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sexta-feira, 30 de agosto de 2019

Seja Veemente com o Erro



Um Cientista Cristão descreveu da seguinte forma a maneira como tratava do erro, ou da crença falsa: “Quanto trato do erro, trato-o rudemente!” 

Com frequência precisamos agir dessa maneira, a fim de que os sentidos materiais abandonem o seu testemunho. 

Conforme a sra. Eddy escreve, acredita-se ter certo magistrado feito o seguinte comentário a respeito de Jesus: “Sua repreensão é terrível”. 

E ela acrescenta: “A linguagem enérgica de nosso Mestre confirma essa descrição.

”Adiante, escreve: “Se for necessário sacudir a mente mortal para lhe destruir o sonho de sofrimento, dize com veemência a teu paciente que ele precisa despertar”.

Por mais de dois anos servi na Marinha, à bordo de uma corveta. 

Os mares tempestuosos do Atlântico Norte sacudiam a embarcação como se ela fosse feita de cortiça, o que faziam com que eu sofresse enjoo crônico. 

Embora me tivesse sido possível pedir transferência para terra firme, eu sabia que o problema poderia ser resolvido através da Ciência Cristã. 

Solicitei ajuda a um praticista.

Certo dia, depois de alguns meses de infortúnio, como a tempestade rugisse e o navio jogasse violentamente, senti-me inspirado a me rebelar contra o erro com bastante veemência. 

Por diversas vezes cheguei a gritar: “Exatamente aí onde essa crença falsa parece estar, está apenas Deus, o Bem, ocupando todo o espaço!” 

Foi como se uma nuvem se tivesse retirado de mim e a luz apareceu. Eu estava curado. 

Desde então gostei de estar no mar, mesmo durante fortes tempestades.

Esta me foi uma boa lição. Percebi a importância de estarmos firmes na verdade, logicamente, o esforço de diversos meses tinha conduzido a esta cura, mas compreendi que, muitas vezes, um conhecimento superficial das verdades não é o suficiente para produzir a cura. 

Precisamos de grande certeza e convicção espiritual quando especificamente reivindicamos a verdade e nos atemos a ela, a fim de dissipar as pretensões mesméricas do mal.

Cristo Jesus falava com autoridade. Quando um pai lhe trouxe o filho epiléptico, para que Jesus o curasse, o Mestre disse: "Espírito mudo e surdo, eu te ordeno: Sai deste jovem e nunca mais turbes a ele.” 

Graças a firmeza, sustentada pela compreensão da supremacia de Deus, Jesus destruía as pretensões do mal, cujas afirmações não eram toleradas por ele, mas refutadas severamente, mesmo naqueles que lhe eram mais chegados – os seus discípulos.

Um centurião, cujo servo estava doente, sabia que, da mesma maneira em que os soldados sob suas ordens tinham de obedecer-lhe, assim também as reivindicações do mal estavam sujeitas à repreensão e autoridade espiritual do Mestre. 

Jesus louvou-lhe a perspicácia: “Afirmo-vos que nem mesmo em Israel achei fé como esta.” E o servo do centurião foi curado.

Reconhecendo a onipotência de Deus, Jesus via o mal como um mito a ser denunciado e destruído. 

As pessoas sentiam o poder subjacente aos feitos de Jesus. 

Em comparação, a doutrina dos escribas e fariseus – baseada amplamente na letra da lei mosaica – parecia estéril.

Muitas vezes as crenças mesméricas e mortais estão tão enraizadas que se requer um esforço vigoroso para desalojá-las. 

Quanto mais rápida, vigorosa e persistentemente denunciarmos o erro, tanto mais rapidamente suas reivindicações ilusórias desaparecerão. 

Se nos recusamos a dar crédito ou autoridade a uma crença errônea, automaticamente colocamo-la no seu caminho de retirada e bastará uma expulsão enérgica para completar a ação. 

A Sra. Eddy afirma: “Insiste com veemência no grande fato, que tudo domina, de que Deus, o Espírito, é tudo, e que não há outro fora dEle. Não existe moléstia”.

O tratamento resoluto, mantido continuamente, é o golpe mortal para o erro e o força a desaparecer. Não sendo do tipo que se perde em cuidados e futilidades, esse tratamento é firme e definitivo, não deixando espaço ou terreno para nada além da verdade.

Quando nos recusamos a admitir a crença de que o erro é real ou tem lugar e a negamos persistentemente, destruímos qualquer fundamento que o erro pretende ter, quer seja com relação a tempo, matéria ou lei material. 

Dessa maneira, as decepções originadas no erro são postas a descoberto e anuladas pela ação da Verdade divina na consciência humana, através da lei suprema de Deus. 

O paciente tem de ser libertado da evidência mesmérica que os sentidos materiais lhe estão apresentando. Isso pode implicar em despertá-lo para os fatos espirituais e verdadeiros do ser – saúde, santidade e harmonia. 

Então a luz do Cristo, a Verdade – dissipando o erro e o mesmerismo que o ofuscaram – passa a ocupar a consciência humana e a cura se manifesta.

Bem no início do meu estudo da Ciência Cristã, eu pensava que bastava proclamar a supremacia de Deus para vencer o erro. 

Entretanto, percebi logo que normalmente era preciso também denunciar o erro vigorosamente, a fim de me libertar de suas pretensões insidiosas. 

É mais ou menos como impulsionar um barco. 

A fim de progredir precisamos usar ambos os remos; assim, a fim de progredir mentalmente, temos de negar o falso, bem como afirmar o verdadeiro.

A Bíblia nos confirma que a vitória está sempre com Deus: “Tua, Senhor, é a grandeza, o poder, a honra, a vitória”. 

Sendo assim, devemos ater-nos aos fatos espirituais do ser e rejeitar completamente qualquer outro testemunho. 

Dessa maneira, estamos lado a lado com Deus, superando as pretensões do erro e conquistando a vitória.


(Transcrito de O Arauto da Ciência Cristã – Março 1982)

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