A árvore do conhecimento
“Ordenou o Senhor Deus ao homem, dizendo: De
toda árvore do jardim podes comer livremente; mas da árvore do conhecimento do bem e do
mal, dessa não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás”.
(Gn
2:16-17).
Toda criança habita um jardim luminoso, o PARAÍSO, onde
tudo é sentido DIRETAMENTE, sem a interferência dos
pensamentos, livre de crenças, intervenções e julgamentos.
O Que é o Paraíso?
A percepção direta da nossa
unidade com Deus – Consciência Única.
A percepção da nossa verdadeira identidade.
A queda do Paraíso acontece a cada um de nós, quando
começamos a pensar, a fazer análises,
comparações e justificações em torno do que é transitório.
A queda do Paraíso ocorre quando nos tornamos aqueles que dão nomes às coisas, que sabem, que interpretam,
pensam, fazem comparações e justificações.
Por que não percebemos esta unidade com Deus?
Porque não percebemos nossa Identidade Divina?
Por que não percebemos que SOMOS CONSCIÊNCIA
ÚNICA?
Porque nos identificamos com o pensamento, achamos que a
nossa identidade é oriunda dos conceitos mentais que temos a nosso respeito. A Percepção de quem somos fica emparedada pelo fluxo –
movimentação contínua de pensamentos.
Como disse o Apóstolo Paulo de Tarso, a mente
carnal é a inimizade contra Deus, ou seja, os pensamentos humanos/ carnais é que nos
impedem de ter a percepção de unidade com o Pai.
Ao tocar na árvore do conhecimento - árvore do pensamento - colheremos do fruto desta árvore,
ou seja, se tocarmos em pensamentos bons – colheremos frutos bons; se tocarmos
em árvores ruins, colheremos frutos ruins. Isto é exatamente o que a ciência mental
do pensamento positivo há muito tempo explica.
Entretanto, o que precisa ser entendido, definitivamente,
é que, ainda que estejamos apegados em aparências positivas ou pensamentos
positivos, estaremos perpetuando o ciclo de sofrimento, diante da inevitável transitoriedade dos pensamentos e aparências.
Com efeito, ainda que os pensamentos e as aparências sejam
positivos, se ficarmos apegados a eles, seremos impedidos de perceber a
totalidade de Deus, a Essência Divina que permeia todas as aparências,
ficaremos impossibilitados de perceber quem somos.
Relativamente às aparências positivas, disse Eckhart Tolle: “nada dura na dimensão das aparências, onde as traças e a ferrugem devoram tudo. Tudo acaba ou se transforma: a mesma condição que fez você feliz agora, faz você infeliz. A prosperidade de hoje se torna o consumismo vazio de amanhã. O casamento feliz e a lua-de-mel se transformam no divórcio infeliz ou em uma convivência infeliz”.
Quando rotulamos/pensamos em fatos, coisas e pessoas, como bom ou ruim e nos apegamos a estes conceitos, passamos a experimentar os nossos próprios conceitos como projeções.
Tudo o que estamos a experimentar são apenas as nossas crenças, nossos pensamentos – ou seja, os nossos conceitos/reconhecimentos de bom ou mau, estejamos ou não conscientes de tais pensamentos.
O que seria o livre arbítrio, dentro deste contexto?
A possiblidade de escolher interiormente a sua interpretação com relação aos fatos, coisas e pessoas. Você poderá escolher interpretar pelas aparências transitórias - e dizer que são boas ou ruins, ou poderá escolher se relacionar com tudo, com a convicção de estar sempre lidando com as obras permanentes de Deus que é PERFEIÇÃO ABSOLUTA - Eclesiastes 3, 14
Por isso, a Bíblia diz: “Que o Senhor Deus proibiu o homem de tocar na árvore do conhecimento”, ou seja, de pensar, de analisar, de comparar, de justificar, porque, dessa forma, iríamos experimentar o ciclo da impermanência que é aliado inseparável do sofrimento
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