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terça-feira, 31 de março de 2015

LEMBRA-TE DE MIM

 

 

 

 

 

 

“Ora, um dos malfeitores que tinham sido crucificados insultava-O: 

«Não és Tu o Messias? 

Salva-Te a Ti mesmo e a nós também». 

Mas o outro, tomando a palavra, repreendeu-o: «Nem sequer temes a Deus, tu que sofres o mesmo suplício? 

Quanto a nós, fez-se justiça pois recebemos o castigo que as nossas acções mereciam, mas Ele nada praticou de condenável». 

E acrescentou: 

«Jesus, lembra-Te de mim quando estiveres no Teu reino». 

 Ele respondeu-lhe: «Em verdade te digo: 

Hoje estarás Comigo no Paraíso”.


Lucas 23, 39-43



Ao lado de Jesus na cruz, um dos ladrões lhe disse: “Jesus, lembra-te de mim quando estiveres no Teu reino”.  

Ele respondeu-lhe: 
“Em verdade te digo: Hoje estarás comigo no Paraíso”. 

Esta resposta de Jesus anulou o “quando” do suposto ladrão, trazendo-o para o AGORA sem crenças . 


Que eram os ladrões? 
A SUPOSTA MENTE CARNAL/HUMANA 
a crença de estar separada de Deus 

Que era o “mau ladrão”? 
O ego sem querer se render à Verdade; 


Que era o” bom ladrão”? 
O ego desejoso de se render à Verdade! 


Que era Jesus? 
O EU REAL – E ETERNO – ALI PRESENTE: 
O CRISTO ETERNO: A Consciência do Espírito de Deus  Eternamente presente


Esta passagem revela a disponibilidade imediata da Graça e do Reino da Verdade a todo aquele que desejar que “se lembrem de Mim”, ou seja, da presença de Deus em si mesmo, pela disposição de se anular como suposto ser humano ou homem natural.


O “bom ladrão” não pediu “perdão” pelos seus crimes! Não se lembrou de seu suposto “passado”, não se dividiu mentalmente em situação material e espiritual! 
FOI DIRETO AO ASSUNTO: 
“LEMBRA-TE DE MIM!” 



Diante desta sua determinação sincera, ouviu a Voz da Verdade: 
“HOJE ESTARÁS COMIGO NO PARAÍSO”!


Pelo próprio Evangelho, sabemos que O REINO DE DEUS JÁ ESTÁ DADO A TODOS NÓS, PRESENTE COMO NOSSA PRÓPRIA CONSCIÊNCIA CRÍSTICA! 


Mas não adianta você “se crucificar” conservando o ego! 


Este é o papel do “mau ladrão”, aquele que se diz “convertido” sem “renascer”. Unicamente ilude a si mesmo! 


O “bom ladrão” é o que demonstra o sincero desejo de “se ver na Verdade”, com sua VERDADEIRA IDENTIDADE RECONHECIDA”.

"O bom ladrão" quer a PRESENÇA DE DEUS, NELE, PERCEBIDA: “LEMBRA-TE DE MIM!”

Seja qual for a ILUSÃO contida em seu suposto “passado”,saiba que não existe nenhum Deus enxergando CRENÇAS MATERIAIS para julgá-lo ou para perdoá-lo! 

Esta passagem ilustra este ponto importantíssimo! 

O BOM LADRÃO NÃO FOI EM BUSCA DE PERDÃO! FOI EM BUSCA DE “MIM”, DO “REINO DA VERDADE”! 

E, POR RESPOSTA, TEVE A CRENÇA EM PASSADO E EM TEMPO ANULADA! 
“HOJE ESTARÁS COMIGO NO PARAÍSO!
 
Não perca tempo com a ILUSÃO! 
Perca a ILUSÃO de que o “tempo existe”! 


Jesus não disse que o bom ladrão teria que pagar um carma, reencarnar ou ir ao purgatório, disse apenas:
“HOJE ESTARÁS COMIGO NO PARAÍSO!


A qualquer momento que VOCÊ se abrir à lembrança de MIM – ao CRISTO que VOCÊ É, sua presença no Paraíso lhe será um FATO, e não um DESEJO!


Vinde a MIM,  vinde ao Espírito de Deus que é o Seu Espírito e Espírito de Todos - O Único Espírito - A Mente Única


Vinde a MIM, vós cansados e oprimidos, e EU vos aliviarei – pregava Jesus a todos! 

Jamais se sinta culpado de nada! 


Você não é “crença no bem e no mal; ” 

você não é “mente carnal”; 


você não é “homem natural e seus feitos”! 


VOCÊ NECESSITA UNICAMENTE DE “VIR A MIM”! 


Esta é a mensagem do Cristo, a mensagem do Pai a VOCÊ, AQUI E AGORA! HOJE! 











Agradecimentos ao Meu Amigo Dárcio



segunda-feira, 30 de março de 2015

“EU O SOU”





“O sumo sacerdote lhe tornou a perguntar, 
e disse-lhe: 
És tu o Cristo, Filho do Deus Bendito? 

E Jesus disse-lhe: 
Eu o sou, e vereis o Filho do homem assentado à direita do poder de Deus 
e vindo sobre as nuvens do céu”.
Marcos, 14: 61-62.





Conhecer a Verdade é ter o genuíno Autoconhecimento, isto é, 
cada um se conhecer em sua individualidade 
e não em sua suposta personalidade. 


Deus Se expressando como cada FILHO DE DEUS constitui a nossa “individualidade eterna”; 
o conceito falso, apresentado pela mente humana como sendo quem somos, constitui a nossa suposta “personalidade”.


As nuvens do céu” representam o “véu da ilusão”, que se abrem e revelam o Cristo como Filho do homem, vindo sobre elas em sua forma real e gloriosa! 

 DEUS É TUDO! 


Ao ser indagado pelo sumo sacerdote, se era ele o Cristo, Jesus lhe respondeu: 
“EU O SOU”, 
antecipando a ele que “O EU – EM TODOS – 
É O CRISTO! 

“E vereis o Filho do homem assentado à direita do poder de Deus e vindo sobre as nuvens do céu”, disse Jesus ao sumo sacerdote, que não entendeu absolutamente nada!


A palavra “persona” quer dizer “máscara”. 


Cada suposta “personalidade” , seja sob a “máscara” de sumo sacerdote, 
ou sob a “máscara” de professor, médico, empresário, pastor, etc., 
é o FILHO DO HOMEM “assentado à direita do poder de Deus”, e destinado ”a vir sobre as nuvens do céu”. 


Jesus estava ali se dirigindo ao sumo sacerdote, mas estava dando uma resposta que seria válida e aplicável a toda a humanidade!


“EU O SOU!” – e este”EU” é o Cristo - 
A dimensão espiritual Infinita - o Pai em nós! 
em TODOS NÓS!!
Não apenas em Jesus! 


Jesus estava expondo a mesma Verdade exposta por Paulo: 
“Quando Cristo, que é a NOSSA VIDA, se manifestar, então também vós vos manifestareis com ele em glória” (Col. 3: 4). 



Quando estudamos, contemplamos a Verdade e com ela nos identificamos, vemo-nos “dotados do PODER DE DEUS e vindo “sobre as nuvens do céu”. 


As falsas crenças vão se mostrando como NADAS!


Não existe “resposta de Jesus” que não fosse dirigida a TODOS NÓS! 


Por isso elas estão registradas na Bíblia! 



Que sentido haveria em se registrar o que Jesus disse somente ao sumo sacerdote? 
Nenhum! 


Cada resposta fala do “renascimento espiritual”, a forma como ele se dará em TODA A HUMANIDADE, ainda desconhecedora de sua “individualidade” como sendo O CRISTO, 
e ilusoriamente se achando mera “personalidade”, algum “sumo sacerdote” da ilusória vida terrena!



O relato bíblico continua: 
“E o sumo sacerdote, rasgando os seus vestidos, disse: 
Para que necessitamos de mais testemunhas? Vós ouvistes a blasfêmia, que vos parece? 
E todos o consideraram culpado de morte” (Marcos, 14: 63-64).



Basta alguém dizer: 
“EU SOU O CRISTO”, e verá algum “sumo sacerdote” pela frente! 



Mas, não se deixe jamais se impressionar por quaisquer deles! 


São todos a ILUSÃO APARECENDO COMO PESSOA! 


Apenas identifique-a como tal, e se conserve firmado na Verdade dita por Paulo de Tarso:
 “Cristo é TUDO em TODOS” (Col. 3: 11.)


Desse modo, se lhe for perguntado: 
“ÉS TU O CRISTO, FILHO DO DEUS BENDITO?”, 

Que seja esta a sua resposta: 
um sonoro “EU O SOU”. 











Agradecimentos ao Meu Amigo Dárcio

domingo, 29 de março de 2015

SEMANA SANTA INTERNA - SEIS MOMENTOS - PARTE 2 -FINAL






Crucificação 

A palavra "crucificação" quer dizer
cancelar, em nossa consciência, os erros que se haviam tornado estados mentais fixos. 
É o decreto do Espírito, para a final extinção da mente carnal e a submissão inteira da personalidade à Mente de Cristo, a fim de que este Se exprima em toda sua plenitude.  
Calvário significa "o lugar da caveira" e bem indica o cérebro onde se trava a batalha final, para extermínio dos conceitos humanos equivocados.  
Mas esta crucificação acontece todos os dias, cada vez que, pela compreensão, nos desfazemos de um erro que estávamos a nutrir.

Os três dias que Jesus permaneceu na tumba representam os três passos para vencer um erro:
1. Não resistência;

2. Deixar que a Vontade de Deus prevaleça;

3. Assimilação e cumprimento da Vontade divina.
 
Nego o eu pessoal para unir-me ao Eu impessoal. 
Renuncio ao mortal para conquistar o imortal. 
Dissolvo o conceito de um corpo material, para realizar um corpo espiritual. 
Este processo é uma conscientização da Verdade, com efeito sobre o corpo físico. 






5

Descansando em Deus


Após a crucificação, Jesus foi deixado a descansar numa tumba nova, de José de Arimatéa. 
Jesus representa a expressão do EU SOU em nós. 
José significa "o que acrescenta" e significa a expansão. 
Arimatéa quer dizer "um conjunto de pensamentos elevados", um "ilibado estado de consciência". Assim, quando eliminamos e crucificamos coisas equivocadas em nós, subimos de nível e experimentamos uma expansão de consciência; ganhamos maior compreensão. 
Mas, para consolidar essa conquista, é de todo desejável que "descansemos em Deus", assimilando bem a lição e preparando-nos para maiores demonstrações, na escalada constante do ser.

Uma limpeza, uma purificação foi levada a cabo. 
Repassando mentalmente as experiências, compreendemos que, a rigor, nada é destruído, e sim transformado. 
Por meio da fé medimos o progresso feito, e constatamos, felizes, haver conquistado o estado de um nível mais alto. 
Quando a consciência espiritual sensorial é elevada a nível superior, tudo o que é aproveitável se salva com ela, servindo de alimento para o novo estado.

Em verdade, o invisível não pode ser visto, tocado ou compreendido com os sentidos externos. 
 No entanto, um grande e poderoso trabalho se efetiva com essa transformação interna, e seus efeitos serão demonstrados indiretamente em nossa vida e circunstâncias.

Hoje alcanço a realidade de que o lêvedo que "fermenta toda a massa" é a Verdade. 
A palavra da Verdade, em mim, não está ociosa, senão que se expande, silenciosa, por todo o meu ser. 
E este processo continuará até que minha inteira consciência seja vitalizada pelo Espírito Santo. 






 

A ressurreição


O Domingo de Páscoa celebra a ressurreição de Jesus.  

Seu sentido interno e espiritual é: Despertamento e elevação da consciência do homem ao EU SOU e sua fusão com Ele, alcançando a inefável compreensão da unicidade. 

Só então compreendemos que nossa consciência estava morta, na transgressão e no pecado, como foi dito: "o salário do pecado é a morte", não a morte literal, mas a morte psicológica, a anestesia da consciência, a perda da realidade espiritual que somos.  

Esta é a morte mais triste e lamentável, a que o Cristo referiu, dizendo: 
 "Não temais os que vos matam o corpo; temei os que lançam a vossa alma na geena". 

Mas felizmente essa morte não é definitiva. 
É ilusória. Dura enquanto dormimos o sono da inconsciência de nossa realidade espiritual. 
Por isso é que o apóstolo Paulo exortou: "Desperta, tu que dormes; levanta-te dentre os mortos e o Cristo te alumiará!".

A experiência da ressurreição não é também instantânea e total. 

Como todos os sábios processos da natureza, é gradual, diária, na vida do cristão esforçado, que vive os ensinamentos de Jesus. 
Na medida em que a realizamos, compreendemos que há uma só vida, ininterrupta e eterna. 
E essa vida é Deus. 


Só então aprofundamos o sentido deste ensino de Cristo: 
"Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância".


Ressurreição é o levantamento do homem integral - Espírito, Alma e Corpo - à Consciência Crística de vida e perfeição. 


Foi isso que Jesus nos demonstrou. 
A tumba não pode reter seu redimido corpo. Pela impregnação do Espírito Santo, o templo-corpo vai da "corruptibilidade à incorruptibilidade"; de um "corpo material, a um corpo espiritual".  


Então o último inimigo, a morte, é vencida ou tragada pela vitória, conforme ensina Paulo no 15° cap. da primeira carta aos coríntios.


Cada vez que nos elevamos à realização da vida eterna em nós, unimo-nos à Mente do Pai e a mesma experiência de Jesus é vivida em nós.  
Todos os pensamentos limitadores são abandonados na tumba da materialidade.


Jesus Cristo é semente ou primícia de uma nova raça. O exemplo dele no auxilia no
caminho da redenção. 


Hoje a luz da Verdade está iluminando nossas mentes e levantando-nos na majestade de nossa divina filiação, proclamando-nos filhos do Altíssimo, livres de toda crença no pecado e na morte.





FIM
Charles Fillmore

sábado, 28 de março de 2015

SEMANA SANTA INTERNA - SEIS MOMENTOS - PARTE 1












1

Ramos


Entramos na Semana Santa pelo portal do Domingo de Ramos, como Jesus entrou em Jerusalém, montado num burrinho. 

Jerusalém simboliza, dentro de nós, um estado de paz espiritual, temperado em equilíbrio e confiança; Jesus simboliza nossa identidade divina, o EU SOU.  

Sua ida a Jerusalém é o último passo no desenvolvimento preparatório para transcender todo traço egotista, para triunfo total do Espírito. Isto se relaciona com o fato de Ele ir montado no burrinho, isto é, dominando a parte animal. Só assim se assegura uma paz verdadeira e permanente. 


As hosanas da multidão que estendia suas vestes e ramos de árvores no chão, para a passagem de Jesus, representam a alegre homenagem e obediência de todos os nossos pensamentos e sentimentos Àquele que, em nós, venceu nossas tendências egoístas e que chega para reinar, "em nome do Senhor". 






 

2
Comunhão Espiritual



A Santa Ceia é a aceitação do Cristo Eterno em nossa mente e coração. E celebramos esta aceitação por meio da oração. 

O pão usado nas igrejas representa as ideias espirituais, o alimento que o mundo não conhece e que purifica nosso corpo-templo, para o Cristo nele oficiar.

O vinho simboliza a Vida que põe em ação essas ideias espirituais em nossa consciência. 

O pão e vinho simbólicos purificam nossa mente e coração, livrando-nos de toda corrupção. 
E nessa medida o Divino se vai tornando um só corpo conosco. 






3

Getsêmani


O Getsêmani, ou Jardim da Agonia, simboliza a luta que se trava em nosso íntimo, quando compreendemos que a Verdade é a única realidade.  

Esta experiência nos chega quando reconhecemos que Deus é o único Poder, a única Presença, enfim, que Deus é TUDO.  

Nessa consagração total a Deus temos de vencer todos os apegos e renunciar à nossa vontade humana. 

Há, em nós, sempre, pensamentos, emoções e hábitos profundamente arraigados no inconsciente, que reagem e lutam para sobreviver e manter seu jugo sobre nós. 
Não vacilam em amotinar-se e crucificar o novo poder espiritual, desconhecido deles, que surge: o Cristo interno. 
 Esses poderes das trevas internas procuram capturar e eliminar o Rei.


Romper com os velhos estados errôneos e admitir novos e mais altos valores, é um desafio que se apresenta a todos os que procuram seguir as pegadas de Jesus . 


Na quinta-feira santa, diga também como Jesus: "Não se faça, Pai, a minha vontade, mas a Tua!"
E nesta entrega, sinta uma nova inspiração invadindo e plenificando sua consciência.




 continua


sexta-feira, 27 de março de 2015

O PRINCÍPIO ESPIRITUAL DE CURA UTILIZADO POR JESUS CRISTO = SÓ EXISTE DEUS =.DIMENSÃO ESPIRITUAL UNICA E PERFEITA








Quando alguém nos solicita ajuda, não devemos reter a noção de um paciente ou de um curador contatando Deus.

somente Deus, e a cura decorre desta realização.


o há paciente e não há Curador :
há apenas Deus; há o único “Eu”, uma Consciência,
uma Alma, um Espírito.
 


Nossos problemas surgem quando declaramos esta Verdade  
e tentamos, de alguma forma, interferir.
E é quando perdemos a demonstração, pois aquilo não pode ser feito. 


Há apenas Deus,
o Único Eu
uma consciência,
uma Alma
um só Espírito



O que é mortal/carnal/material constitui a “ilusão”, 
constitui aquilo que não tem existência. 


Como seria possível vincular uma Verdade espiritual com algo que não existe? 
 Isto é impossível! Não tente fazê-lo!


Como um ser humano, 
 você não pode realizar uma cura espiritual.


A substância do trabalho de cura é a realização de que
o há existência humana,  
mas que há apenas Deus,  
o único ser infinito.



Há apenas Deus,
o Único Eu
uma consciência,
uma Alma
um só Espírito  


Se, após termos conhecido esta Verdade, imaginarmos:
 “Bem, por que o paciente não está reagindo?"
- saiba que “nós não temos um paciente!”


Se estivermos com o pensamento de que temos um paciente, 
o temos nem o direito de ser CURADORES,  
pois não estaremos munidos da compreensão de que existe um único “Eu”.


Há apenas Deus,
o Único Eu
uma consciência,
uma Alma
                                    Há um só Espírito.




                                          



                                            JOEL S. GOLDSMITH 




 


quinta-feira, 26 de março de 2015

CRISTO JESUS E SUAS OBRAS DE CURA - 3 - ÚLTIMA PARTE



3



Depois da ressurreição, Jesus apareceu diversas vezes a seus discípulos. Isso deve ter fortalecido grandemente a compreensão deles e lhes mostrado a validade de seus ensinamentos. 


Jesus não havia ensinado meras teorias, mas verdades que podiam destroçar qualquer falsidade apresentada pelo sentido material.


Quarenta dias após a ressurreição, Jesus teve um último encontro com seus estudantes e lhes deu sua instrução final: 
“Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura. … Estes sinais hão de acompanhar aqueles que creem: em meu nome expelirão demônios, falarão novas línguas; pegarão em serpentes; e, se alguma cousa mortífera beberem, não lhes fará mal; se impuserem as mãos sobre enfermos, eles ficarão curados”. 
Após haver falado, desapareceu da vista deles, tendo abandonado de todo a crença numa mente separada de Deus. 

Assim nada restara que podia se manifestar como corpo material mortal. Esse acontecimento é chamado de ascensão.


Como já vimos, Jesus queria que suas obras tivessem continuação. Assim anteriormente, “tendo chamado seus doze discípulos, deu-lhes Jesus autoridade sobre espíritos imundos para os expelir, e para curar toda sorte de doenças e enfermidades”.  


Deu-lhes também um encargo importante, dizendo:  
“Curai enfermos, ressuscitais mortos, purificai leprosos, expeli demônios”. 


Jesus sabia que o que havia feito nada tinha de misterioso. E ele não dependia de quaisquer fórmulas secretas.


As curas que havia realizado resultavam de sua profunda compreensão a respeito de Deus e do homem. Eram o produto natural de sua filiação consciente com Deus, de sua comunhão com Deus e de fazer a Sua vontade a cada minuto. 


Jesus sabia que quem estiver disposto a aprender de sua filiação com Deus – a inclinar-se para as coisas do Espírito, 
a amar a Deus e a compreendê-Lo – 
podia fazer obras similares. 


A Sra. Eddy diz: 
“Em latim. A palavra traduzida como discípulo significa estudante; e esse termo indica que o poder de curar não era um dom outorgado a esses alunos, e sim o resultado da cultivada compreensão espiritual deles acerca da Ciência divina que seu Mestre demonstrava, curando os doentes e os pecadores”.


Por isso, os setenta discípulos, a quem Jesus havia enviado após os doze discípulos originais, não podiam ter-lhe trazido maior alegria que a de retornarem com as novas de seu próprio trabalho de cura, dizendo: 
“Senhor, os próprios demônios se nos submetem pelo teu nome!”
 


E a Bíblia consigna: 
“Naquela hora exultou Jesus”.


A obra de cura feita pelos discípulos de Jesus ainda é possível hoje em dia a todo estudante da vida e da obra de Jesus – a todo aquele que expressa a Mente que havia em Cristo Jesus e compreende a Ciência do Cristo.





F I M
(Transcrito de O Arauto da Ciência Cristã 
-Julho 1982)

quarta-feira, 25 de março de 2015

CRISTO JESUS E SUAS OBRAS DE CURA - 2



 2


Certa ocasião, Jesus dirigia-se para uma cidade chamada Naim. Ao aproximar-se da porta, encontrou um féretro que deixava a cidade. 
O filho único de uma viúva havia falecido. 
Ora, nos dias de Jesus as mulheres dependiam do marido ou dos filhos para a subsistência, por isso a situação dessa viúva era desesperadora. 
Não tinha agora quem cuidasse dela.

Quão grande deve ter sido o anseio de Jesus por ajudá-la, e como seu coração se encheu de afeição por ela! 

Então, mediante sua compreensão da infindável natureza da Vida, Deus, Jesus ressuscitou o jovem e o devolveu à sua mãe.
Certa feita morreu um grande amigo de Jesus. Mas Jesus não se deixou perturbar. Simplesmente afirmou: 
“Nosso amigo Lázaro adormeceu”. 
Foi até a cidade onde Lázaro morava e devolveu-lhe a vida, embora seu amigo estivesse enterrado havia mais de três dias.


Jesus curou muitas mulheres. 
Em dada ocasião, encontrou “uma mulher possessa de um espírito de enfermidade, havia já dezoito anos”. 
Andava encurvada e não conseguia endireitar-se. 
Jesus, vendo-a como Filha de Deus, percebeu a identidade real dela, para sempre intata, sem falha, imaculada e perfeita. 
O fato de Jesus a ter visto perfeita, curou-a. “Impondo-lhe as mãos, ela imediatamente se endireitou e dava glória a Deus”.
Sua maior cura, e a última feita por ele, começou com a traição a Jesus no Jardim de Getsêmane. Seus inimigos o capturaram e queriam que fosse crucificado. Aqueles que estavam investidos de autoridade consentiram em sua morte. Os soldados, antes de o pregarem à cruz, ofereceram-lhe um sedativo paras atordoar os sentidos. 
Mas Jesus recusou-o.
O relato bíblico da crucificação prossegue, dizendo: 
“Jesus, clamando outra vez com grande voz, entregou o espírito”. 
E a Sra Eddy escreve: 
“O que Jesus de fato exalou foi ar, uma forma etérea de matéria, pois que nunca exalou o Espírito, a Alma”. 
Depois, ao cair da tarde ou no início da noite, um homem rico, chamado José de Arimatéia, pediu que lhe fosse entregue o corpo de Jesus. Colocou-o em seu próprio túmulo novo. 
“E rolando uma grande pedra para a entrada do sepulcro, se retirou”.
Na quietude do túmulo Jesus pôde encontrar refúgio contra o ódio que o mundo tinha por sua espiritualidade. Ali, provou que a Vida divina não conhece a morte e que o homem reflete eternamente essa vida. 
No terceiro dia após a crucificação, Jesus apareceu a Maria Madalena. 
Ele havia triunfado sobre a morte, não aceitando, mas sobrepujando o último inimigo. Havia provado que a morte não tinha poder sobre o homem.
Continua..>

terça-feira, 24 de março de 2015

CRISTO JESUS E SUAS OBRAS DE CURA - 1








Curas, curas, curas. 
Era esse o resultado da compreensão que Jesus tinha de Deus e do homem, a qual ele exercia a favor do povo que a ele vinha em busca de ajuda. 

Cegos receberam sua visão, coxos andaram, leprosos foram restabelecidos, surdos puderam ouvir, mortos foram ressuscitados. 

A Sra. Eddy diz em Ciência e Saúde: 
“A era cristã iniciou-se com sinais e maravilhas”. 
Jamais viveu maior sanador do que Jesus. 

Mas ele não permitia que suas realizações limitassem seus leais seguidores dos dias por vir, pois disse: 
“Em verdade, em verdade vos digo que aquele que crê em mim, fará também as obras que eu faço”.
 

A vida que Jesus levava era progressista. 
A Bíblia diz a respeito dos seus primeiros anos: “E crescia Jesus em sabedoria, estatura e graça, diante de Deus e dos homens”, e, por certo, podemos aplicar esse mesmo dito com relação aos seus dias posteriores. 

Jesus deu início redentor por ocasião das bodas de Caná, onde transformou água em vinho, e terminou três anos mais tarde com sua própria ressurreição e ascensão.
 

Os Evangelhos contam-nos apenas parte de suas obras de cura feitas no intervalo entre esses dois acontecimentos. 

Como João nos diz: 
“Há, porém, ainda muitas outras cousas que Jesus fez. Se todas elas fossem relatadas uma por uma, creio eu que nem no mundo inteiro caberiam os livros que seriam escritos”.
 

Certa ocasião Jesus curou dez leprosos. 
Nessa época constituíam eles os proscritos da sociedade. 
Jesus nunca teve receio de se tornar impuro pelo contato com eles – como bem pode se concluir de outra ocasião em que, tomado de compaixão, tocou num leproso, mostrando assim desdém por essa enfermidade. 
No entanto, Jesus respeitava a lei mosaica 
e era um cidadão cumpridor da lei. 
Ordenou aos dez leprosos, a quem havia curado: 
“Ide e mostrai aos sacerdotes”. 
Naqueles tempos os sacerdotes eram os protetores das leis sanitárias. 
Decidiam se uma pessoa era limpa ou impura. Isto mostra que Jesus honrava as leis de seus dias.
 
Em outra ocasião, Jesus e seus discípulos careciam de alimento para a multidão que o viera ouvir. Grato pelo que existia à mão – cinco pães e dois peixes – fez prevalecer sobre a situação a compreensão de que o Pai supre incessantemente do bem os Seus filhos e filhas. “Todos comeram”. 
Não só isto, mas houve também sobras.
 
Neste caso, percebemos que Jesus estava consciente da grande solicitude de Deus e de Sua bondade continuamente demonstrada para com Sua criação. 

Para o Mestre, a gratidão deve ter sido natural. Esse reconhecimento do bem já presente, embora ainda não percebido pelos sentidos humanos, era inspirado por sua confiança em Deus, o bem.

segunda-feira, 23 de março de 2015

O SENTIDO ESPIRITUAL DA PALAVRA"MIM' - OU CONSCIÊNCIA ÚNICA


SPM



“Não terás outros deuses diante de
MIM”
Êxodo 20;3.
 
“Aquele que, com firme fé, me cultua assim como me apreende em seu coração, sob a forma em que me pode apreender, este me é querido e santo. Mas, quem me compreende como o Eterno, o Anônimo, o Imanifesto, o Inconcebível, o Supremo, não limitado por forma alguma, o Infinito; quem me cultua deste modo, e, contudo, enxerga a minha presença em todos os seres e, praticando o bem, vive jubilosamente, esse acabará por se unir a MIM. 
Entretanto, árduo é este caminho para os que procuram encontrar o Imanifesto por meio de um amor afetivo; difícil é esse caminho para os que ainda vivem em corpo carnal. Mas, quem de coração puro se voltar a MIM e fizer em meu espírito tudo quanto faz; quem renunciar a si mesmo e, dia e noite, firmado em mim, me servir, esse será salvo por MIM do tempestuoso mar da existência desse inconstante mundo do nascer e do morrer, porque buscou refúgio em MIM.”
A quem são atribuídas as palavras acima? 
A Jesus? 
Não! 
São idênticas às dele! Por quê? 
Porque a Verdade é UNIVERSAL, Eterna e atemporal Todo Mestre, quando fala 
“EU SOU” ou “MIM”, sabe estar falando do UNO, OU SEJA, DA DIMENSÃO ESPIRITUAL UNICA E ETERNA: 
DEUS, a Presença Infinita nele! 


As palavras acima foram ditas por Krishna, há mais de sete mil anos, e ficaram imortalizadas no livro BHAGAVAD GITA.
Este livro era o livro sagrado de Gandhi.


Também em Isaías, 55; 3, há o registro: “Inclinai os vossos ouvidos e “vinde a MIM”; ouvi, e a vossa alma viverá; porque convosco farei um concerto perpétuo, dando-vos as firmes beneficências de Davi”.
 

A compreensão da ”universalidade da Verdade”, bem como da natureza impessoal das palavras “Eu Sou” e “Mim”, constitui a base do “despertar espiritual”. 
Cada suposto “ser humano”, deixando de se identificar com a “ilusão” do ego, para se entregar à Força Una que constitui a Essência de todos os seres, acaba por se descobrir “formando” e “sendo formado” pelo VERBO!

Krishna, Buda, Jesus, Paulo, todos os iluminados, falam em “renúncia ao ego” como pré-requisito para haver esta percepção da nossa Identidade gloriosa!

Os ensinamentos são essencialmente idênticos! 

“Vir a MIM” é a Salvação! 
Que significa este chamado - vir a  MIM? 
Somos chamados, não a alguma pessoa de nome Krishna, Buda ou Jesus, mas ao “Eu Sou”, ao UNO - a Dimensão Espiritual Eterna e Única
Somos chamados à Identidade pronta e perfeita, à própria Presença de Deus em nós, ao Cristo - a Dimensão Espiritual Eterna e Única que constitui nossa real e eterna identidade!

Quanto antes você se desvincular dessa “crença” em “eu” humano e em “salvadores pessoais”, para “vir a MIM”, mais rápido perceberá a veracidade das Revelações! 
E saberá o motivo que levou Jesus a confirmar: “Sois deuses”  (João 10: 34).

O UNO está expresso como TUDO e como TODOS! 
Quem estiver se dedicando a VÊ-LO FACE A FACE desta forma, estará indo pelos ensinamentos iluminados! 


Por outro lado, se estiver vendo a si mesmo, e a todos os demais, como meros seres humanos, “aspirantes à iluminação”, imperfeitos, em evolução, bons ou maus, ou seja, se estiver “julgando segundo as aparências”, estará apenas atuando como “mais um iludido”. 
Não terá conhecido Verdade alguma! Nem estará seguindo ensinamento iluminado algum!


O desconhecimento do sentido universal da palavra “mim” é a causa de tanta separatividade vista em nosso mundo religioso!  


“Ninguém vem ao Pai senão por MIM”, 
disse Jesus. 
Disse uma Verdade impessoal absoluta! 



Quem poderá ir ao ÚNICO, ao EU SOU INFINITO, a não ser por “MIM”? Pelo próprio Pai sendo o Cristo EM SI MESMO?

Em João, 12: 44, encontramos: 
“Quem crê em mim, crê não em mim, mas naquele que me enviou”. 
Assim nos salientou Jesus, para não deixar quaisquer dúvidas quanto à universalidade da Verdade.


“Cristo é tudo em todos”, 
diz Paulo em Colossenses 3-11. 

Por que esta revelação? 
Para que todos RENASÇAM como ele, e possam também repetir: 
“Já não sou eu quem vive, 
o Cristo vive em MIM” 
(Gálatas 2; 20). 



E em I João 5-10, lemos que 
“quem crê no Filho de Deus, 
EM SI MESMO tem o testemunho”.

 

ENTRE EM SILÊNCIO E CONTEMPLE ESTAS 
VERDADES:
 
EU VENHO AO PAI ATRAVÉS DE MIM!
ATRAVÉS DO CRISTO QUE EU SOU!
EU E O PAI SOMOS UM!”























Agradecimentos ao Meu Amigo Dárcio