Em todas as Escrituras, antigas e atuais, é ressaltado o valor do Silêncio, para que a Verdade Absoluta seja contemplada e experienciada. Isto porque aquilo que o suposto “eu humano” acredita existir, ou seja, uma vida temporal, problemática ou cheia de provações, não passa de “aceitação hipnótica” de algo que nunca, por um instante sequer, esteve presente e dividindo espaço com a onipresente Realidade espiritual divina.
O Silêncio, longe de estar relacionado com um ego se esforçando para nada escutar, é a própria ausência dele, sendo que, em seu lugar, é reconhecido unicamente o EU que somos, que é Deus.
Não há Deus nenhum vendo “ser humano” para dizer-lhe: “Você não existe; somente Eu existo!” Jamais poderia haver esse tipo de conversa! Por quê? Porque DEUS É TUDO! Quando você “contemplar” a Verdade, estará sem a crença em “ego”, seja em silêncio, seja em grito!
Ernesto Sábato, escritor argentino, disse o seguinte: “Já nem sequer sabemos rezar porque perdemos o silêncio e também o grito”. Tivesse ele entendido o real Silêncio, teria, também, entendido que a oração não depende de silêncio nem de grito de um suposto ser humano!
O Silêncio é “ausência de humano”, mas não “ausência” verdadeiramente levada em conta, mas, sim, como “área restrita de Deus”, já “ocupada” pela Presença da Onipresença de Deus!
Se o mundo lhe diz que há “alguém” necessitado de ajuda, o “tratamento” qual será? Você “entrar no Silêncio” em que é capaz de reconhecer UNICAMENTE UM EU SE EXPRESSANDO!
Partir já do EU ÚNICO como Presença Universal e infinita, representado por VOCÊ, onde VOCÊ estiver, e igualmente representado pelo suposto “necessitado”, onde ele estiver. Que “lugares” são estes? A SUA CONSCIÊNCIA ILUMINADA!
Nestas “contemplações”, o suposto “necessitado de ajuda” jamais poderá estar presente com sua mentira, por estar sendo reconhecido como o EU GLORIOSO ÚNICO, exatamente onde ele estiver!
Seja qual for a “aparência” captada pela suposta “mente humana”, JAMAIS ELA TERÁ REALIDADE E JAMAIS PARTICIPARÁ DAS “CONTEMPLAÇÕES”. DEUS É TUDO, TUDO É DEUS!
Portanto, as “contemplações”, feitas dedicadamente a partir desta Verdade, permitem-nos ficar “simplesmente sendo”, por sabermos que Deus “simplesmente É”.
O escritor argentino retinha a crença de que “no silêncio” ou “no grito”, o EGO poderia receber de Deus ou de si próprio o “atendimento de sua oração”.
Quando partimos da Verdade, partimos da “ausência” da necessidade de qualquer oração, por partirmos da totalidade e unicidade de Deus, de Suas Obras consumadas e da perfeição atemporal e permanente de todas elas!
TUDO QUE UM SUPOSTO EGO DE BEM PUDESSE DESEJAR, JÁ ESTÁ FEITO! E , PARADOXALMENTE, ELE SOMENTE “VERÁ ISTO”, RECONHECENDO DEUS SENDO SUA TOTALIDADE, O QUE SERIA ELE REVELAR SUA NATUREZA ILUSÓRIA, ELE SE MOSTRAR SENDO “NADA”, ALGO QUE, DE FATO NEM TEM POSSIBILIDADE DE “SUMIR”, POR SER “AUSENTE” DESDE SEMPRE!
CONTEMPLO A VERDADE ABSOLUTA DE QUE “NÃO HÁ OUTROS AO LADO DE MIM”.
CONTEMPLO O FATO DE QUE SOMENTE EU ESTOU SENDO, SEJA EM MIM, SEJA EM TODOS EM EXISTÊNCIA, E QUE NÃO SÃO “OUTROS”, MAS, PURAMENTE EXTENSÕES DE “MIM”.
GRATIDÃO ETERNA AO MEU AMIGO DÁRCIO
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