A ordem “Expulsai os demônios” já pode ser posta em prática,
pois agora estamos capacitados a executá-la com visão espiritual e autoridade
divina.
Os “demônios” são as falsas crenças genéricas que têm
perpetuado desde o início dos tempos; e, a principal delas chama-se
“individualismo”.
Cristo ensinou que toda realidade é una, sem partes ou
diferenças, ou seja, ensinou ser impossível reconciliar o nosso “Eu” com uma
mente humana ou individualidade.
Pelo contrário, o homem genérico prega a doutrina da
apoteose, isto é, a deificação da mente humana.
A renúncia a toda obediência a personalidades ou doutrinas
humanas nos conduz à iluminação flamejante e à convicção de que inexiste
qualquer “outro” ao lado do Eu Universal.
Este Uno exige nossa total atenção. Verdadeiramente, teremos
de clarear nossa visão até que nada nada mais seja posto diante dela, a não ser
o Eu perfeito e Sua perfeita expressão.
Por outro lado, isto é, do ponto de vista de que nada mais
existe, se torna fácil entender que as formas discordantes chamadas doença,
pobreza ou desarmonia de toda espécie, não possuem nelas Deus algum ; portanto,
não têm nenhuma vida , nenhuma ação, e nenhum poder.
Porém, o que daria origem àquelas aparências? Podemos
atribuí-las diretamente aos pensamentos e sentimentos errôneos; eis o porquê
delas assumirem forma.
Entretanto, tais pensamentos são inteiramente falsos, por
terem sido construídos sobre a errônea premissa de que existe outra mente, ou
consciência, além daquela que é Deus; e de que estes pensamentos malignos
possuam poder.
O grande realismo permanece intacto.
A Mente ou Consciência
única que temos, é aquela que é Deus.
Logo não pode haver, e não há mesmo, nenhuma forma real
discordante; nenhum pensar errôneo; nenhuma outra mente, vida ou existência.
Em virtude do fato de que Deus é tudo, e de que inexistem
outros pensadores pessoais, conclui-se que todos os resultados atribuídos
àqueles pensamentos são míticos e espectrais: vazios de existência.
Consideremos a reinante praga dos pulgões japoneses.
Analisemos, neste exemplo específico, o que deve ser expulso. Tais pulgões
expressam ou representam vida? São unos com a Vida que é Deus, o Todo? Não. Por
certo eles voam, têm bonitas cores, e, aparentemente, têm a mesma vida que nós
temos. Porém, que estariam representando?
Eles retratam os pensamentos, ações e sentimentos dos povos
e nações em guerra, uns com os outros.
Aqui se cumpre a profecia de Jesus, quando disse: “Porque se
levantará nação contra nação, e reino contra reino, e haverá terremotos em
diversos lugares, além de fomes e pestilências”.
Alegar que a vida-Divina inclui, de alguma maneira, uma
forma de vida que seja uma peste, significa interpretar erroneamente a
Existência.
Além disso, em vez de atribuirmos a tais insetos a mesma
vida que somos, iremos expulsar a forma de vida que eles aparentam possuir; e
negar qualquer realidade nela. Sendo descartado o seu semblante de vida, pelo
entendimento de que eles simbolizam ignorância, desobediência, treva e engano,
que não existe vida ou realidade neles, irão desaparecer em sua própria
nulidade.
Pondo em prática este princípio, recentemente a autora pôde
presenciar esse tipo de demonstração.
Os pulgões, que vinham atacando as plantas no jardim, foram
encontrados sem vida em consequência disso. Um leve toque, dado nos ramos, e
eles cairam das folhas ao chão, pó a pó.
Disse Jeremias: “Todo ourives é envergonhado pela imagem que
ele esculpiu; pois as suas imagens são mentira, e nelas não há fôlego.”(Jer.
10:14).
Ezequiel teve uma visão similar, quando escreveu: “Lançai de vós todas as vossas transgressões
com que transgredistes, e criai em vós coração novo e espírito novo; pois, por
que morreríeis, ó casa de Israel? … Eles criaram as imagens de suas
abominações, e de suas coisas detestáveis.”
Uma praga ou pestilência retrata avareza. destruição,
guerra, luta, mesquinharia: tudo baseado no erro primário de que a Mente pode
ser múltipla; de que a Vida possa estar separada e, seres humanos sejam capazes
de entrar em guerra, uns com os outros.
Alguém preso a uma mente pessoal ou intelectual humana se
desgasta com suor e lágrimas; ele caminha em trevas, dorme em trevas e produz
em trevas.
Esta é a “terra distante” em que, em crença, ele atua
afastado de sua Mente real e de seu verdadeiro estado de Ser, até que,
finalmente, lhe chegue a compreensão que uma mente pessoal, ou mentalidade
individual, não é para ser transformada ou treinada de nenhuma maneira: ela é
para ser abandonada por meio de uma renúncia completa.
A Bíblia nos incita a volver nossos corações para a luz,
pois o “coração” denota as aspirações e afeições puras e espirituais.
Jesus procurou os puros e simples de coração para semear seu
ensinamento. Sabia da dificuldade que os intelectualmente ricos teriam para
entrar no Reino do Espírito.
Estabelecidos como o Um, nós assumimos nossa prerrogativa de
ser uma lei para o nosso Eu; que nada pode estar conosco sem que seja saudável,
perfeito e puro.
“Não vos alegreis porque se vos sujeitam os espíritos;
alegrai-vos antes por estarem os vossos nomes escritos nos céus.” Lc: 10;20.
Assim falou Jesus àqueles que por ele foram enviados para
pregar e curar.
A alegria não deve estar ligada à demonstração; devemos nos
alegrar por termos descoberto que nós próprios, e todos os demais, somos a
Verdade e a Vida. Como devemos ficar alegres e felizes!
O tratamento de Jesus era administrado como Palavra Falada:
a Palavra de poder; a Palavra de ordem.
O Eu fala ao Eu, com poder e autoridade, dizendo: Saia!
Jubilosamente, o Eu ouve e o Eu responde.
Das profundezas do Amor divino, a Palavra sai; e é cumprida.
Ela não leva em conta personalidades ou bloqueios mentais; tampouco busca
modificar alguma assim chamada consciência.
A Palavra emana do Eu; Ela é o Eu; e é a própria autoridade.
O Eu é isento de todo tipo de limitação; sem discrepância ou
discriminação. Ele é poder, Todo-poderoso. Ele vê a Si próprio como o
Incondicionado – o livre e irresistível, sempre.
Conheça seu Eu! Ame seu Eu!
Quem está em todo o céu e a
terra, senão seu Eu?
Não diga “Eu Sou”, exceto em nome do Uno: o Eu que era; que
é, que sempre será; em quem não há sonho nem oposição de qualquer espécie.
Eu sou Amor, Eu sou Entendimento, Eu sou Paz, Eu sou
Abundância; igualmente presente em todo ponto.
Eu sou a demonstração do bem eterno, sempre.
Nada Me pode ser acrescentado; nada Me pode ser tirado.
Eu e a minha criação somos Um; e preencho a Infinitude.
“O Senhor será rei sobre toda a terra; naquele dia um só
será o Senhor, e um só será o seu nome.” Zacarias 14: 9.
O Senhor é o Ser infinito. Seu nome é um; e Sua identidade é
uma.
Sua harmonia é uma; Sua atividade é uma.
“Se Deus é por nós, quem será contra nós?” Rom. 8; 31.
Ninguém!
Nada! Nada existe para se Lhe opor!
Nada para ser contrário!
Nada para estar separado!
A divina Consciência reina, e é tudo- em-tudo.
Conhecedor deste sempre existente Fato da Existência, Cristo
ordenou: “Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura.” Mc 16;
15.
Amados, obedeçamos ao nosso Redentor!
Passemos a pregar o Evangelho da Unicidade e Totalidade a
todo aquele que possa ouvi-lo.
Passemos a ensinar a Mensagem da Ontologia: Perfeição
indivisível, Completeza, o Eu-Sou-estado-de-ser.
Previnamos a todos que deixem de pensar a partir da premissa
de um homem em busca de seu bem; em vez disso, assumamos o correto estado do
Ser, vivo por toda a Eternidade.
Uma vez aceito nosso verdadeiro estado, estaremos prontos
para seguir crescentemente rumo à plena luz e revelação, ou seja, “contemplarão
a sua face, e nas suas frontes estará o nome dEle. Então já não haverá mais noite,
nem precisarão eles de luz do sol, porque o Senhor Deus brilhará sobre eles, e
reinarão pelos séculos dos séculos”. Apoc. 22: 4-5.
LILLIAN DEWATERS
LILLIAN DEWATERS
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