Todos os conflitos decorrem da FALSA CRENÇA de que a Mente que rege todos os seres não é única e nem a mesma.
Desta ilusão, surgem as “mentes pessoais”, todas ilusórias, com cada ser humano acreditando ter mais razão do que outro, ser mais sábio do que outro, e, num clima ilusório desta natureza, torna-se impossível haver harmonia e paz.
Sartre já dizia: “O inferno são os outros”.
O ensinamento espiritual apresenta uma visão completamente diferente da Existência!
Prega a presença da Mente ÚNICA, e, portanto, que “os outros são o mesmo EU que somos”.
Entretanto, apesar de verídico, como requer “subida ao espiritual”, esta Verdade não foi buscada como deveria, preferindo a humanidade a aceitar a “pluralidade de mentes”, percebida intelectualmente, em vez de meditar e se ver inclusa na Mente única, subjacente a todos os fenômenos.
Este descaso para com a Verdade intensificou a CRENÇA em “mundo fenomênico”, de forma que todos ficaram sendo considerados e aceitos com sua “personalidade pessoal”.
As ciências humanas ensinam as pessoas a se ajustarem umas às outras, cedendo, cada parte, em seus pontos de vista radicais, e gerando, desse modo, uma harmonia apenas aparente ou forçada, uma vez que toda concessão deixa rastros de submissão ou perda, algo que, em muitos casos, tira toda a espontaneidade na convivência.
Para que se possa corrigir todo tipo de ilusório conflito de relacionamentos, a MENTE DIVINA PRECISA SER DE FATO RECONHECIDA COMO ÚNICA, principalmente no que diz respeito aos nossos relacionamentos imediatos.
Quando duas pessoas estão inclusas nesta “visão da Mente única”, serão como “duas mãos de um mesmo corpo”, isto é, terão respeitadas INTEGRALMENTE suas individualidades, sem quaisquer “concessões”, e cada parte se sentirá sendo “uma com a outra”. Esta é a diferença fundamental entre um convívio de “individualidades” e um convívio de “personalidades”.
A “individualidade” tem sua raiz em Deus, na Mente única, enquanto a “personalidade” tem sua raiz na “mente carnal”, a CRENÇA em “mentes avulsas e pessoais” operando de si mesmas, sem levar em conta uma visão global.
As inúmeras abelhas, que em seus voos de preparação dos favos de mel não entram em conflito, umas com as outras, deixam uma nítida demonstração da visão de unidade que possuem, cada uma fazendo a sua parte como se fosse o todo do enxame em ação.
Somente esta visão absoluta garante a harmonia entre as pessoas e entre os povos, e, quando a humanidade estiver disposta e aberta a buscá-la, “dentro de si mesma”, ali achará esta Verdade, sempre a ela disponível.
GRATIDÃO AO MEU AMIGO DÁRCIO
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