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terça-feira, 10 de agosto de 2021

A CURA PELO CRISTO

 






Estudar a Verdade significa contemplar a Ação de Deus em nossa vida. Enquanto nos julgamos seres de um mundo material, colocamo-nos à mercê de suas crenças no bem e no mal. 

As aparências agradáveis, por nos serem prazerosas, são ansiosamente buscadas; por outro lado, com anseio multiplicado, desejamos nos livrar daquelas que julgamos desagradáveis ou más. 

O estudo da Verdade nos convida a transcender tudo isso, pela busca única do Reino de Deus, que nos é acessível exatamente agora.

“O Reino de Deus está dentro de vós” – eis a Verdade que já existe! O Reino já existe e já está “dentro” de nós. Podemos chamá-lo de Consciência iluminada, Cristo interno, Absoluto, etc.. 

O importante, contudo, é sabermos que este Reino já existe e nos é ACESSÍVEL, exatamente agora. 

O acesso ao Reino divino não depende de méritos ou esforços humanos. É UM REINO QUE JÁ NOS ESTÁ DADO PELA GRAÇA DE DEUS.

Algo que existe não pode ser criado; pode apenas ser percebido ou contemplado. 

Portanto, ao estudarmos a Verdade, o que de fato nos propomos a fazer, é PERCEBER ou CONTEMPLAR este Reino que está DENTRO DE NÓS.

COMO FAZER ISTO? Através da “Prática do Silêncio”. 

Os requisitos principais são: constância, dedicação, ausência total de esforços mentais, e a certeza absoluta de que O REINO JÁ EXISTE e nos está REVELADO. Para tanto, devemos nos manter ALERTAS.

Falamos que o Reino já existe; entretanto, que vem a ser este suposto “mundo terreno”, percebido pela suposta mente humana? Estamos no Reino de Deus e o Reino de Deus está em nós. A mente humana, tal como um “filtro”, é uma condensação de crenças errôneas coletivas que aparentemente se interpõem entre nossa visão real e o que é visto.

Todos os acontecimentos e pessoas são a Perfeição absoluta já manifesta; mas, ao serem vistos através do “filtro mental de crenças”, mostram-se irreconhecíveis, dando-nos a impressão de que “imperfeições existam”, e que podemos corrigi-las com a Verdade. 

Entretanto, a Realidade já é inteiramente perfeita. Ver sem levar em conta o “filtro” com suas distorções, isto é, ver diretamente a Realidade perfeita, eis o objetivo real das meditações contemplativas

Na vida humana, confundimos conceitos mentais (imagens deformadas, captadas pela mente humana) com a Realidade verdadeiramente presente. 

Meditamos para aceitar, admitir e reconhecer que unicamente existe esta Realidade divina e perfeita. Desse modo, transcendemos as aparências e suas supostas leis. A conhecida lei, “olho por olho, dente por dente”, é uma destas falsidades! Nada coexiste com a Lei de Deus, que é a lei do Amor e da Harmonia infinita.

Desfeita a crença ilusória de “castigo divino”, de lei de causa e efeito, etc., vivemos a Realidade; a Vida pela Graça! Esta é a mensagem do Cristo. Portanto, a meditação correta é fundamental neste trabalho.

Fazendo uma analogia, podemos explicar a meditação como constituída de três fatores básicos: A Luz do Cristo, o “filtro” chamado “mente humana”, e a contemplação da ação da Luz sobre a mente. 

Comparemos este processo com a colocação de certo volume de água sobre uma chama. Para que ela entre em ebulição (fervura). 

A ação é causada pela chama, a água é o agente que sofre a ação, mas sem ter ação própria, e a visão do observador é a de quem simplesmente contempla o “cenário global”. 

Algo semelhante ocorre na meditação contemplativa: a chama é a Luz do Cristo, já acesa “dentro de nós”; a água corresponde à mente humana que, receptiva ou estática, aguarda a entrada em ebulição e decorrente evaporação, sob a espontânea ação do Cristo; e quem medita, é quem puramente “contempla o processo”, como que repetindo com Jesus: “O Pai, em Mim, faz as obras”.

A compreensão desta analogia elucidará o mecanismo correto das “contemplações”, bem como os seus aspectos principais, já antes enumerados, e que novamente aqui registramos:

1. a) constância;
2. b) dedicação
3. c) estado máximo de alerta;
4. d) ausência de esforços mentais (ajuda mental humana);
5. e) convicção absoluta de que o Reino de Deus já existe e já está acessível a todos nós pela graça de Deus.

Este mecanismo explica o que na Metafísica chamamos de “A Cura pelo Cristo”, ou seja, passamos a ver os fatos onde eles realmente estão, ou seja, em Deus e não nas “aparências”, e passamos a entender que todos os seres já estão imutavelmente perfeitos, à imagem e semelhança de Deus, e que, na verdade, não ocorre nenhum milagre ou fenômeno de cura: ocorre a REVELAÇÃO da Realidade; ocorre a REVELAÇÃO de nossa verdadeira identidade, que é crística e não humana; e ocorre a REVELAÇÃO da natureza espiritual e verdadeira do Universo. 

Decorrente de nossa identificação com estas verdades, aos olhos do mundo, teremos as “aparências de cura”, que são os efeitos visíveis da atividade da Verdade sobre as “crenças do mundo”.










*GRATIDÃO AO MEU AMIGO DÁRCIO

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