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domingo, 6 de julho de 2025

“Negue-se A Si Mesmo!”

 



Quem se diz desejoso de estudar e conhecer a Verdade deve estar preparado para se anular, como carnal, mortal ou humano, para que nele haja a livre “manifestação do Cristo”. 

A Verdade é o Cristo que somos, e o suposto “eu nascido” tem participação zero como algo a nós vinculado. 

Duas frases de Jesus deixam claras estas colocações: “Quem perder a sua vida, por amor de mim, a achará”,.. “se quiser me seguir, negue-se a si mesmo, tome sua cruz e me siga”.

Para a Verdade DEUS É TUDO ser aceita, conhecida e vivida, este “eu falso”, que é o “morto”, citado nas Escrituras, deve ter o seu final decretado, para que “ressuscite” como o VIVO , o CRISTO, para que possamos conscientemente ser quem somos, e para que nosso objetivo seja “manifestar o Cristo” e não “manifestar o ego ilusório”, cheio de crenças materiais e de desejos pessoais.

Esta anulação do FALSO se dá automaticamente com nossas radicais “contemplações” de reconhecimento da Verdade Absoluta: SOMENTE EXISTE DEUS! 

Deste reconhecimento deve decorrer nossa “integração” à Oniação divina, de modo que, em nosso dia a dia, recordemos e vivenciemos outra fala de Jesus: “O Filho faz aquilo que vê o Pai fazer”.

Há pessoas que passam a vida toda se intitulando “buscador da Verdade”, quando, a Verdade seria este “buscador” estar completamente anulado, para que o Cristo, a Verdade, ali se manifestasse por ter sido reconhecido e contemplado, não no mundo, MAS EM DEUS.

Em décadas de disseminação dos princípios espirituais, pude notar que quando alguém me procurava, estando aberto a “ouvir”, a “negar-se a si mesmo”, as orientações que fluíam para serem passadas a ele eram bem recebidas e, em vista disso, os resultados desejáveis podiam ser notados. Infelizmente, porém, estes casos eram minoria, uma vez que o interesse maior das pessoas estava em “resolver problemas do ego”, e não em “acabar com o ego criador de problemas”. Enquanto este erro durar, a Verdade não será conhecida!

Sempre cito o caso de uma senhora que frequentava minhas primeiras palestras, e que, ao final de uma delas, disse-me ter ficado “encantada com a Verdade maravilhosa”; porém, em seguida, disse-me: “Pena que não posso me dedicar como deveria, porque tenho muitas terras para cuidar”. Quando ouvi aquilo, saiu-me quase sem pensar, e energicamente: “A senhora não tem terras nenhumas!” Ela se foi, surpresa com a bronca, e eu até me arrependi, depois, pela rispidez com que aquilo fluiu. Mas na semana seguinte, lá estava ela, a dizer-me que graças à bronca ele pôde acordar!

Joseph Murphy relata, num de seus livros, que após ouvir o “rosário de lamentações” de uma senhora, disse a ela: “A senhora precisa se livrar da senhora”! Buda dizia: “O maior inimigo do Eu é o ego”. Enquanto isto não for aceito e bem entendido, o que veremos, em vez de um “estudante da Verdade”, será um a mais sendo enganado pela FALSA IDENTIDADE, com a “máscara” de buscador da Verdade. 

A propósito, “persona” tem este significado: “máscara”.

Quem estuda a Verdade deverá ter em mente “manifestar o Cristo”, ficando ligada a Deus e deixando tudo fluir segundo os planos consumados da Realidade eterna. 

Se alguém se mostra magoado, machucado ou ofendido, ao receber uma orientação, somente prova estar identificado com o “eu da crença”, e não com o Cristo! 

Jesus foi ríspido com Pedro, vendo-o expressar a “mente carnal”: “Cala-te, Satanás!” – disse-lhe energicamente. Só faltava Pedro se achar ofendido!

Quem estuda a Verdade deve se colocar imune a críticas e a elogios, expedientes exclusivos da “mente carnal”, e não da Mente de Cristo. 

O Cristo está voltado ao Pai, à Fonte de todo o Bem, à Verdade da Existência. Quando este hábito iluminado for adotado, e havendo junto uma dedicação constante às “contemplações absolutas”, a pessoa se verá em atividade natural, sequer se lembrará de “ilusório ego”, e o Cristo, seu EU REAL, estará se mostrando também visivelmente, através de suas atividades cotidianas, isentas de desejos pessoais. Ao mundo, isto parecerá ser alguém agindo, mas “esquecido de si mesmo”.






*GRATIDÃO ETERNA AO MEU AMIGO DÁRCIO

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