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quarta-feira, 23 de abril de 2014

DEUS É - A VERDADEIRA PRECE - PARTE 2

 
 

Deus É; Vida É.
Não nos é permitido fazer qualquer julgamento que ultrapasse esse ponto. Deus É.
Trata-se de um treinamento para deixarmos de emitir opiniões.
 
É muito fácil e agradável, para o ego de alguém, ser um bom juiz da natureza humana, ser humanamente capaz de avaliar aqueles a quem encontra; e, humanamente, talvez ele até esteja julgando certo.
 
Entretanto, se ficarmos olhando o mundo e julgando a humanidade, colocando rótulo em pessoas, e permanecendo no âmbito das opiniões e análises humanas, somente atrairemos confusão.
 
Há uma só forma de escaparmos disso tudo e ficarmos apartados: concordando que Deus fez tudo que foi feito, e que tudo que Deus fez é bom; concordando que Deus, Espírito, é a Vida, a Alma, e a Mente do ser individual.
 
Como poderíamos aceitar um ensinamento que revela Deus como a Vida de toda a existência, como o Princípio criativo de todo ser, e, paralelamente, ficarmos classificando alguma coisa como boa ou como má?
A mulher flagrada em adultério não foi rotulada pelo Mestre: “Mulher, onde estão os teus acusadores?… nem eu, também, te condeno”.
E ao cego de nascença, “Nem este homem pecou nem seus pais.”
 
Você está percebendo a necessidade de se abandonar toda censura, toda condenação que se fundamenta em aparências?
 
Toda revelação e ensinamento espiritual, registrados desde 1500 AC., estão baseados nos postulados: “Ame a seu próximo como a si mesmo”, e “Faça aos outros como gostaria que lhe fizessem”.


A prece é nosso contato com Deus, e não teremos contato algum com Ele a menos que amemos nosso próximo como a nós mesmos.
Esta prática, logicamente, nos irá tirar de muitas das nossas discussões de cunho político ou social, pois não seremos mais capazes de culpar familiares, amigos, sócios ou lideranças políticas pelos nossos problemas, circunstâncias e depressões.
Isto nos exigirá disciplina, e irá nos exigir mais o seguinte: um profundo e grandioso amor a Deus.
Ninguém poderá penetrar na sagrada atmosfera de Deus exalando críticas, julgamentos e condenações referentes ao próximo. “Portanto, se trouxeres a tua oferta ao altar, e aí te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti; deixa ali diante do altar a tua oferta, e vai reconciliar-te primeiro com teu irmão, e depois vem e apresenta a tua oferta.” (Mt.5:23-24.)
Não é possível haver demonstração espiritual enquanto continuamos presos às opiniões humanas de bem e mal.
Quando olhamos para o mundo sem opiniões, julgamentos ou rótulos – mesmo os bons -, conscientizando que DEUS É, criamos uma espécie de vazio interior.
Neste vazio aflora a sabedoria espiritual capaz de definir e avaliar o que está diante de nós, e isto se mostrará inteiramente diferente de nossa estimativa humana.
Chega-nos à consciência uma espécie de calor, uma sensação de amor pela humanidade, e a percepção de que Deus é a totalidade da Existência.
Quando alguém contempla esta revelação da verdade espiritual, encontra-se pronto para dar o passo seguinte: o passo que o torna um praticista de cura espiritual, um salvador, um reformador, um supridor no universo aparente.
 
 
Este é o momento em que devemos olhar para toda condição, seja de prisão em cárcere, em corpo doente, em falta ou limitação, sem lançarmos opinião de bem e mal.
Devemos poder encarar qualquer situação e circunstância com a conscientização de que DEUS É .
Ser-nos-á requerido um elevado grau de consciência espiritual, para olharmos uma doença séria e sermos capazes de contemplar o Cristo.
Isto não quer dizer que olharemos para o pecado, a doença, a pobreza, o cárcere, para rotularmos tudo aquilo de “bom”.
Não significa que faremos afirmações mentais de que aquilo é espiritual ou harmonioso; tampouco consideraremos que algo seja “mau”, munidos da intenção de superá-lo, melhorá-lo ou curá-lo. Não, não, não.
Falamos de um abandono de todo julgamento humano, na conscientização de que somente DEUS É, DEUS, SOMENTE, É .
Talvez você pergunte: “Que princípio está aqui envolvido?”
No reconhecimento de Deus como infinito, poderia você admitir um doente, um pecador, uma condição de pecado ou de doença? Poderia você aceitar uma pessoa ou condição necessitada de cura, mudança ou melhoria? Não, não poderia.
 
Que ocorre quando você testemunha o que o sentido humano chama de “erro”, e ora para removê-lo? A resposta é uma só: ocorre o fracasso.

Lembre-se: você não foi chamado para olhar pessoas e condições errôneas e chamá-las de boas ou espirituais, nem para dizer que uma pessoa em erro é o Filho de Deus.
Uma pessoa assim não é o Filho de Deus.
Você foi chamado para eliminar toda opinião, teoria ou crença, deixando de lado todo julgamento.
Não declare que algo ou alguém seja bom.
 
Disse Cristo: “Por que me chamas bom? Não há ninguém bom, exceto Deus”.Não vamos chamar nada nem ninguém de bom, mas também não chamaremos de mau.
Aprenderemos a olhar para qualquer pessoa e condição com apenas duas palavrinhas: DEUS É, ou ELE É . É- É- É: … nunca “será” curado, melhorado, removido.
DEUS É .  Harmonia É.  Ele É!  ELE É AGORA!Na percepção de que DEUS É, será revelada toda entidade e perfeição espiritual.
 
E então, você não estará vendo o mal humano transformado em bem; não estará vendo pobreza humana transformada em riqueza; não estará vendo doença humana transformada em saúde; não estará vendo culpa humana transformada em virtude; entretanto, estará percebendo a atividade e Lei de Deus presentes exatamente onde parecia existir uma pessoa boa ou má, uma condição boa ou má.
Não buscamos transformar humanidade má em humanidade boa.
 
 
O objetivo deste trabalho e estudo é alcançar “aquela Mente que estava em Cristo Jesus”, isto é, alcançar o mesmo estado de consciência espiritual manifestado por ele, a fim de contemplarmos o mundo espiritual, o homem espiritual, o Filho de Deus.
“O Meu reino não é deste mundo”.
O reino de Deus é um reino espiritual, um universo espiritual, governado por lei espiritual. Ele é uma SUBSTÂNCIA espiritual sem começo e que não terá fim.

Podemos compreender melhor esse fato se analisarmos que jamais houve um tempo em que duas vezes dois não fosse quatro.
Nunca houve tempo em que uma semente de roseira deixasse de produzir rosa. A lei “semelhante produz semelhante” vem vigorando desde antes que o tempo existisse. Ela sempre foi, é e será.
A oração, no sentido comum de prece, não irá provocar esse efeito. Todo “bem” JÁ É.
Mesmo no âmago das chamadas “depressões econômicas”, a terra continuou abarrotada de frutos, os oceanos repletos de peixes, os céus repletos de pássaros.
Deus não tem poder para aumentar o Seu suprimento. JÁ É INFINITO! É maior do que a terra possa usar. Ele ainda é, apesar da aparente falta de provisão e dos preços elevados que somente a ignorância é capaz de explicar.
O mundo está produzindo mais do que pode consumir ou utilizar. Orar a Deus por aumento de suprimento iria realmente fazer crescer a quantidade de produtos ou benefícios?
NÃO! Já existe mais que o suficiente para o mundo todo!
Naturalmente, uma pergunta pode surgir: “Como nos valeremos desta suficiência?” Resposta: “Através da prece”.
Que é prece?
A prece é este sentimento, esta convicção, este saber interno de que estas palavras são verdadeiras. DEUS É.
Você mudaria esse fato? Mudaria algo feito por Deus? Pediria melhorias no universo de Deus? Pediria a Deus para deixá-lo influenciar as leis, a substância e a atividade de Sua própria criação?
“Sim, mesmo que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal algum, porque tu estás comigo.” (Salmo 23:4.)
DEUS É. Teríamos de orar por algo mais?
O sentimento de certeza da declaração “DEUS É”, constitui a sua prece.
Exatamente agora, ela lhe será o bastante, desde que possa abrir mão de todos os seus desejos, vontades e mesmo esperanças, para deixar este sentimento, esta realização, conduzi-lo a planos mais profundos de consciência, fazendo-o penetrar nos reinos mais profundos da prece. DEUS É.
Isto não basta?
Agora eu reafirmo: não julgue pelas aparências. Olhe para cada pessoa, cada coisa, cada situação, munido somente desta compreensão: DEUS É!
A partir daí, deixe a Realidade Espiritual se tornar visível pela ação de seu Pai interior.
Joel S. Goldsmith

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