor aprisionado” em mim; estou aqui para ser um canal consciente, amoroso e desinteressado ao Cristo interno, em benefício de todos os que ainda se encontram em escuridão”, em tal indivíduo o Cristo vive e age.
 
Napoleão disse que todo soldado leva na mochila um bastão de marechal, uma outra forma de reconhecer as imensas e imprevisíveis possibilidades de cada indivíduo.
 
É uma expressão paralela ao ensinamento cristão, segundo o qual, todo indivíduo, mercê da divina Semente nele plantada, pode exprimir a autoridade e dignidade de um Ser espiritual autêntico.
 
A humanidade teve a fortuna de contar com grandes instrutores, que alcançaram a realização do Espírito interno e a visão de Sua vontade: Moisés, Elias, Eliseu, Jesus, João, Paulo, Buda. Todos esses homens ensinaram essencialmente a mesma coisa. Mas foram simples cicerones, revelando o que haviam alcançado e o que o homem pode alcançar. Foram suficientemente humildes para reconhecer que se eles não se fossem, o Consolador não nos poderia vir, pelo emergir da Consciência espiritual interna.
 
Percebamos, também, que a revelação dos Mestres espirituais, em todos os tempos, foi a de um princípio universal, que devemos internamente demonstrar como revelação crística.
 
Caso contrário, como poderia o reino de Deus implantar-Se na Terra, se não fosse plantado e desabrochado em Cristicidade, em cada indivíduo?
 
A não ser por esse potencial divino que reclama expansão, poderiam os povos deste mundo melhorar? poderiam as pessoas transformar-se, de boas em más? de ignorantes em sábias?
 
Haveria algum poder para tirar a raça humana do que sempre foi: de um estado selvagem, brutal, de servidão e carência, de ignorância em massa?
 
Poderia o mundo transformar-se, a não ser pela vontade divina que vagamente apreendemos como vontade nossa, de buscar a realização do Natal, a natureza da verdade?
 
Isto se deve à Semente de Deus, plantada na consciência humana, em mim e em você, e que deve germinar e frutificar, definindo nossa identidade individual.
 
Haveria outro meio de se fazer isso? A educação é, naturalmente, uma valiosa ajuda para a sociedade civilizada, mas, o mero treinamento acadêmico, o simples cultivo intelectual, não podem fundamentar uma consciência moral e integral.
 
Só a realização de nossa natureza espiritual pode fazê-lo. Só o florescimento da natureza Crística pode nos elevar acima das limitações humanas, formando uma sociedade de pessoas inspiradas, com elevado sentido moral e espiritual.
 
Dizer às pessoas que devem ser boas, que deve haver paz na terra, que deve haver retidão nas relações humanas, não basta. Nem os sermões o conseguem. A paz na Terra será realizada apenas por um meio: encontrando-a em nosso próprio íntimo e abrindo caminho para que ela desborde à nossa experiência, abençoando e fazendo de nós mesmos uma bênção.
 
De fato, ao encontrar e experimentar a paz de Deus, atrairemos pequenos grupos afins que acharão, por sua vez, essa paz. Desse modo, ela se irá espalhando, “ad infinitum”.

     LIBERTANDO O “FULGOR APRISIONADO”
 
A paz está encerrada em você e em mim. É preciso libertar o “Príncipe da Paz” de nosso íntimo e deixá-Lo sintonizar-se como todos aqueles que, neste momento, se acham maduros e receptivos para a “experiência do despertar”.
 
Repitamos: não se consegue isto pela tentativa de moralização das pessoas ou de pedir aos outros que sejam melhores do que têm sido. Nada disso. Isto é feito individualmente, pelo mergulho em si e libertação do Príncipe da Paz, que está encerrado dentro de nós. Isto é feito ao comungarmos com o Espírito interno, ao conscientizá-Lo em nós.
 
Desse modo vamos formando uma abertura pela qual Ele emerge e Se liberta, caminhando diante de nós para realizar nossas obras, segundo a perfeita vontade do Pai. Notem bem: não nos cabe ir ao encontro do mundo para salvá-lo, senão ir ao encontro de nós mesmos, de nossa real identidade, para nos fundirmos em nova consciência e deixarmos que Ela se expanda de nós, em realização e ajuda. 
Não há mérito espiritual em milhares de palavras que possamos enunciar; não há valor moral ou espiritual nas centenas de lições que possamos dar. A graça de Deus não pode alcançar as consciências humanas pela moralização. Só a consciência pode atingir a consciência.
 
Retiremo-nos, em nossos lares, em nossos templos, em vales e colinas, para encontrar a paz escondida em nosso interior.
 
Convertamo-nos em faróis através dos quais a graça de Deus possa ser irradiada. Então essa Presença invisível poderá preceder-nos no caminho, aplainando o solo e “preparando mansões” para nós.
 
Os períodos de silêncio e de conscientização da Presença constituem o que de mais precioso podemos oferecer ao mundo. 
Cada vez que vemos uma pessoa e realizamos que esta graça divina está dentro dela, somos-lhe uma bênção silenciosa. Assim, entoamos, sem vozes nem escrito, a paz ao mundo.
 
Olhemos um indivíduo e tomemos consciência de que a graça de Deus está nele também; que ele é um Filho de Deus. Esta é, simplesmente, a prática de libertar o “Fulgor aprisionado”: o reconhecimento do Cristo, no íntimo de nossos amigos; além da mera aparência de um ser humano, andando sobre a Terra. É ver e regar, com esta verdade, a semente divina plantada em seu íntimo.
 
Esta semente continua enterrada dentro de nós e permanecerá como simples semente ou possibilidade, enquanto não a nutrirmos com o alimento espiritual adequado: o reconhecimento constante, repetido, de nossa identidade espiritual. 
Dentro do ser individual está o Filho de Deus, este Eu, que ele é; dentro dele está a divina Presença e o divino Poder – a Graça de Deus. O EU, dentro dele, é o alimento, o brilho do Sol e a chuva fecundante, para esta semente.
 
Depois esta semente começa a brotar. A natureza de nossos amigos, parentes, sócios, companheiros de trabalho, começa a mudar aos nossos próprios olhos, sem que eles mesmos saibam o porquê. É possível que algo se desenvolva neles e encetem uma busca de Deus, de verdade, até que uma mensagem ou um mensageiro lhes revele que não há necessidade de buscar longe, porque o que estão buscando está dentro deles mesmos e o desejo que sentem é o próprio apelo do “Fulgor Aprisionado” para despertar e libertar-se. O que buscam é a divina Realidade neles: o Filho de Deus, o Santo Graal dentro de suas próprias consciências.
 
Toda sacralidade do Filho de Deus está estabelecida no centro de nosso ser – a eternidade, a imortalidade, a natureza infinita da seidade de Deus – porque somos UM com o Pai, e tudo que o Pai tem, já é nosso: a Sua sabedoria,a Sua Mente, a Sua Graça, a Sua Presença, a Sua Substância, o Seu Ser. O próprio alento de nossa vida, pois somos UM e, nesta unidade, encontramos a plenitude e nossa união com toda a humanidade.
 
Somente na unidade com Deus é que nos sintonizamos com a Luz individual em cada ser e nos identificamos com tudo que haja percorrido o globo no passado, no presente e no futuro.
 
O Natal revela-nos que Deus plantou o Seu Filho em nós!
 
                                      F I M
 

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

PRÍNCIPE DA PAZ - 2


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Até mesmo Jesus nada deu ao mundo, até o momento em que o Cristo Se revelou dentro dele: “O Espírito do Senhor Deus está sobre mim, porque Ele me ungiu para pregar o evangelho aos pobres; para curar os quebrantados de coração, para pregar a libertação aos cativos e devolver a visão aos cegos”.
 
Antes desta ordenação, ele não fora ungido para curar os doentes. Assim, para que alguém possa partilhar o espírito de paz, de alegria, de amor e abundância, deve, antes, ter sido ordenado pelo Espírito de Deus, deve ter a Percepção que o Espírito de Deus é o Seu Espírito. 
A PAZ DEVE COMEÇAR CONOSCO
 
O Natal não teria valor e significado algum para nós, se acreditássemos que o “Príncipe da Paz” viveu há dois milênios e hoje não está mais na terra.
 
Em verdade, o “Príncipe da Paz” viveu há dois mil anos e também em tempos anteriores, como ainda hoje está presente, no coração e na Alma de cada indivíduo, esperando ser libertado neste mundo. Não disse o Cristo: “Antes que Abraão fosse, eu Sou”? 

Esta paz (do Cristo = Essência Única) não pode ser realizada com pedidos, em oração para que Ele transforme nosso povo ou as pessoas de outro país.
 
Esta transformação deve começar em nós mesmos. Por que não reconhecemos nossas carências, antes de exigi-las dos outros?
 
Deixemos tranquilo o nosso próximo e voltemo-nos ao próprio íntimo, em discrição e sacralidade, comungando silenciosamente com o Príncipe da paz, o Príncipe da alegria, da saúde, da plenitude e da perfeição espiritual.
 
Quando atingirmos, em alguma medida, a cristicidade, preencheremos nossas carências e teremos compreensão para não mais pretender a transformação de nosso próximo e nem orar pedindo paz, já que ela fluirá de nosso coração a toda a humanidade.
 
“A paz que ultrapassa todo o humano entendimento” já está dentro de nós.
 
Em nossas meditações diárias tomamos contato com ela, para que seja liberada em nós, qual uma pomba, e comece a estender as asas sobre o universo inteiro.
 
Buscar paz em outra pessoa ou dela exigir, é escapismo, é fugir da meta, é adiar a própria experiência da paz. Esperar justiça, misericórdia ou gratidão dos outros, é um equívoco. Essa é uma tarefa pessoal, intransferível. Cabe-nos encontrar tudo isso e mais, no reino de Deus, que se acha no centro de nosso ser. 

Quando Jesus ensinava o povo, às margens do Mar da Galileia, nas montanhas ou na aridez do deserto (onde dois ou três pudessem reunir-se), sempre apontava o indivíduo e lhe atribuía a responsabilidade: “TU deves perdoar setenta vezes sete: TU deves orar pelos que te perseguem: TU deves procurar em primeiro lugar o reino de Deus, que está dentro de ti”.
 
Ele sempre se dirigia a quem desejava ouvi-lo. Nada disse a Herodes e apenas se limitou a responder a caifás e a Pilatos e nem lhes exigiu a paz, porque se a tivessem dentro deles, teriam, com ela, envolvido a humanidade.
Quando começamos a assumir a responsabilidade pessoal de manter a saúde e a harmonia, descobrimos que a realização interna que encontramos, nos momentos de meditação, transborda de nós e abençoa a nossa família.
 
Posteriormente, quando assumimos o dever de ajudar nossos amigos, parentes e os semelhantes, em geral, que nos pedem ajuda, já não lhes exigimos nada e nem dizemos que sejam saudáveis, úteis, justos ou misericordiosos. Apenas nos retiramos ao lugar secreto, dentro de nós, e comungamos com o Filho de Deus, até ficarmos plenificados de paz.
 
Ao realizar essa paz, desbordamo-la àqueles que nos solicitaram ajuda. Não é que transferimos essa paz por alguma espécie de magia, de sugestão, “abracadabra” mental ou hipnotismo.
 
Não. Simplesmente procuramos o reino de Deus em nós e lá encontramos a paz, o sentido de unidade, a comunhão espiritual em Cristo. Como corolário, essa influência emana de nós e vem a ser uma lei de vida, de paz e amor, para todos os que nos pediram ajuda. 

Uma das mais recentes revelações que recebi é esta: não me é necessário orar em favor de alguém ou ter a intenção de tratar espiritualmente alguém. Só é necessário encontrar minha própria paz interna e quando a realizo em mim como conscientização da harmonia e plenitude da bênção – imediatamente afeto as pessoas que se ligaram a mim, em busca de auxílio.
 
É uma sintonia de Consciência, como a da mulher hemorrágica dos evangelhos, que tocou a orla do manto de Jesus (afinou-se à consciência crística em Jesus) e no mesmo instante em que a paz do Mestre a envolveu, ela foi curada!







Continua..>

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

PRINCIPE DA PAZ - 1

 


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O significado pleno de Natal não pode ser conhecido, senão através da compreensão da natureza imutável de Deus. Deus é. Eterna e infinitamente, Ele é o mesmo, ontem, hoje e para sempre.
 
O que é próprio de Deus sempre foi, continua sendo agora, e sempre será. Em decorrência desta compreensão, o verdadeiro Natal não começou há dois mil anos: seu início está além do tempo.
 
O que ocorreu há dois milênios foi meramente a revelação de uma experiência que se tem repetido, não somente “antes que Abraão fosse”, mas antes mesmo que o tempo fosse. Deus não inaugurou nada de novo há dois mil anos.
O verdadeiro sentido de Natal é este: Deus plantou na consciência de cada um de nós uma divina semente que há de germinar e vir a ser um Filho de Deus.
 
Ninguém jamais existiu, nem existe agora e tampouco existirá, sem esta influência espiritual; sem este Poder que foi implantado em nossa consciência, desde o princípio.
A missão do Filho de Deus foi revelada através do ministério de Jesus Cristo e do que ele ensinou: “Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância” (não eu, Jesus, mas Eu, o Filho de Deus).
 
Disse Jesus: “Se eu der testemunho de mim mesmo, meu testemunho não é verdadeiro…Eu de mim mesmo não posso nada: o Pai, em mim, é Quem faz as obras…Eu Sou o pão da vida…Eu Sou a ressurreição e a vida”. Este era o Filho de Deus falando através de Jesus, o mesmo Filho de Deus que está no íntimo de cada indivíduo, desde o início dos tempos.

Mergulhe em seu íntimo, para encontrar a paz que foi estabelecida desde o princípio.

Conta, uma antiga estória, que havia um rei justo, amável, pacífico e misericordioso. Seu vizinho, rei das terras limítrofes, estava empenhado em guerras de conquista. Movido por sua índole justa e misericordiosa, o primeiro rei mandou um embaixador ao reino vizinho, em missão de paz. Entrementes, para proteger o povo, começou o preparo bélico. De um extremo a outro da nação se movimentaram para o provável conflito. Desde então, a alegria se apagou no coração do povo. O sorriso desapareceu da face das pessoas. Isso entristeceu o rei, que se recolheu em prece, em busca de uma solução que devolvesse a paz e harmonia à sua gente. Um dia, a esposa de um dos oficiais da corte pediu audiência para revelar-lhe um segredo. E o que ela sussurrou em seu ouvido fê-lo sorrir. De rosto iluminado, o rei a incumbiu de ir ao encontro de todas as mulheres, não os homens, para confiar este segredo, até que todas o soubessem e o pusessem em prática. O rei levantou-se e foi segredar à rainha o que aprovara. E a própria rainha foi, com a esposa do oficial, correr o reino, para comunicá-lo a todas as mulheres. Dentro de algum tempo o sorriso voltou ao semblante do povo. Um cântico novo era entoado por toda aquela terra. O júbilo foi restabelecido.
No dia de Natal chegou um arauto do embaixador que estava no reino vizinho, anunciando que fora assinado um tratado de paz. O rei mandou dizer ao povo que cessassem os preparativos bélicos. E os oficiais da corte pediram ao rei que lhes dissesse qual fora o segredo, que provocara tão grande transformação no povo e conquistara um improvável tratado de paz. O rei lhes explicou que o segredo, embora singelo, encerrava um poder imenso: consistia nisto: “Retirar-se, pela manhã, em curto período de silêncio, de vazio e introspecção. Orar a Deus (sem pedir a paz nem qualquer outra coisa), e comungar com Ele, deixando que Sua paz permeasse e enchesse o íntimo. Depois, durante o dia, várias vezes conscientizar essa Presença, no íntimo, como paz”. Tal foi o segredo que devolveu alegria ao povo e assegurou harmoniosas relações com o reino vizinho.

Aos estudantes da Verdade, esta estória parecerá mui familiar, porque sabem que em estágio avançado não se ora pela paz ou ordem em nosso reino interno. Deus já plantou esta semente em nossas almas, em nossos corações, em nossas mentes. Para que esta semente germine e emerja à superfície de nossa consciência, devemos mergulhar no próprio íntimo, abrindo o canal, a fim de que o “Fulgor aprisionado” se escape de lá, abençoando nossa vida e contagiando as pessoas de nosso convívio.
A função deste Filho de Deus é levar-nos a vivenciar a paz; induzir-nos a experienciar uma vida abundante; a dinamizar as potencialidades divinas, manifestando, de dentro para fora, tudo o que o Pai é e tem, como foi dito: “Filho, tu sempre estás comigo. Tudo o que é meu, é teu”.
Esse “tudo” é a semente que foi plantada em nós. Quando furamos o solo em busca de petróleo; ou cavamos minas, para extrair ouro, prata, diamante; ou quando mergulhamos à cata de pérolas; não estamos trazendo para fora o que Deus formou dentro da terra e do mar? Somos, acaso, responsáveis por tudo que se formou no seio da terra ou dos mares, ou do ar? Fomos nós que formamos tudo isso?
 
Alguém pode responder, pela ciência, que tudo isso se formou durante milhões e milhões de anos, antes que tivéssemos consciência de sua utilidade. No entanto, foi tudo previsto e tudo o que temos a fazer é extrair tudo isso que Deus preparou, para atender às nossas necessidades.
O mesmo ocorre no universo espiritual. O reino dos céus não está fora de nós (não acrediteis quando vos disserem: ei-lo aqui; ei-lo acolá, porque o reino dos céus está dentro de vós”).
 
Como, então poderemos usufruir este reino, senão procurando-o e encontrando-o dentro de nós mesmos? Para contatá-lo, é mister cavar e mergulhar em nós mesmos.
 
Quanto mais profundamente cavarmos e mergulharmos neste silêncio interior, tanto maiores e mais ricos tesouros traremos à manifestação.
NOSSAS VIDAS INDIVIDUAIS MANIFESTAM A GRAÇA DE DEUS
Para compreender o “Dia de Natal”, devemos entender com clareza que Deus plantou a semente de Si mesmo em cada um de nós. Tal semente deve germinar e converter-se no Filho de Deus plenamente desenvolvido, cuja missão é tornar nossas vidas bem-sucedidas e demonstrar a glória de Deus, como Jesus a revelou.
 
Desde que “eu, de mim mesmo, nada posso”, e, “se der testemunho de mim mesmo, meu testemunho não é verdadeiro”, o que nos cumpre é simplesmente demonstrar, em nossas vidas individuais, a graça de Deus — Sua sabedoria, Espírito, saúde e abundância.
 
Ao tornar o potencial em dinâmico, a possibilidade em atualidade, podemos dizer que Deus vai do infinito para o infinito; que Deus é o mesmo sempre, e Ele não faz acepção de pessoas.
Se Deus tudo criou para sempre, então, desde o princípio dos tempos, a humanidade trouxe, dentro de sua própria alma, a divina paz e a divina graça. Infelizmente não podemos partilhar estes dons com nossos semelhantes e nem eles conosco, enquanto cada um não os encontrar em seu íntimo.
 
É uma simples descoberta, mas não podemos dar o que não descobrimos ou aquilo de que não temos consciência ainda. Todavia, quando o descobrimos, assumimos uma responsabilidade: “a quem muito é dado, muito lhe será exigido”.
 
Espera-se muito daqueles que encontraram dentro de si a paz: eles devem derramá-la sobre os demais.
Se ainda não encontramos o Cristo dentro de nós mesmos, não podemos partilhar essa Consciência com os outros.
 
Se não realizamos a paz em nós mesmos, não podemos manifestá-la ao próximo nem suscitá-la nele. Quem não expressa amor não pode atraí-lo. Aquele que não exprime abundância, não pode atraí-la. Ninguém pode atrair a paz, se, antes, não a encontrou dentro de si.
 
Tudo o que gostaríamos de receber de nossos familiares, amigos, comunidade e do mundo, ou partilhar com eles, há de ser, primeiramente, encontrado dentro de nós mesmos.

Continua..>