Não há coisa alguma que proporcione a um Cientista Cristão maior alegria e satisfação do que confirmar, na sua própria experiência ou na de outrem, a verdade contida na declaração de Mary Baker Eddy: “O poder sanador da Ciência Cristã é positivo, e sua aplicação é direta. Não pode falhar em curar todo caso de doença, quando empregado por alguém que compreende esta Ciência o suficiente para demonstrar suas mais elevadas possibilidades”.
Essas palavras e outras equivalentes, nas obras da Sra. Eddy, a Descobridora e Fundadora da Ciência Cristã, mostram que aqueles que fazem o esforço de compreender a Ciência do Cristianismo e percebem a natureza inteiramente espiritual de Deus e do homem, podem se apropriar do poder sanador da verdade do ser e comprovar sua aplicação às necessidades humanas.
Por exemplo: Um estudante de Ciência Cristã descobriu que sofria do que parecia ser um deslocamento de uma vértebra da espinha. A atividade física ficou-lhe tão reduzida que às vezes parecia estar acometido de paralisia parcial. Havia dias em que era difícil sentar-se ou deitar-se ou cumprir os deveres diários essenciais sem sentir dores atrozes. Os maus presságios que vinham como sugestões e anunciavam doenças extremamente ruins, o assediavam muitas vezes, querendo dominar sua faculdade de pensar, com argumentos de invalidez. Como Cientista Cristão dedicado, consagrou-se a lidar com essas sugestões pela oração. Concedeu-se um tratamento tal como está indicado no livro-texto da Ciência Cristã, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras de autoria da Sra. Eddy. Negou a realidade desse estado, classificando-o como uma crença obstrutora e rejeitou os argumentos falsos que o queriam induzir a que os aceitasse como se fossem reais e capazes de causar-lhe sofrimento. Reconheceu com gratidão que Deus está sempre presente com Seu Amor sanador e reivindicou sua própria perfeição como filho de Deus. Dentro de pouco tempo recuperou-se completamente.
Pois bem, que poder foi esse, no seu modo espiritual de raciocinar, que o tornou tão potente na destruição do erro?
No trabalho de cura, o Cientista Cristão compreende que tratar de uma falsa crença significa lidar com ela, e assim destruí-la. Significa utilizar a compreensão espiritual adquirida no estudo da Ciência Cristã a fim de eliminar do pensamento as falsidades da mente mortal e encher o pensamento com a verdade imortal. Essa atividade espiritual e mental eleva o nosso pensamento até a eterna verdade de que o homem, o reflexo do Espírito, é inteiramente semelhante a Deus, nunca sujeito às pretensões falsas e ilusórias de uma mente má separada de Deus, a qual exerce poderes imaginários sob a forma de pecado ou doença. Falando de um modo geral, isso é o que constitui um tratamento na Ciência da cura pela Mente.
O livro Ciência e Saúde estabelece uma regra para esse tratamento, a qual é cientificamente exata e eficaz para ser aplicada à vida diária.
O Cientista Cristão inicia seu trabalho de cura a partir do Princípio, isto é, começa por afirmar a verdade acerca da lei de Deus, a da criação de Deus como sendo espiritualmente perfeita.
No livro-texto encontramos esta orientação específica: “O ponto de partida da Ciência divina é que Deus, o Espírito, é Tudo-em-tudo, e que não há outro poder ou outra Mente – que Deus é Amor, e por isso, Ele é Princípio divino.”
Todo tratamento começa, portanto, com o Princípio, a lei da Mente divina, a estabelecer confiança na onipotência de Deus e na supremacia do bem. O tratamento põe claramente em destaque que é impossível existir qualquer outro poder ou inteligência que possa perturbar ou invadir a inquebrantável harmonia e a ordem eterna do ser do homem.
Logo depois de termos considerado Deus, não no sentido de tempo, mas na ordem do ser científico, encontramos o tema do homem; portanto, nosso raciocínio a respeito do homem tem que ser específico. Não podemos pensar no homem de uma maneira vaga ou indefinida, porque o homem é tão definido e eterno quanto Deus. Em perfeita concordância científica com o primeiro capítulo do Gênesis, a Ciência divina define o homem como a imagem espiritual ou o reflexo de Deus. Com o discernimento do relacionamento eterno entre o homem e Deus, vemos que o conceito do homem como espiritual e sempre perfeito em Deus tem de ser a base de nosso tratamento. É preciso que se compreenda esse fato fundamental na Ciência Cristã. Essa é uma verdade subjacente à prática da cura bem sucedida.
Toda prática correta nesta Ciência tem de estar baseada nos fatos do Espírito, porque a cura na Ciência Cristã é a cura divina.
A prática mental, portanto, tem de ser mais do que mental, tem de ser espiritualmente mental. Tem de ser uma afirmação científica e cristã da perfeição de Deus e do homem – uma perfeição que se evidenciou em Cristo Jesus e foi por ele demonstrada – fato esse que a Sra. Eddy elucida na sua explicação do Princípio da regra da Ciência Cristã.
O tratamento correto prova que a lei divina da cura metafísica exige uma clara percepção do relacionamento espiritual existente entre Deus e o homem. Lá onde a consciência humana obscurecida vê desarmonia, o praticista tem que ver a perfeição de Deus, e discernir o homem, a expressão de Deus, mantido em perfeição pela lei divina. Dessa maneira, faz com que a inteligência divinamente iluminada incida sobre quaisquer falsidades de crença que pareçam estar presentes. Além de saber e de declarar aquilo que é verdadeiro sobre Deus e o homem, é importante conseguir uma visão científica daquilo que parece ser verdadeiro na experiência humana, mas não é. Assim como entendemos o poder da Verdade, também precisamos entender que o mal e a doença são destituídos de poder. A coisa mais importante que precisamos saber acerca do mal é que ele existe apenas na crença falsa, que é apenas o suposto poder da mente mortal em ação. A Sra. Eddy deu o nome de magnetismo animal à atividade oculta ou à atividade visível do erro em todas as suas formas. O Cristo é a atividade legítima da Verdade na consciência humana; por isso o magnetismo animal tem de ser o contrário, ou seja, a assim chamada atividade do erro na crença humana.
O praticista da Ciência Cristã esforça-se por despertar a outros do sonho do magnetismo animal, e por manter-se espiritualmente desperto.
A cura mencionada no começo deste artigo exigiu a compreensão de que o bem é a verdadeira natureza de Deus. Fez com que o pensamento repelisse energicamente a crença no mal e ao mesmo tempo livrou o corpo dos efeitos da crença de haver algum mal em atividade.
Nos livros da Sra. Eddy acham-se muitas normas para tratamentos, as quais mostram o método prático de derrubar a mentira material pela aplicação do fato espiritual. Um desses trechos específicos diz: “A moléstia é sempre provocada por um falso conceito mentalmente cultivado, não destruído. A moléstia é uma imagem exteriorizada do pensamento.”
Um conceito metafísico e uma análise da doença tão exatos como esses fornecem elementos para que o praticista veja que a crença numa mentira ou um sentido falseado das coisas é tudo quanto propriamente tem de ser curado.
A prática reside na percepção de que a doença é uma suposição da crença humana, e que essa suposição é o reverso da realidade – em outras palavras, a mentira sobre alguma coisa.
Lidar com uma mentira específica consiste em saber a verdade específica sobre tal mentira.
O tratamento ocupa-se com a crença específica à qual alguém se apega ignorante ou voluntariamente, e substitui a crença na dor, ou no pecado, pelos fatos inerentes a um Deus perfeito e um homem perfeito.
A ideia espiritual na consciência humana possui o poder, a lei e a regra para efetuar a substituição. Essa compreensão espiritual é o Cristo, o poder de ver o homem tal como este é em realidade.
Um tratamento requer um sistema de pensar claro, conciso, uma compenetração vívida dos fatos espirituais e uma compreensão da nulidade do mal que seja decisiva e tenha autoridade.
O praticista tem de ter confiança naquilo que sabe ser espiritualmente verdadeiro acerca de Deus e do homem, e ser específico. Precisa possuir uma compreensão positiva da realidade. Para ele a verdade é definitiva, decisiva—a força dinâmica da salvação. Não encontra serventia em frases estereotipadas, em fórmulas, ou na simples repetição de citações.
As palavras de um tratamento na Ciência Cristã só podem exercer poder se forem compreendidas espiritual e praticamente.
As palavras de nosso tratamento só têm poder se vivermos e pensarmos em concordância com o Cristo. Sem uma genuína similitude ao Cristo, o mero conhecimento da letra da Ciência divina é vão.
A percepção na cura dos doentes significa um profundo pendor para as coisas do Espírito e a ausência de um modo de pensar superficial.
Viver as qualidades inerentes ao Cristo é fundamental na prática da cura pela Mente. Pautarmos nossa vida pelo cristianismo mais elevado é indispensável para adquirirmos poder espiritual no curar.
No capítulo intitulado A Prática da Ciência Cristã, do livro Ciência e Saúde, há muitas referências às qualidades cristãs essenciais para a prática da cura espiritual genuína. Elas dão destaque à necessidade de se ter compaixão, afabilidade, gentileza, meiguice, pureza e desprendimento.
O sanador faria bem em examinar seus pensamentos a fim de aquilatar o grau de sua similitude com o Cristo. O Cristo que vivemos é o mesmo Cristo que Jesus viveu e comprovou ter o poder de curar.
Nas palavras de Paulo, é o crescer no “conhecimento do Filho de Deus”, até “à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo”, que nos dá autoridade no ministério da cura.
O estudante imbuído do Cristo pode praticar, com confiança, a cura pela Ciência Cristã.
O mundo necessita daqueles que querem praticar a verdade pura e sanadora do cristianismo restabelecido pela Ciência Cristã.
De fato, todo estudante sincero desta Ciência da cura pela Mente põe esta Ciência em prática em tudo quanto faz. E o conhecimento espiritual de cada um aborda o problema da salvação universal, pois que a visão da realidade espiritual não tem limites no alcance de sua influência sanadora.
F I M
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