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sexta-feira, 13 de março de 2015

A VIÚVA E AS DUAS MOEDAS


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“Em verdade vos digo que lançou mais do que todos esta pobre viúva, porque todos aqueles deitaram para as ofertas de Deus do que lhes sobeja; mas esta, da sua pobreza, deitou todo o sustento que tinha”.
Lucas 21: 3

 
 
Riqueza e pobreza são conceitos dependentes do ponto de vista de sua avaliação. 
 
 
Nas bem-aventuranças, pregadas por Jesus em seu Sermão do Monte, uma delas diz: “Bem-aventurados os pobres pelo espírito, porque deles é o reino dos céus”. 
 
 
Traduzida a partir do original grego, a frase cita os “pobres pelo espírito”, e não “pobres de espírito”, 
como veio sendo escrito nas traduções tradicionalmente divulgadas.

 
Quem é o “pobre pelo Espírito”? 
É aquele cuja Consciência espiritual fala mais alto e mais forte do que o seu intelecto! 
Age pelo coração e não pelas “aparências”, sem medir posses e provedor segundo supostas avaliações materiais.
 
 
A Bíblia diz que Jesus, observando os ricos lançando suas ofertas na “arca do tesouro”, viu também uma pobre viúva lançar ali duas pequenas moedas, as únicas que possuía.  
Foi quando se aproveitou do fato para explicar a Realidade divina subjacente à ilusão de mundo material, com seus supostos ricos e pobres. 
 
 
Quem estivesse acompanhando a doação de ofertas, certamente valorizaria muito mais as efetuadas pelos ricos, e até entendendo que a viúva, naquela sua situação de aparente limitação, deveria reter com ela as moedas que tinha! 
 
Foi esta a visão de Jesus? 
Não. 
 
Para ele, o exemplo estava sendo a viúva, e não os ricaços que, do que tinham, reservaram, para fazer suas ofertas, apenas uma partezinha que, sabiam, não lhes iria fazer falta! Nem apareceria como “saída de seus bolsos”, tendo em vista uma comparação com o montante de suas posses!

 
E a viúva?  
Era a única rica ali presente! 
Simbolizava o Absoluto, a totalidade da herança divina a que todos temos direito, mas que, dentre estes todos, unicamente os “pobres pelo Espírito” sabem como “trazer às luz”!
 
As “duas moedas ofertadas a Deus” representam a renúncia à dualidade, à crença em “dois provedores”, o conhecimento de que Deus, sendo TUDO, é a Fonte ÚNICA de suprimento! 
 
A viúva manifestava sua confiança de que, deixando de confiar na matéria, deixando de a ela se apegar , estaria una com a Riqueza real do Absoluto e, portanto, com seu REAL SUSTENTO; assim, entendia que “oferecer tudo que tinha” era fazer recircular o que dispunha em mãos, gerando, com isto, abertura de “espaço interno” para ser continuamente preenchido por Deus através de Sua Substância onipresente! 
 
Entendia o “dar para receber”, assim como é “expirando” que novo ar pode ser “inspirado”. 
 
Quem estivesse de olhos nas moedas, sem noção alguma do suprimento infinito onipresente, este, sim seria o verdadeiro “pobre” ali presente! 
 
 
Por maior que fosse sua fortuna neste mundo, ela toda sequer corresponderia às “duas moedas”, se comparada com o que há presente, aqui e agora, como real fortuna, integralmente disponibilizada espiritualmente por Deus aos filhos de Deus! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Agradecimentos ao Meu Amigo Dárcio
 
 

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