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quinta-feira, 8 de setembro de 2016

A Cura Como Percepção Direta Do Espírito









Consideremos o assunto da cura sob o ponto de vista do Espírito. 


Para entendermos como nos ajudar ou a outrem através do Espírito, devemos, primeiramente, refutar e destruir a crença e ensinamento de que já agora não somos Espírito, mas mortais tentando alcançar ou receber o Espírito.

Quando alguém chega a ponto de se julgar insatisfeito com argumentação mental e com a crença de cura, de domínio ou destruição de alguma coisa, então pode ele aprender que existe somente a Existência única – que é Espírito. 

O Espírito não admite nenhum “tornar-se”. Ele é um estado constante de Ser. 

O Espírito não tem oposto: Ele é o Único.

A percepção espiritual é o Conhecimento de que o Espírito é uma Presença inseparável. 

A compreensão espiritual, portanto, nada tem a ver com o ensinamento de mente humana, pensamento humano e corpo humano. 

Quando alguém atinge a posição em que a prática mental falhou em ajudá-lo, e ele se encontra, agora, desejoso de se voltar a Deus com Espírito, verdadeiramente, sua própria Consciência espiritual, logo discernirá o Espírito constituindo a totalidade de seu Mundo; e que nesta Totalidade não pode haver nenhum outro.

Identificado como um ser pessoal ou humano, ninguém poderá aprender ou compreender o significado da Revelação direta ou da Consciência cósmica. 

Primeiramente, terá de abrir seu coração, receber o chamado e ouvir a Voz. 

Ao interromper com sua crença em caminhos mentais ou humanos, em mestres e líderes, e em humanidade, ele se tornará receptivo à Verdade de que unicamente a Luz espiritual satisfaz. 

O Espírito, conhecedor de Si mesmo como a Inteireza de Tudo, não tem conhecimento algum de algo físico ou material.


“É o Espírito o que vivifica, a carne (crença em dualidade) para nada aproveita” (João 6: 63). 

Em metafísica, “carne” geralmente é considerada como matéria, ou corpo físico, a ser transmutada em Espírito. 

No Absoluto, discernindo que a crença em duas existências (matéria e espírito) é falaciosa, nós destruímos o ensinamento de que a matéria possa ser transmutada em Espírito. 

Sabemos que nem pode a matéria ser transmutada e nem pode um mortal emergir no Espírito; sabemos que o “não existente” deve permanecer “não existente”.

A crença de que o corpo é um conceito humano, ou que ele é matéria, retrata uma posição em que a Luz da Verdade não está presente. Não há nenhum plano humano, plano físico ou plano mental. 

A Verdade é Espírito, e o Espírito ou Verdade é a única Existência.

Uma experiência da Luz espiritual pode ser breve ou prolongada. Naturalmente, nenhum senso de tempo está presente. 

Ao experienciarmos o Real e Verdadeiro, perdemos completamente todo o senso de algo pessoal, conhecendo somente Paz, Amor e Bem-aventurança do Eterno. 

O desejo pela cura é consumido na experiência da vibrante Integralidade e Harmonia do Espírito.

Nós todos necessitaremos de nos manter neste Reino do Perfeito cada vez mais, até finalmente sermos capazes de torná-lo nossa permanente moradia. 

Abandonando o senso de dualidade, somos “salvos pela graça” – pecado e separação são desconhecidos. Depois de cada experiência, a Vida assume um resplandecente significado novo. 

A doçura e a maravilha destes momentos são verdadeiramente inesquecíveis. Se rolarem lágrimas, deixe que rolem. Frequentemente as lágrimas realizam o que nada mais seria capaz de fazer quanto à preparação de alguém para a apreciação da Existência Perfeita.

O Caminho Único é Cristo – a Percepção espiritual do Espírito como a única Existência – exatamente aqui e agora.

O Espírito, em sua plenitude, é em cada ponto o mesmo. 

Nós estamos sempre em contato com a Vida, Verdade e Harmonia como um Todo indivisível – sempre presente. 

A Presença inteira do Infinito existe igualmente em toda parte. Assim, em nossa experiência do Espírito, não mais nos consideraremos como personalidades, por sermos aquela Consciência que é Espírito. Conservamos nossa presença distinta, mas sem qualquer noção de separatividade.






LILLIAN DE WATERS

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