“E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus”.
(Filipenses, 4: 7).
Sim, a paz que é experienciada por quem é consciente de sua Identidade divina está além de toda assim chamada compreensão humana.
É a paz que “o homem cujo fôlego está em seu nariz” desconhece. Tal paz espiritual jamais é insípida ou inativa.
Na verdade, ela é essencialmente uma paz ativa, porque somente pode ser realizada pela Consciência espiritual oniativa. Esta paz não é do tipo que oscila, que vem e que vai. É uma percepção ativa, autossustida e consciente, que não pode ser abalada ou sacudida pelas supostas tempestades do mundo das aparências.
Certamente você se recorda do incidente registrado na Bíblia, em Marcos 4: 39. Neste trecho, podemos ler qual foi a reação de Jesus, diante de um aparente perigo. Exatamente em meio à tempestade, Jesus estava em paz.
Os discípulos disseram que ele dormia; entretanto, como sabemos, a Consciência permanece ativa e consciente, inclusive na paz que conhecemos como sono.
Jesus não reconhecia tempestade alguma. Ele sabia que não havia ameaça alguma à Vida. No entanto, os discípulos se apavoraram.
E assim, a paz consciente de Jesus, ativa e instantaneamente, sossegou a aparência de medo e de violência.
“Cala-te, aquieta-te”, disse Jesus, e o vento se aquietou, e houve grande bonança.
Todos nós temos passado, em certo grau, por esse tipo de experiência. Temos discernido esta grande paz exatamente diante de alguma violenta aparência de algo que parecia ser destrutivo ou problemático. Uma vez experienciada esta paz, sabemos que tudo está bem, e a prova disso é imediata.
Jesus estava tão ativamente consciente desta paz, que não poderia ser perturbado, nem mesmo enquanto aparentemente estava dormindo.
Nós também, cada vez mais, nos tornamos ativamente conscientes desta paz consciente, que dispersa toda aparência do mal.
Hoje em dia, o chamado ser humano vive em ansiedade, buscando desesperadamente a paz. Esta busca pela paz tem dado origem a diversas organizações humanas.
Nestas organizações, homens e mulheres sinceramente estão empenhados em conseguir concretizar a paz mundial. Indiscutivelmente, esta atividade é bastante louvável. No entanto, a paz jamais poderá ser alcançada. A paz deverá ser reconhecida.
Além disso, tal conscientização deverá ser constantemente ativa. Onde e quando estará se dando esta conscientização? Exatamente dentro da sua e da minha consciência, amado leitor; e ela já está acontecendo agora. Caberá a nós ver e ser esta paz consciente ativa, que dispersa a ilusão de homens malignos, ameaçadores, ávidos de poder, e que engendram planos malignos de destruição.
É fútil ficarmos clamando “paz, paz”, quando não existe paz! Deixemos de lado estes tranquilizantes, e ocupemo-nos com “os negócios de nosso Pai”. Isto quer dizer que nada faremos? Não! Não! Em absoluto! Significa que estaremos ativamente vendo e sendo esta paz consciente, que dispersa todas as aparências que não forem Deus aparecendo e Se evidenciando.
Esta poderia ser chamada de “A Era dos tranquilizantes”.
Todos nós conhecemos bem aqueles que sentem a necessidade de fazer uso habitual de algum deles! O homem “cujo fôlego está em seu nariz”, segundo dizem, vem crescentemente consumindo pílulas tranquilizantes ou tomando injeções, num esforço vão de obter a paz que já lhes pertence, se ele ao menos soubesse disso. Mas este esforço fútil não acaba aqui! É apenas um pequeno passo que o acaba conduzindo dos tranquilizantes físicos para aqueles de ordem mental.
Muitos textos ou ensinamentos metafísicos não passam de uma canção hipnótica de ninar, a embalar diversos estudantes sinceros na inatividade e na inércia. Não é este o caminho da verdadeira paz.
Em João 14; 27, encontramos Jesus dizendo: “Deixo-vos a paz… não vo-la dou como o mundo a dá, não se turbe o vosso coração, nem se atemorize”.
Nossa paz não é do tipo que o mundo nos pode dar ou tirar. Nossos corações não estão turbados.
A Consciência divina que somos não é incomodada ou perturbada pelo suposto mundo da aparência. Sim, sabemos da aparente violência dos sonhos e dos esquemas humanos!
Mas, também estamos ativamente conscientes de que Deus realmente é Tudo, e que Tudo realmente é Deus.
Nossa paz ativa é uma constante paz sustida. Apesar de todos os temores e alucinações violentas da ilusão da ilusão, nós percebemos que não somos confundidos nem enganados.
“Tu, Senhor, conservarás em perfeita paz aquele cujo propósito é firme; porque ele confia em ti” (Isaías 26; 3). Sim, isso é verdadeiro.
Mas é necessário que nossa Consciência seja ativa, para que permaneça consciente de que este mundo, exatamente aqui e agora, é o Reino (Consciência) de Deus; e Deus é tudo que tem presença ou poder, em e como este mundo.
“Ao Senhor pertence a terra e tudo o que nela se contém…” (Salmo 24; 1). Isto é Verdade absoluta. A terra, o mundo, o Universo em Si, é Deus.
A Oniação harmoniosa inteligente, que Se governa como a terra, o mundo, o Universo, é Deus. Deus em ação jamais está em conflito consigo mesmo. Deus em ação é atividade consciente, pacifica e harmoniosa.
Ah! Existe poder nesta revelação da paz oniativa! Nenhuma revelação da sempre presente perfeição irá ocorrer, a não ser após a conscientização desta paz.
Ver e ser são atividades. Ver e ser a Verdade significa a Consciência em ação.
Contudo, não é a atividade de se fazer alguma coisa. Pelo contrário, ela é a sua Identidade divina ativamente sendo Algo. E este Algo é Ela própria. Este Algo é o Universo perfeito, o mundo perfeito. Este Algo é o sempre perfeito Você!
“Ora, o mesmo Senhor da paz vos dê sempre paz de toda a maneira” (II Tess. 3; 16).
Amado leitor, Deus, que é a Paz onipresente em Si, está expressando sempre Sua Paz como a Paz que é a sua.
Você é esta Paz em ação harmoniosa perfeita, sempre e de toda a maneira.
*MARIE S. WATTS
Nenhum comentário:
Postar um comentário