A ira é uma das maiores oportunidades que damos ao HIPNOTISMO DE MASSA, para nos iludir. Sendo sentimento distante da “divina ordem”, precisa ser bem administrado e evitado ao máximo, com o emprego da Ciência Mental e das “contemplações absolutas”.
“Não te apresses em irar-te, porque a ira se abriga no íntimo dos insensatos” (Ecl. 7: 9).
A real existência não se manifesta no suposto “mundo de aparências”, mas sim, no Reino do Absoluto, na Oniação que mantém em plena Harmonia o Universo verdadeiro, consumado e perfeito! ESTE DEVE SER O FOCO DE NOSSA ATENÇÃO!
Quando nos identificamos com o ESPÍRITO, COM O UNIVERSO PLENO E CONSUMADO, mesmo que aparentemente sejamos vistos “irados”, este juízo é falso! Por quê?
Por estar sendo uma “aparência” sem o nosso real endosso, ou seja, por nossa atenção estar sendo dada à nossa INCLUSÃO na Oniação, e não na ilusória “mente humana irada”.
Desse modo, a “ira” flui naturalmente, mas como expediente de “ajuste” do suposto “mundo visível”, e não como um “estado incontrolado” cuja origem fosse “alguém do mundo”.
A “ira de ajuste” decorre do “agir pelo não agir”, e jamais tem sua origem no ilusório “ser humano”. Ela acontece como “sombra da Oniação”, e, mesmo que pareça ser “atitude humana”, é “atitude de ninguém”, por ser efeito espontâneo da Verdade sobre as crenças do mundo.
Há anos, quando fazia palestras em São Paulo, uma senhora me pedia semanalmente que a deixasse num ponto de ônibus da Avenida Paulista.
Numa dessas vezes, ela comentava comigo sobre as “Verdades maravilhosas” que havia ouvido na palestra, porém, logo em seguida, assim me disse: “Pena que não tenha tempo para me dedicar a estes princípios! Tenho muitas terras, e cuidar delas me toma um tempo enorme!”.
Naquele instante, irado, eu disse energicamente a ela: “A senhora não tem terras coisa nenhuma!”. E como estávamos já no ponto de ônibus, ela desceu do carro, se despediu e se foi.
Seguindo sozinho em frente, fiquei chateado comigo mesmo, por tê-la tratado com tanta rispidez! Assim pensei: “Ela não vai mais aparecer às palestras!”.
Mas na semana seguinte, lá estava ela, e assim que me viu, veio-me dizer o seguinte: “Aquilo que você me disse, que eu não tenho terras, foi o melhor que eu pude ouvir na vida!”. Entendeu que a “bronca” era “efeito da Verdade” para desapegá-la da ILUSÃO!
Precisamos saber identificar e separar a “ira de ajuste” da abominável “ira carnal humana”, que, em vez de gerar ajustes, parte do ego e apenas gera atritos nocivos e desnecessários!
Quando estamos em dia com as “contemplações”, caso ocorram “aparentes atritos” ou “divergência de opiniões”, não serão meramente “discussões humanas”; antes, serão “efeitos da Verdade” no reflexo chamado “vida humana”, e não devem ser calados!
E nestes casos, os resultados serão sempre benéficos, sejam reconhecidos rapidamente, sejam reconhecidos tempos depois!
A “ira”, em tais circunstâncias, não terá origem no mundo, não partindo, portanto, nem de “sensatos” nem de “insensatos”!
GRATIDÃO AO MEU AMIGO DÁRCIO
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