Jesus sabia que na dualidade nunca há paz. Sabia que não poderia haver paz enquanto houvesse a crença, o sonho, a ilusão de que exista Deus e homem. Sabia que não poderia haver paz enquanto aparentássemos estar iludidos pela crença em universo material e mundo material, e, também, em Universo espiritual, em Mundo espiritual. Ele sabia que não poderia haver senão a guerra, enquanto houvesse uma crença na existência de Mente divina e mente humana. Sabia que as guerras seriam inevitáveis nesse tipo de ilusão.
No Evangelho de Tomé, Jesus diz: “Os homens possivelmente pensam que eu vim trazer paz ao mundo; não sabem que eu vim para trazer divisões à terra, fogo, espada, guerra. Pois haverá cinco numa casa, três serão contra dois e dois contra três, o pai contra o filho e o filho contra o pai, e eles ficarão solitários”.
Ele busca revelar a falácia de qualquer esperança de paz até que esta Verdade seja vista, ou seja, de que há um Universo e um Mundo, um Ser, que é Deus existindo. Jesus percebia haver sempre, na dualidade, uma alegação de divisão, de separatividade.
Jesus sabia que aquilo que chamamos de cinco sentidos é o que traz informações de dualidade. Sabia também que, por causa dos cinco sentidos, pareceria haver separação e divisão na Existência.
Sabia que enquanto um nascimento humano parecesse existir, os relacionamentos humanos também aparentariam existir. E ele sabia que, nestes relacionamentos, ocorreriam divisões, desarmonias, enquanto fossem consideradas mentes separadas, consciências separadas, religiões separadas e vidas separadas. Sabia que isso, levado adiante, significaria ideologias separadas.
Jesus explica que, em vez de cinco sentidos, em vez do “homem cujo fôlego está em suas narinas”, em vez de separação, existe o Sentido único, que é o da Alma. Existe uma Consciência. Há inúmeras funções desta Consciência única, mas existe um só Sentido, e este é o Sentido da Alma.
Este é a Consciência espiritual, e inexiste qualquer outra consciência. Nesta Consciência, não há separação, não há divisão. Não importa quantas identidades existam, e, certamente são infinitas, todas são a Consciência única, a Consciência inseparável, manifesta como toda e como cada identidade.
Portanto, não pode haver relacionamentos humanos, nem relações entre nações, nem relacionamentos de planetas, astros, etc..
Jesus sabia que, sendo percebida esta Verdade, os discípulos estariam conscientes de que eram exatamente este Um.
CONTEMPLO A CONSCIÊNCIA UNIVERSAL SENDO A CONSCIÊNCIA ILUMINADA QUE EU SOU.
CONTEMPLO QUE, SENDO ÚNICA, A MINHA CONSCIÊNCIA É A MESMA CONSCIÊNCIA PRESENTE EM TODOS OS SERES.
CONTEMPLO O FATO DE QUE ESTA CONSCIÊNCIA INSEPARÁVEL, ESTÁ, AQUI E AGORA, MANIFESTA COMO PAZ ONIPRESENTE.
*MARIE S. WATTS
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