Quer sejamos novos na Ciência Cristã, quer sejamos “veteranos”, é natural estarmos desejosos de demonstrar seus ensinamentos de modo mais eficaz. Para isso, precisamos elevar-nos a um plano mais alto.
Nossa demonstração se eleva na proporção em que aumentam nossa compreensão e espiritualidade.
A Sra. Eddy escreve: “O caminho é a Ciência divina absoluta: andem nele; mas lembrem-se de que a Ciência é demonstrada em graus e nossa demonstração se eleva apenas na proporção em que nos elevamos na escala do ser”.
Que é a demonstração? Esse termo deriva de uma palavra latina que significa “mostrar”.
A demonstração implica mostrar algo.
Como, na Ciência divina, Deus e Sua ideia é tudo o que de fato existe, a demonstração é, em essência, uma mostra de Deus, ou o bem. É o aparecimento do ser real. É a exposição, ou descoberta, para o sentido humano, do que é verídico e divino.
Por outro lado, o pecado, a doença e a mortalidade expressam a crença de que a mente carnal possa demonstrar-se, ou manifestar-se. Cada vez que ocorre a cura espiritual, tal alegação é refutada.
A demonstração na Ciência Cristã não origina uma nova situação, mas revela o que já está presente.
Demonstrar é remover o véu que obscurece a realidade espiritual presente. É trazer à luz o que sempre existiu e sempre existirá.
O que é que faz a demonstração?
A consciência espiritual, os praticistas da Ciência Cristã, a oração realizam a demonstração.
Há várias respostas, mas quando nos situamos no plano mais elevado, reconhecemos que Deus é Tudo-em-tudo e faz tudo. Ele é o único agente, o único executante. Ele é o único Criador do universo espiritual e do homem. E Deus, como a Fonte única de todo ser, o iniciador de todo movimento, ação e evento reais é, num sentido profundo, o único demonstrador.
Admitir isso, praticar essa verdade da melhor maneira possível, significa elevar-nos a maiores altitudes na escala do ser.
É elevar-nos ao mais alto plano possível. Em consequência, a noção de que sejamos demonstradores humanos desaparece.
Quando, partindo de uma base espiritual sólida, admitimos, com sinceridade, que Deus é o único agente, aquilo que aparece como sendo nossa demonstração de cura fica mais nítido.
Nossas demonstrações ficam menos confusas e não se atrasam devido a uma visão mortal das coisas. Requerem menos labuta e são mais naturais e espontâneas. A origem e a espinha dorsal da demonstração são divinas e não humanas.
Demonstração requer que demos absolutamente tudo a Deus.
É uma oportunidade especial de afirmar que tudo que é real começa com Deus, e não com o homem, nem mesmo com o homem real feito à semelhança de Deus. Isso é fato: nem mesmo o homem real origina algo. Considerando-se que demonstração é Deus expressando-se a Si mesmo e expressando Sua própria natureza, então até o homem é um aspecto da demonstração.
Nossa prova da verdade na Ciência Cristã melhora de modo considerável, quando aceitamos a ideia de que não há um mortal que comprove a verdade.
A Verdade eterna, Deus, comprova-se a Si mesma. A Sra. Eddy salienta esse fato: “O melhor sanador é aquele que menos se impõe e, assim, se torna uma transparência para a Mente divina, a qual é o único médico: a Mente divina é o sanador científico.”
Outra vez, perguntamos: O que é que realiza a demonstração? Não é o corpo físico ou a mentalidade humana.
A demonstração é sempre a Verdade e o Amor curativos se manifestando.
Conquanto seja muito natural ser grato aos praticistas da Ciência Cristã que nos ajudam pela oração, saibamos que não é a pessoa propriamente dita que realiza a demonstração.
O profeta galileu, Cristo Jesus, sabia que não era ele quem dava origem a suas obras. Seu Pai-Mãe Deus é que, pelo Cristo, tornava as realidades do ser mais claras para a visão humana.
“O Filho nada pode fazer de si mesmo, senão somente aquilo que vir fazer o Pai”, declarou Jesus. Longe de elevar o ego humano, Jesus baseou sua missão de cura na subordinação do senso humano das coisas, trazendo à luz a identidade espiritual. O Mestre exercia domínio sobre o sentido material.
Ao lavar os pés dos discípulos, não estaria Jesus renunciando à importância própria? Ele sabia que o orgulho mortal nunca apresenta nada de verdadeiro e real. O amor desinteressado e impelido pelo Amor é que realiza o trabalho de cura, e não a importância mundana e o amor egocêntrico.
Por sua própria natureza, a cura espiritual é altruísta. Seu propósito é provar o que Deus é e o que Ele faz e, assim, abençoar aos outros. Não se destina a realizar algum propósito egoístico.
Se pensássemos que somos menos demonstradores humanos, será que sempre acertaríamos, que sempre obteríamos bons resultados? Não. “O demonstrador humano desta Ciência pode se enganar”, a Sra. Eddy diz, “mas a Ciência continua sendo a lei de Deus, infalível, eterna. A Vida, a Verdade e o Amor divino é o Princípio básico de toda Ciência, resolve o problema do ser; e nada que faça o mal pode entrar na solução dos problemas de Deus.”
Dessa declaração podemos depreender que é melhor não nos considerarmos demonstradores pessoais, pois ficaríamos permanecendo nos níveis espirituais mais baixos.
Quando lemos que “A Vida, a Verdade e o Amor divino é o Princípio básico de toda Ciência,” podemos aceitar com gratidão o fato de que é a Ciência eterna, e não a pessoa do Cientista Cristão, que gera a demonstração. É a única Mente, o Princípio, expressando-se através do Cristo, e não a mente humana, o que impele a cura.
No Prefácio do livro-texto da Ciência Cristã, Ciência e Saúde, a Sra. Eddy menciona que há vários livros sobre cura mental, a maioria incorretos na teoria, e explica: “Consideram a mente humana um agente curativo, ao passo que essa mente não é um fator no Princípio da Ciência Cristã.”
Continua..>
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