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quinta-feira, 15 de maio de 2014

TEXTOS DIVERSOS DE JOEL S. GOLDSMITH - 1


Atos, 17:28 e 29 / João, 1:13


“Doravante não reconheceremos o homem pela carne”. E como, pois, o reconheceremos? Como um filho de Deus, sua verdadeira identidade. À medida que conhecemos a nós mesmos e a todos os demais, como sendo de descendência espiritual, nunca olharemos para o corpo, mas diretamente para os olhos, até poder ver por trás deles, além do homem mortal, além do homem jovem ou velho, doente ou sadio, onde está entronizado o Cristo. O homem visível quer doente, quer sadio, não é o homem – Cristo, o Eu espiritual daquele homem, não está sujeito às leis da carne, nem mesmo da carne harmoniosa, mas está sujeito apenas ao Cristo.
Temos o dever – e não só perante nós mesmos – de fazer com que o mundo reconheça o homem não pela carne, e sim que reconheça a cada um como de fato deve ser reconhecido, não atribuindo qualidades boas ou más, tanto para amigos como para inimigos, cessando de pensar sobre sua história passada, presente e talvez futura; temos de olhar para ele apenas como uma pessoa e vê-lo em sua identidade espiritual.
Joel S. Goldsmith – “O Trovejar do Silêncio” – Ed. Martin Claret
... nunca enxerga o homem na sua humanidade; mas que logo entra em contato com a consciência espiritual dele. Acostumar-te-ás a não ver o homem segundo a sua aparência, mas o verás através dos seus olhos, para além dos seus olhos, na certeza de que lá está o Cristo de Deus. Fazendo isto, aprendes a prescindir da aparência externa, e, em lugar de tentares curar alguém ou restabelecer alguém ou melhorar alguém, te tornarás verdadeiramente uma testemunha da sua natureza crística, da sua essencial identidade com o Cristo.
Mesmo quando encontrares um bêbado, um doente ou um moribundo, não prestarás atenção à aparência externa, mas dirás a ti mesmo ‘Ele É’...
Percebes os fenômenos externos, as aparências dos sentidos, mas não te deixarás desorientar por elas. Podem os olhos ser testemunhas da doença de alguém, testemunhas da pobreza ou da culpa de alguém – mas o Espírito te diz: “Não! Isto é Deus em sua manifestação: isto é uma individuação de Deus; e por isto, a harmonia é a verdade, independentemente do que meus olhos vêem ou meus ouvidos ouvem”.
É uma consciência capaz de penetrar as aparências e enxergar para além; é uma visão de dentro, que nos dá a certeza desta verdade, mesmo quando os nossos olhos enxergam um ladrão ou um moribundo... É sem importância o testemunho dos sentidos externos. Algo no teu interior deve cantar, e o cântico que teu interior canta deve dizer: “Este é meu filho amado, no qual me comprazo... O Eu no meu interior é poderoso”.
Joel S. Goldsmith – “A Arte de Curar Pelo Espírito” – Ed. Martin Claret

Num primeiro momento poderemos achar que isso é ser por demais impessoal, mas não é nada disso. Trata-se, isto sim, de ser verdadeiro, pois observando tais princípios estaremos observando as pessoas como elas são realmente. Quando Pedro soube dizer “Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo”, foi porque já era capaz de ver através das aparências humanas, e pôde ver aquilo que animava Jesus e que fazia dele um salvador e um guia do mundo.
Se virmos o Mestre sob essa luz, mas pararmos por aqui, teremos uma noção incompleta, pois não apenas em Jesus atuava o Cristo: você e eu também somos Cristo-movidos.
O ser humano, vivendo o seu dia-a-dia, é o homem de carne que não está sob o governo de Deus e que não agrada a Deus, e que por isso é confuso, perplexo, frustrado, doente e muitas vezes acossado pela pobreza. Como os filhos de Deus não é assim: não estão enredados nos problemas do mundo, os filhos de Deus são livres. Os filhos de Deus renunciaram a todo julgamento sobre bem e mal, e estão convencidos em seu coração da verdade sobre as aparências: “Não é nem bom nem mau, é só uma pessoa. Não é nem boa nem má, é só uma flor (ou uma pintura, um tapete, etc.). Não é nem bom nem mau, porque só Deus é bom, e o mal não passa de uma ilusão ‘deste mundo’”.
Quando qualquer um de nós for capaz disso, terá feito a transição entre ser um homem da Terra e ser um filho de Deus.
A transformação ocorre sem que a pessoa seja transportada para algum tipo de mundo etérico ou transformada em corpo etérico, mas por meio de uma mudança de consciência que leva à reflexão: eu sou uma pessoa, e, uma vez que Deus é o princípio criador do meu ser, tudo o que Deus, é, eu sou – tudo o que o Pai tem, é meu.
Joel S. Goldsmith – “O Trovejar do Silêncio” – Ed. Martin Claret
Palavras não resolvem este problema. Deve ser uma convicção interna – e esta só se adquire por meio de exercícios, pela compreensão e pela prática – sem falar da graça de Deus que reside no teu íntimo.
Se fores capaz de ficar sentado à cabeceira de um doente moribundo sem um vestígio de temor, porque uma voz canta no teu interior: “Este é meu filho amado... Eu sou onipotente no meu interior... Jamais te abandonarei nem te esquecerei” – então és um curador pelo espírito. Isto supõe uma evolução que só se alcança por exercícios – até que desponte o dia em que esta voz fala de dentro. Ou alguém recebe esta consciência pela graça de Deus, como um presente”.

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