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sábado, 3 de maio de 2014

DEIXE QUE O ESPÍRITO DÊ TESTEMUNHO



 
 
Ao entrar em contato com o Espírito de Deus em seu íntimo, você estará manifestando o Poder e a Presença em sua experiência.
 
A obra de O Caminho Infinito consiste em fazer com que se atinja uma percepção consciente desta Presença. Quando você conscientiza que Deus está “mais próximo...que o fôlego”, cessam suas buscas por Ele no céu ou nas montanhas sagradas, e você passa a ficar repousado. Neste repouso, estará sendo aberto o caminho para que o Espírito Se anuncie e realize a Sua atividade.
 
O ministério do Mestre não tinha este objetivo?
A cura do doente, a ressurreição do morto, a alimentação do faminto, o perdão ao pecador, e a superação de quaisquer discórdias e desarmonias da vida?
O ministério do Cristo não tem por objetivo primário que vençamos o que o Mestre chamou de “este mundo”, apareça ele na forma de pecado, tentação, falso desejo, carência ou limitação?
 
A maioria das pessoas encontra facilidade para reconhecer a existência de um Cristo interno; mas, para prová-Lo, manifestá-Lo ou evidenciá-Lo, sente dificuldade.
 
Para conseguir este intento, uma condição será necessária: sempre que elas lerem ou ouvirem algo a respeito dessa Presença interior do Cristo, terão de sentir, no próprio íntimo, algo que lhes diga “sim”.
Foi exatamente esta percepção e convicção da Presença que possibilitou ao Mestre a realização de suas miraculosas façanhas, conforme podemos ler hoje nas Escrituras.
 
As pessoas envolvidas com a cura espiritual sabem que as curas somente ocorrem quando, ao fim do tratamento ou prece, surge uma sensação de libertação interior, um sentimento do tipo: “Está feito!”, ou, “Deus assumiu o comando”.
 
A prece ou tratamento que se restringe ao uso de palavras e pensamentos, por mais sinceros e sublimes que possam ser, não será eficaz: estará faltando ali a resposta divina à questão. Apenas a prece ou tratamento que transcender as palavras e os pensamentos, atingindo um contato real com o Espírito, irá mostrar os seus frutos.
 
Não desejo afirmar que preces ou tratamentos devam ser realizados sem palavras e pensamentos. Imagine! Pois são exatamente as ferramentas de que dispomos para nos erguermos acima delas próprias!
 
Seja qual for o tipo de prece ou tratamento empregado, sua finalidade única é a de nos conduzir a uma condição de consciência em que as palavras e pensamentos cessem por si, dando ao Espírito todo o comando.
 
Se a prece apenas de palavras e pensamentos fosse poder, não teríamos, no mundo atual, coisas como “busca pelo caminho espiritual”, ou “busca de um meio de se trazer à terra o poder espiritual”, uma vez que sabemos existir, em todas as religiões, denominações e seitas, uma quantidade de preces e tratamentos capaz de inundar o mundo de bem-aventuranças.
No entanto, após permitir que seu tratamento incorpore toda a verdade possível de lhe vir à lembrança, se ao seu término fizer uma pausa, à espera de que o Espírito esteja sobre você, terá então encontrado o verdadeiro sentido da prece, e descoberto a origem e o segredo da cura espiritual.
 
“FICAI NA CIDADE”
 
Na Versão Revista da Bíblia, uma extraordinária passagem acompanha o versículo final do Evangelho de Lucas; estando para deixar seus discípulos, o Mestre lhes disse: “Ficai na cidade!”. Não saiam a proselitar; não saiam a pregar; não saiam! “Ficai na cidade”.
 
Este ensinamento nos diz para permanecermos em prece até recebermos o poder que emana do Alto. O Mestre fez a citação de Isaías: “O Espírito do Senhor é sobre mim, pois que me ungiu”.
 
Mesmo sendo conhecedor das Escrituras, ou de toda a verdade contida num livro, jamais acredite que isso possa ser unção divina. Você estará ungido por Deus somente quando puder sentir-Lhe a Presença.
 
A não ser que haja algum tipo de certeza interna, de que existe aquele Algo além de você simplesmente, a sua prece não será eficaz.
Quando descer sobre você uma íntima sensação de paz, de libertação do problema, uma certeza de que Eu nunca o abandonarei, que Eu estou com você, sua prece específica estará terminada. E então, todas as coisas que pedir serão realizadas. Além disso, por virtude daquele Espírito, você terá conhecimento suficiente para jamais pedir por bem material ou coisas materiais.
 
Precisamos orar para a obtenção de quê? De nada!
Estamos acreditando que Deus nos está retendo o quê em Suas mãos? Nada!
Ora, nesse caso, para quê cerramos os olhos em oração?
Para quê? Senão para recebermos a graça de Deus e para que Seu Espírito seja sobre nós para sermos curados física, mental, moral e financeiramente, sob todo ponto de vista?
Não teríamos nenhum outro motivo, além desse, para orarmos.
 
Tão logo fecharmos os olhos em prece, Deus já sabe que isso tem por finalidade fazer-nos um instrumento pelo qual a Sua graça nos atinja a consciência. E, estando em quietude, permitamos que a Sua Voz nos chegue à consciência, ora como se fosse um trovão, ora como uma voz suave e pacífica, pois a Consciência onisciente sabe que estamos em prece para recebermos a divina Graça.
 
Eis-me aqui, no silêncio, à espera de Tua paz, do Teu reino, da Tua graça...
 
Permaneça habitando nessa quietude, silêncio e paz, e aguarde a “descida do Espírito”; sinta intimamente a libertação do problema, do medo e da ansiedade. E assim, a seu devido tempo, a graça de Deus estará assumindo uma forma de cura, de soerguimento, de suprimento, ou de um relacionamento humano mais feliz –algo bastante tangível.
 
A prece é a habilidade de entrar no silêncio sem nenhum problema, apenas pela alegria de estar em comunhão com Deus, pela experiência de conhecê-Lo corretamente.
A prece é uma atitude de autossubmissão e uma elevação de consciência que ultrapassa todo querer, desejar ou buscar, e que se torna uma comunhão com a Fonte da Vida.
Quando ocorre esta comunhão, com a vinda de uma resposta interior, a bênção do Senhor é recebida.
 
Milagre não é simplesmente a dissolução de alguma dor, o desaparecimento de uma doença. Ou uma mera troca da infelicidade pela felicidade; trata-se de algo muito além de tudo isso. O mundo fica vencido. A origem do mal é eliminada.
A prática constante da meditação, que resulta nessa comunhão interna, gradualmente culminará com a dissolução dos problemas, não apenas de um, mas de um após o outro, às vezes de dois em dois, até que haja o desaparecimento total dos problemas que constituem o mundo.
 
Joel S. Goldsmith
 

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