O chamado amor humano traz em seu âmago as sementes do medo, ódio, ciúme, dominação e apego.
O amor humano gera o medo justamente por consistir de uma realização íntima de natureza transitória.
O suposto ser humano acredita realmente que é capaz de dar ou receber amor. Pensa que o amor pode ser-lhe dado ou negado. Vive sempre receoso diante da possibilidade de perder seu ente querido, ou o amor que julga provir dele. Nos dois casos o medo está presente.
É Indiferente qual possa ser o grau de felicidade que alguém demonstre possuir graças ao “amor” recebido de outro: sempre um receio oculto estará presente.
Eis por que o amor humano jamais satisfaz de forma plena. Na maioria das vezes, o amor humano tem demonstrado ser uma experiência bastante frustrante.
O amor humano é uma ilusão. É uma ilusão vivenciada por um suposto homem, que integra por si, ou faz parte, do fictício mundo ilusório. Ele faz brotar as imagens ilusórias para, em seguida, amar aquilo que ele mesmo inventou. Mantém-se aprisionado à sua natureza fictícia. Sendo ilusórias por própria natureza, suas imagens e emoções necessariamente são todas enganosas.
Existe um só Amor, e este Amor único é Deus. Deus não consiste de atributos. Portanto, o Amor não é um atributo de Deus. Ele é o próprio Deus. Deus nem dá nem retém Amor. Deus não pode deixar de amar, por Lhe ser impossível deixar de ser o que Ele é. Seria fútil apelar a Deus na expectativa de receber Amor.
Como seria infrutífero ficar esperando que Ele demonstrasse ou revelasse o Amor que tem por nós.
O Amor que Deus é, é impessoal; além disso, Deus não pode deixar de amar, assim como não pode evitar de ser o Amor. Necessariamente Deus precisa ser aquilo que Ele eternamente é.
Deus é Amor eterno e infinito. Este Amor, obrigatoriamente, deve ser inteiramente impessoal. Jamais começa, jamais oscila e jamais termina. Nunca pode ser interrompido por intervalos de medo, conflito, ódio ou ciúme.
No Amor infinito que Deus é, ninguém está deixando de ser amado. É impossível haver espaços vagos no Amor onipresente.
Temos afirmado que Amor e Inteligência são inseparáveis. Como isso realmente é verdade, um Amor que não for inteligente não poderá existir.
A Inteligência precisa cumprir um objetivo inteligente. Assim, a Inteligência precisa cumprir o seu objetivo de ser Amor.
Mas o Amor também precisa cumprir o seu objetivo de ser Inteligência. Se o Amor inteligente deixasse de cumprir o seu objetivo, teríamos de admitir que apenas uma parte do infinito objetivo de Deus estaria sendo cumprido. Desse modo, Deus em Si estaria incompleto.
Deus compreende a totalidade do que é necessário à Sua inteireza eterna e infinita.
Tanto o Amor quanto a Inteligência são essenciais a esta inteireza. Caso estivesse presente, mas inativo, o Amor inteligente não estaria cumprindo objetivo algum! Nenhum objetivo poderia ser cumprido na ausência de atividade. Deus é Oniação; e o objetivo divino é cumprido através da Inteligência consciente, viva e amorosa.
Continua..>
MARIE S.WATTS
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