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domingo, 3 de agosto de 2025

A Ceifa-1

 





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A palavra “ceifa”, como está empregada em nossa Bíblia, é uma das palavras espiritualmente bastante significativas. 

Muito tem sido escrito e falado sobre esta palavra “ceifa”, e é ótimo que sua importância tenha sido percebida. Realmente, esta é uma das mais importantes palavras da Bíblia, pois significa Integralidade, Inteireza, Totalidade, Infinitude, Eternidade, e ela encerra todo esse conteúdo exatamente agora. Ela indica que o tempo não existe. Indica que não existe nenhum ir e vir. Indica que não existe nenhum aqui e acolá. Esta palavra tem esse significado todo, e muito mais.

Conforme é percebido na iluminação última, a palavra “ceifa” revela que Tudo já está completo, exatamente aqui e agora. 

Não há nada em existência que comece, se desenvolva, se transforme e termine. 

Tudo é sempre renovado, mas não existe nenhum “tempo” envolvido nesta “novidade” eterna. Significa que Tudo está sempre presente, sem que haja qualquer “espaço” envolvido nesta “Sempre Presença”.

Que distância Jesus teve de percorrer, a fim de perceber o suprimento de pães e peixes? Quanto tempo ele gastou? Onde é que eles estavam? Quando? Eles tiveram de ser criados, para poderem estar presentes? NÃO! Eles já estavam ali, e estavam completos. 

Jesus conhecia esta Verdade, e Ela foi evidenciada onde e quando parecia haver insuficiência de alguma coisa incompleta. 

Você irá se lembrar do rapaz que disse a Jesus haver somente alguns pães e peixes para alimentar aquela grande multidão! Mas Jesus nada sabia de insuficiência. Ele nada sabia de uma ausência de algo que se fizesse necessário para o momento. Não conhecia nenhuma ausência de Deus.

A palavra “ceifa” tem também o significado de “integralidade”. Integralidade significa Tudo. 

Tudo significa Toda Presença, Todo Poder, Todo Suprimento, Toda saúde, Toda Paz, Toda Alegria, Toda Beleza, Toda Inteligência, Toda Vida, Toda Consciência. 

Ser Toda Consciência significa ser completamente consciente de ser Toda a Verdade que você estiver “vendo”. Não é de se admirar que Jesus pudesse tão confiantemente dizer: EU SOU A VERDADE.


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sábado, 2 de agosto de 2025

O Mal Não É O Que Aparenta Ser

 






Há muitas coisas a pensar enquanto cumprimos nossa responsabilidade diária. Nossa família precisa de atenção; nossa casa, por modesta que seja, requer cuidado; há contas para pagar e compras para fazer; e ainda, é claro, nosso emprego, que nos proporciona o salário de que temos necessidade.

Podemos ser tentados a pensar que apenas os pensadores “profissionais” – religiosos, filósofos e outros semelhantes – ocupam seu tempo tentando compreender qual a ordem do universo, qual o significado e a natureza do mal e como o homem se relaciona com Deus. Cada um de nós, contudo, tem profundo interesse em compreender o que dá ordem e propósito ao mundo, em como Deus se relaciona conosco, em saber como lidar com o mal e a mágoa. 

É importante compreendermos que somos todos “pensadores” dos grandes temas que dão forma à nossa vida.

Pensei nisso quando fui confrontado com várias situações desafiadoras, todas ao mesmo tempo. E não é isso que às vezes parece acontecer? Os desafios chegam, um atrás do outro, até que nos perguntamos: “E agora, o que fazer?”

Eu orei enquanto cuidava de alguns assuntos rotineiros e de outras tarefas habituais, no emprego e em casa. Os detalhes dessa ou daquela tarefa não interromperam a linha de pensamento que procurei manter. 

Descobri, então, que não se alcançam soluções curativas remoendo problemas, nem tampouco nos irando ou nos desesperando com o mal que parece ter invadido nossa vida.

Essa forma de pensar fez com que eu ponderasse sobre Cristo Jesus. Sua compreensão das coisas não incluía a mistura do bem e do mal. Ele conhecia uma ordem universal estabelecida por Deus, que concede meios seguros de destruir o mal por meio do crescimento espiritual. Uma de suas parábolas veio-me à memória.

No Evangelho de Mateus existe uma parábola que descreve o reino de Deus. Compara-o a um homem que semeou boa semente no seu campo. “Mas enquanto os homens dormiam”, diz a parábola, “veio o inimigo dele, semeou o joio no meio do trigo, e retirou-se”. 

De acordo com o “Interpreter`s Bible”, o joio é “uma erva daninha venenosa com barbas” que cresce até a altura do trigo.

O sensato proprietário do campo não entrou em pânico. Ele sabia que durante a ceifa o joio e o trigo seriam distinguíveis. O trigo poderia então ser separado do joio – o joio destruído , o trigo guardado em celeiros.

A confiança de Jesus na ordem espiritual de Deus não era uma mera questão de fé. Sua confiança era resultado de um discernimento da natureza da vida, sua lei divina e natureza espiritual. Essa compreensão da realidade é a essência da Ciência do Cristo e da cura cristã. Indispensável, nessa cura, é saber que o mal, seja qual for a forma que assuma, não é inerente ao homem que é filho espiritual de Deus. Não é sequer intrínseco ao pensamento. É, como as parábolas de Jesus ensinam, sempre distinto, um elemento estranho à ordem de Deus e à nossa verdadeira identidade.

A origem do mal sempre foi um enigma insolúvel, quando abordado do ponto de vista de que o mal é real e equivalente, se não superior, a Deus, o bem. 

Quando se acredita que o mal é um elemento básico da existência, seu desmascaramento e derrota não passam de tentativa infrutífera. 

Mary Baker Eddy escreve em Miscellaneous Writings: “A origem do mal é o problema dos séculos. Confronta sucessivamente cada geração…”

“A essa questão a Ciência Cristã replica: O mal nunca existiu como entidade. Não passa de uma crença de que haja uma inteligência oposta a Deus…”

“A admissão mortal da realidade do mal perpetua a fé no mal, as Escrituras declaram que “daquele a quem vos ofereceis como servos para obediência desse mesmo a quem obedeceis sois servos”. Essa notável declaração da Ciência Cristã, evidente por si mesma, de que o bem sendo real, seu oposto é necessariamente irreal, tem de ser apreendida em todas as suas exigências divinas.”

Para a mente humana é irônico que, quanto mais compreendermos, por meio da Ciência Cristã, a profunda irrealidade do mal, mais capacitados estaremos para confrontar e vencer o mal. 

Se consideramos que o mal tem autoridade e é equivalente ao bem divino, esse falso processo do pensamento tem um efeito hipnótico. Pode originar medo, pânico e uma sensação de estarmos dominados por aquilo que é oposto a Deus. ,

Contudo, a oração, que nos afasta dessa ignorância espiritual, revela nosso direito espiritual de negar a legitimidade do pecado, da doença e, portanto, sermos guiados pela Mente divina, Deus, a fim de vencê-los.

De fato, quando começamos a ver que o erro não é criado por Deus e que, por isso, não tem o poder ou a presença que parece ter, o temor ao mal diminui. Voltamo-nos a Deus com a noção alentadora de que Ele é, de fato, onipotente e onisciente. Essa mudança de perspectiva representa uma diferença notável; reconstrói a nossa vida, que passa a evidenciar o poder da lei divina na reordenação da experiência humana. Isso abre nossa vida à influência sanadora do Cristo, a Verdade. Então não apenas negaremos o mal; começaremos a provar sua irrealidade.

O homem é bom; ele é criado por Deus. E essa identidade é a verdadeira natureza de cada um. Na prática da Ciência Cristã, contudo, não é suficiente declarar simplesmente estas frases metafísicas de maneira casual ou forçada, de forma dogmática. É necessário o estudo da mensagem espiritual da Bíblia e a pesquisa de Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras. Esse estudo, combinado com o alinhamento diário de nosso pensamento e ação com a lei de Deus, desenvolve o poder moral e espiritual que permite vencer tudo aquilo que tenta negar a bondade da criação espiritual de Deus. Assim vivendo, estaremos ajudando a curar a doença e a eliminar os males do mundo. É até mais do que isso; é a regeneração e a salvação que Jesus mostrou serem possíveis em nossa atual etapa de experiência.



(Extraído de O Arauto da Ciência Cristã – Maio 1992)

sexta-feira, 1 de agosto de 2025

O Nada Vendo Coisa Nenhuma

 



Há uma frase metafísica, que diz: “Ilusão é o nada vendo coisa nenhuma”. Ela decorre da Verdade Absoluta de que DEUS É TUDO, de que SOMENTE EXISTE DEUS.

Como a suposta “mente humana” capta “aparências do mal”, para que elas sejam entendidas como “aparências enganadoras”, como “miragens insubstanciais”, como “ilusórias”, emprega-se aquela frase: “Ilusão é o nada vendo coisa nenhuma”!

Na Seicho-no-ie, encontramos o seguinte: “A mente que está em ilusão profunda dá forma à sua crença e manifesta uma imagem falsa. Porém, seja qual for o aspecto manifestado, a falsidade é eternamente falsa e jamais será Realidade”.

Joel S. Goldsmith, em seus escritos sobre a cura espiritual, enfatiza dois princípios: “impersonalização da ilusão” e “nadificação da ilusão”. 

Absolutistas radicais não aprovam estas táticas, dizendo que devemos nos ater à totalidade de Deus. Eu aprovo os dois modos de encarar, pois, segundo Goldsmith, o conhecimento pleno da “natureza da ilusão” como sendo “impessoal” e sendo “nada”, facilita sua “soltura” para reconhecermos a UNICIDADE E TOTALIDADE DE DEUS.

Como disse, eu concordo com as duas colocações. 

Se alguém, praticando os dois princípios, sente mais facilidade em “anular aparências negativas”, não vejo motivo para não empregá-los; contudo, se a pessoa sente mais facilidade em “soltar todo o fenômeno”, e já ir diretamente à percepção da TOTALIDADE DE DEUS, também não vejo motivo para ela empregar os princípios de O Caminho Infinito. Portanto, usá-los ou não, no meu entender, deve ficar a critério de cada um. 

O importante, seja qual for a escolha, é a prática bem sucedida: diante de qualquer “aparência do mal”, aquilo ser reconhecido como AUSÊNCIA, – puríssimo nada – uma vez que a ONIPRESENÇA DE DEUS impossibilita a realidade de tudo quanto possa nos aparecer com a pretensão de ser “realidade maligna”.

De nada adianta alguém ficar lendo a vida toda que “o mal é ilusão”, se esta “ilusão” não for entendida como “NADA”! 

Quando Jesus nos instruiu para “não resistirmos ao maligno”, estava estabelecendo a Verdade de que UNICAMENTE DEUS, O BEM ABSOLUTO, É REALIDADE! 

Diante da tempestade, vista pelos seus discípulos, Jesus postou-se impassível diante da miragem, contemplando o Universo Consumado, de Harmonia permanente, sempre reconhecendo-O, não com a “mente de Jesus”, mas com a Mente Crística! E dirigindo-se à MENTE ILUSÓRIA COLETIVA, ordenou: “Paz, sê quieta!”... e o NADA, na forma de tormenta, SUMIU! Jamais existiram “tormentas” ou “males” NA TOTALIDADE DE DEUS!

Cada um, de posse dos princípios da Verdade, deverá achar o “seu modo” de admitir unicamente a TOTALIDADE E UNICIDADE DE DEUS, pela admissão de que “A ILUSÃO É O NADA VENDO COISA NENHUMA”. Isto, dito com outras palavras, seria: “A ilusão é a própria mente carnal ILUSÓRIA vendo suas mentiras em forma de imagens FALSAS, supostamente criadas por ela própria”.

Um bom começo, para estas “contemplações”, está em admitirmos resolutamente que “TEMOS A MENTE DE CRISTO” – A MENTE QUE DISCERNE A REALIDADE PERFEITA, SEM TER CONHECIMENTO ALGUM DE CRENÇAS NO BEM E NO MAL.

SIMULE, AGORA, VOCÊ NO LUGAR DE JESUS, DIANTE DA “TORMENTA”, RECONHECENDO A VERDADE ETERNA DA FORMA COM QUE ELE RECONHECEU! ATÉ “NADIFICAR”, DE FORMA CONVINCENTE A VOCÊ MESMO, A ILUSÓRIA “TORMENTA” DESTA SUA IMAGINAÇÃO!







GRATIDÃO ETERNA AO MEU AMIGO DÁRCIO