Há alguns anos, tive o privilégio de participar de uma mesa redonda da Universidade de Indiana, a qual decorreu durante a “semana da religião” (Religion in Life Week).
No meu grupo de trabalho estavam representadas várias religiões, dentre as quais constava um rabino judeu e um pastor metodista.
Quando eu afirmei que Deus desejava a nossa verdadeira felicidade, o rabino opôs-se com veemência, defendendo que existiam períodos nos quais nos sentimos profundamente tristes e infelizes; pensava ele que tal correspondia à vontade de Deus, citando em seguida o seguinte exemplo: Se um homem morresse enquanto participava da construção de um suntuoso edifício, seria decerto uma infelicidade para ele não poder assistir ao final da obra que havia iniciado. “Não teriam os seus amigos e familiares motivo suficiente para se sentirem tristes e infelizes?” Perguntou-nos ele.
Quando eu me preparava para responder, o pastor metodista fê-lo por mim: “Não, não estou de acordo. Recuso-me a acreditar que esse homem tivesse deixado de trabalhar na sua obra.”
Fez-se nesse momento um intervalo e em mais nenhuma ocasião posterior se voltou a discutir esse tema. Fiquei deveras grata pela discussão ter terminado com esta observação. Tínhamos acabado de ouvir uma verdade evangelizadora, que desmascarava a nulidade da morte, anunciando que esta última não impede o homem de continuar a sua atividade anterior.
Fez-se nesse momento um intervalo e em mais nenhuma ocasião posterior se voltou a discutir esse tema. Fiquei deveras grata pela discussão ter terminado com esta observação. Tínhamos acabado de ouvir uma verdade evangelizadora, que desmascarava a nulidade da morte, anunciando que esta última não impede o homem de continuar a sua atividade anterior.
A Sra. Eddy sublinha que essa transição não traz nenhuma mudança radical na existência do homem e que este pode, inclusive, prosseguir com o seu trabalho.
Ao referir-se à morte de Joseph Armstrong, no livro The First Church of Christ, Scientist and Miscellany, ela afirma: “O saudoso irmão Cientista Cristão e editor de meus livros, Joseph Armstrong, C.S.D., não está morto, nem tão pouco dorme ou descansa com relação à sua obra na Ciência divina. O mal não tem poder algum para causar dano, limitar ou destruir o verdadeiro homem espiritual. Hoje, ele goza de maior sabedoria, saúde e felicidade do que no passado. O sonho mortal de vida, substância ou mente na matéria foi atenuado, e a recompensa do bem, a punição pelo mal e o seu sonho adâmico do mal terminarão na harmonia — o mal sendo impotente e Deus, o bem, sendo onipotente e infinito.” (pág. 296: 10-20)
Arquivada na Igreja Mãe encontra-se uma carta apelidada “The Riley Letter” — a carta Riley.
Trata-se de uma resposta dada a um casal de apelido Riley, o qual havia perdido recentemente um filho.
Na carta dirigida à Sra. Eddy, este casal afirmara ter entendido a existência de uma só e única Vida, sem começo nem fim, mas questionava também o que se passaria após o falecimento.
Partilhando agora o conteúdo da resposta da Sra. Eddy, não posso precisar os termos exatos, mas posso garantir que o sentido foi inteiramente respeitado, por assim dizer, palavra por palavra: “Suponhamos que enquanto estão duas pessoas sentadas a conversar se aproxima um atirador da janela e lança uma seta para uma delas. Aos olhos da testemunha que assiste, a pessoa atingida deixa-se afundar na cadeira e morre, encontrando-se assim aquele na presença de um cadáver inerte. Contudo, isto não é senão o conceito humano da testemunha acerca do que se passou, que em nada corresponde ao conceito daquele que foi atingido pela flecha, o qual se esforça por continuar a falar com o seu amigo. Logo que chega à conclusão que já não pode mais continuar a comunicar-se com o amigo, valendo-se do conceito humano que tem a respeito de si próprio, ele parte em busca daqueles com quem possa se comunicar. Se ele se voltasse e lançasse um olhar à cadeira sobre a qual estivera sentado, veria então que esta se encontrava vazia.” Não nos mostra esta carta com clareza que nada de muito violento se passa na experiência do sonho chamado morte?
Conheço vários casos de Cientistas Cristãos que morreram e voltaram a viver. Dentre esses, escolhi um em especial, o qual confirma o que anteriormente lemos e que proporcionará uma melhor compreensão sobre este tema: Uma jovem mulher já havia perdido a sua mãe há muitos anos. Nessa Primavera, perdera o seu bebê, e agora, tudo indicava que ela seria a próxima a morrer.
Foi então que se sucedeu o seguinte: quando se deu conta de que já não podia falar com aqueles que rodeavam o seu leito, levantou-se e dirigiu-se à janela; então, olhando para o jardim em baixo, viu a sua mãe, aparentando menos idade do que aquela que possuía da última vez que a vira, segurando o seu filho bebê. A jovem desejou muito descer ao encontro da sua mãe e filho, mas nesse instante, apercebeu-se de que aquilo que estava se passando com ela era o que chamamos “transição”.
Lembrou-se então de que seu professor tinha-lhe pedido categoricamente que nunca admitisse essa ideia e compreendeu que se descesse ao encontro dos seus entes queridos, isso significaria que ela a consentia.
Em seguida, ouviu as palavras do seu professor: “Nunca admitam essa ideia! Nunca!” Ela afirma que a coisa mais difícil que já fez em toda a sua vida, foi voltar-se e regressar à sua cama, mas não deixou por isso de ser obediente àquilo que lhe havia sido ensinado. Voltou assim para a cama e só então aqueles que oravam por ela foram capazes de a fazer regressar à vida.
Doroty Rieke
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