Em nosso estudo do Absoluto, não usamos visualizações nem damos tratamentos espirituais. Não há “receitas”; não podemos usar a Verdade. Que fazemos?
Há algum meio de vermos a Verdade maravilhosa que contemplamos Se manifestar? Sim, e esse meio inclui uma ordem.
Nada fazemos para que a ORDEM DIVINA exista: Ela simplesmente É! Nós apenas tomamos consciência desse fato. Melhor dizendo, focalizamos nossa atenção na perfeita ordem que constitui a Existência toda, em vez de “aplicarmos técnicas” para que algo passe a existir harmonicamente.
Há uma ORDEM nesta “contemplação”, sem a inclusão de mentalizações ou processos racionais.
Toda atenção é focalizada no perfeito Universo ordeiro, na perfeita identidade específica ordeira, e no perfeito Corpo ordeiro.
Nada fazemos “de nós mesmos”; somente permanecemos conscientes de ser O PRINCÍPIO INTELIGENTE — ATIVIDADE — EM AÇÃO. Estamos ativos, mas nunca de nós mesmos.
E esta atividade é Deus cumprindo seu próprio objetivo como a nossa atividade específica. Deus, sendo o Universo infinitamente ordeiro, age e cumpre Seu objetivo também de modo ordeiro.
Isso não quer dizer que usemos tratamento ou fórmula. PORÉM, TODO ENSINAMENTO ABSOLUTO É INCOMPLETO, SE NOS DEIXA FLUTUANDO NO ESPAÇO.
Não importa quão verdadeiro e sincero possa ser, ensinamento assim não é completo. De fato, reconhecer o Universal Tudo como Tudo é de suma importância; mas, apenas este reconhecimento é insuficiente: ele constitui somente um aspecto da revelação Absoluta.
Pouco nos adiantaria se ficássemos no desfrutar de um conceito separado de Universo e, com qualquer ruído, descêssemos novamente ao encontro dos mesmíssimos antigos problemas.
Contudo, se fizermos a trajetória completa, se percebermos a perfeita e eterna Natureza do Universo, da Identidade e do Corpo, estaremos “vendo” também completamente; e esta “contemplação” será manifestada como o nosso Universo, como nossos afazeres e como nossos Corpos.
É certo que Deus é Tudo. Deus realmente é a única identidade infinita; porém, Deus Se identifica especificamente como identidades distintas.
Nenhuma identidade é um indivíduo ou pessoa separada; mas, cada uma é distinta: pode ser apontada como sendo esta ou aquela, e nenhuma outra identidade.
Desse modo, em nossa “visão segundo uma ordem”, é essencial percebermos o “específico” (identidade individual) sendo o Tudo identificado como “aquela identidade específica”, e, contudo, inseparável do Todo Universal que compreende toda identidade.
Esta Verdade deve ser “vista” completamente. Isto quer dizer que é essencial percebermos que o Tudo é a inteireza da identidade específica e, também, é necessário percebermos que a identidade específica é o TUDO, e nada mais.
Deus é específico em Sua Autoexpressão. Sendo específico, devemos ser também específicos em nossa percepção de Sua Expressão de Si mesmo.
Por exemplo, se um chamado de ajuda lhe chega de Nova York, sua atenção se volta para a identidade específica que ligou. Mas, você sabe que tudo que se relaciona com tal identidade é o seguinte: ela é Deus identificado. Assim, de imediato você conscientiza que Deus é o Universo imutável, eterno, inteiro, a Vida perfeita, o Princípio, a Alma, Corpo e Ser que é o Universo.
Você contempla estas Verdades durante alguns instantes. E então, a identidade específica aparece em sua Consciência. Você está consciente daquela identidade específica. Mas, antes de tudo, você está consciente de que aquela identidade é exatamente aquilo que você sabe que Deus é, e nada mais. Este é o sentido de “ser específico” em sua visão.
Nada há de metódico ou frio nesta revelação: pelo contrário, sentimos o Amor jorrar em todo o nosso ser, sentimos ser todo o Amor que existe em e como o Universo.
Lembre-se: NUNCA INCLUA A IDENTIDADE ESPECÍFICA EM SUA CONSCIÊNCIA ANTES QUE TENHA VISTO, SENTIDO E EXPERIENCIADO O TODO INFINITO, DEUS, AMOR, COMO O UNIVERSO INTEIRO. Este ponto é de importância máxima: primeiro, sinta e experiencie a Totalidade que é Deus; depois, perceba este Um total perfeito sendo a totalidade daquilo que existe referente ao ser específico que lhe solicitou ajuda.
Não damos “tratamento”; não focalizamos nossa atenção na identidade específica; não enviamos pensamentos nem projetamos tratamentos. Nada disso. Ocorre simplesmente que, repentinamente, a identidade específica surge exatamente aqui, em nossa Consciência, e nós, sem esforço algum, percebemos Deus sendo a totalidade desta identidade.
Por que é tão importante percebermos primeiro Deus como sendo a inteireza que compreende o Universo, ou primeiro percebermos a natureza do Universo como sendo Deus, antes de percebermos a natureza da identidade especifica?
PORQUE É ABSOLUTAMENTE ESSENCIAL PERCEBERMOS O QUE DEUS É COMO O TODO, A INTEIREZA DE TODA A EXISTÊNCIA, ANTES QUE POSSAMOS PERCEBER O QUE DEUS É COMO A EXISTÊNCIA DA IDENTIDADE ESPECÍFICA. Além disso, isso impede que tentemos “dar tratamento” a alguma pessoa, iludidos pela crença de que existe alguém separado de Deus e necessitado, realmente, de nossa ajuda.
*MARIE S. WATTS
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