São muito raros os textos de sabedoria espiritual que não têm duplo significado: o literal e o intuitivo, espiritual ou místico.
Muitas passagens bíblicas, palavras e afirmações, parecem contraditórias, mas duvido que realmente o sejam. Poderão parecer contraditórias se interpretadas apenas literalmente, segundo os dicionários. Não encontrei nenhuma contradição em toda a Bíblia.
A palavra carne é, provavelmente, a mais discutível das que se encontram nas Escrituras, porque é empregada em dois sentidos inteiramente diversos.
Não há propriamente duas espécies de carne, mas dois diferentes aspectos da mesma carne. O Espírito é um deles. É a substancia original. É a Ideia, e quando penetra em nossa consciência é o Verbo feito carne.
Depois, quando se torna visível, aqui neste plano, é a carne que perece; a carne ou matéria de que hoje podemos desfrutar. Entretanto, não devemos ter apego a ela .
Precisamos mudar nossa concepção acerca do ser, acerca do corpo e do suprimento de nossas necessidades cotidianas.
Isaías disse que "Toda a carne é erva", e declarou Jesus que "A carne de nada vale".
Mas no Evangelho segundo João esta escrito: O Verbo se fez carne.
Mas no Evangelho segundo João esta escrito: O Verbo se fez carne.
Este "o Verbo que se fez carne" pode ser considerado uma das maiores premissas da doutrina de Jesus, e é também o maior postulado do ensino de "O Caminho do Infinito".
A Palavra de Deus - Verbo - Verburum - Vibração - torna-se visível ou tangível, manifesta-se dentro de nós: o Verbo torna-se o filho de Deus.
Neste sentido a palavra carne significa: forma espiritual, atividade espiritual, realidade espiritual.
O Verbo se fez carne e habitou entre nós: Deus tornou-se visível como homem.
Deus, o Pai, tornou-se visível como o filho, mas ninguém jamais verá esse homem através dos olhos físicos. Esse homem, esse filho de Deus, nós só podemos discernir por meio de percepção espiritual.
Nenhum curador espiritual pode curar senão no momento em que se contempla como homem espiritual: o Verbo feito carne.
O papel da meditação, ou tratamento, do curador consiste somente em conduzi-lo à PERCEPÇÃO em que o Verbo se torna carne como homem espiritual.
Ainda que de manhã ou à noite nos dediquemos a reflexões sobre cura, se estas não culminarem proporcionando-nos pelo menos uma fração de segundo de relaxamento, isto é, de liberdade, alegria e paz, será inútil esperar que tais meditações produzam cura, ou a restauração da harmonia, porque o que cura não são os pensamentos em que refletimos.
O máximo que os pensamentos podem fazer é melhorar o nosso sentido de vida humano.
Quando ocorre a percepção espiritual, é como se houvesse um clarão repentino diante de nossos olhos que nos diz: Eu era cego e agora vejo.
Quando ocorre a percepção espiritual, é como se houvesse um clarão repentino diante de nossos olhos que nos diz: Eu era cego e agora vejo.
Naturalmente pode ele, o curador, não ter visto, nem ouvido coisa alguma e, não obstante, ele sabe, ele percebe.
Alguém absorve uma afirmação sobre a verdade em sua consciência, medita sobre a mesma e finalmente chega ao fim da meditação, senta-se tranquilamente, receptiva, expectativa de algo que se desabrocha em nosso íntimo; ocorre então, esse momento de iluminação – o vislumbre de alguma coisa, uma sensação de relaxamento e paz – como se estivesse sem corpo. Então é que percebemos a Realidade, Deus, que é invisível, manifestada em forma tangível, embora não a possamos ver com os olhos nem ouvir com o ouvido.
Sentimo-nos leves, com um profundo sentimento de alegria e uma sensação de que se consumou a cura.
Depois disso, poderá diminuir a febre, desaparecer a inchação, chegar o suprimento, conseguir-se um emprego ou encontrar-se nova casa para morar, ou surgir a solução para qualquer outro problema.
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