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segunda-feira, 4 de julho de 2022

Verdade-1

 




Que é a Verdade? Há cerca de dois mil anos, Pôncio Pilatos fez a Jesus esta importante pergunta. 

Não temos nenhum registro de que Jesus a tenha respondido a Pilatos. Por que não o fez? 

Provavelmente por saber que a sua resposta não seria compreendida nem digna de crédito. 

E a busca por essa resposta continuou existindo, perdurando até os dias atuais. 

Entretanto, Jesus deu a resposta. Clara e simplesmente ele declarou: “Eu sou a Verdade”. 

Mas por que ela não foi compreendida? Tão simples! Ele poderia também ter dito a Pilatos: “Você é a Verdade, se ao menos o soubesse”.

Uma percepção clara dos ensinamentos do Mestre nos revela que jamais ele alegava possuir o privilégio ou o direito exclusivo de ser a Verdade. 

Tampouco limitava esta prerrogativa aos seus discípulos imediatos. 

Em João 14; 12, podemos ler: “Aquele que crê em mim também fará as obras que eu faço, e as fará maiores do que estas.” 

O certo é que Jesus não falava de si mesmo como pessoa. Pois não havia, já, se referido a si próprio como sendo a Vida, a Verdade e o Caminho, mas de forma impessoal?

Na prece que vamos citar, uma das mais maravilhosas já registradas, encontramos Jesus orando para que todos nós pudéssemos reconhecer a Verdade, o único Deus, como o “Eu” de cada um de nós. 

“Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti, que também eles sejam um em nós, para que eles sejam perfeitos em unidade” (João 17: 21, 22,23).

A prova de que esta prece inclui a todos está no seguinte versículo: “E não rogo somente por estes, mas também por aqueles que pela sua palavra hão de crer em mim” (João 17; 20). Isto soa como se Jesus falasse de si mesmo como a Verdade, com a exclusão de todos os demais? 

Que seria, ou quem seria o “Eu” citado nestas passagens? Quem seria este “Mim”, em quem somos convidados a crer? 

Há somente um “Eu”, o “Eu” existente como a sua “Identidade”, como a minha e como a de todos nós. E é neste “Eu”, neste “Mim”, que somos exortados a acreditar. 

Sim, amados, somos exortados a aceitar e reconhecer o “Eu” que é a Verdade impessoal, o “Eu” que EU SOU, como a “Identidade” de cada um de nós.

Seguidamente temos tido garantias de que, “se conhecêssemos a Verdade, estaríamos livres”. Porém, de que forma poderíamos conhecer algo, senão pelo discernimento da natureza do objeto de nosso estudo? Quando conhecemos algo, um conhecimento realmente efetivo de algo, aquilo permanece conosco para sempre, em e como nossa própria Consciência, ou Mente. E descobrimos que realmente contemos e somos aquilo que conhecemos.

Em outras palavras, é impossível conhecer totalmente a Verdade sem que, antes, conscientizemos que somos a própria Verdade que estivermos conhecendo.

Repetindo a pergunta, QUE É A VERDADE? 
A Verdade relativa a algo é o fato estabelecido daquilo que constitui a sua existência. 

O dicionário a define incluindo a seguinte interpretação: “Aquilo que é verdadeiro; um estado real de coisas; fato; realidade”. 

Sim, a Verdade é o Fato daquilo que existe como o Universo, como o Mundo, e como Você e Eu. 

A Verdade é eterna, sem começo, sem mudança e sem fim. Sendo infinita e eterna, a Verdade é harmoniosa e perfeita para todo o sempre.
Continua..>



MARIE S. WATTS

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