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terça-feira, 20 de janeiro de 2015

O PODER DO CRISTO INTERIOR - 18



 



18




"NA VERDADE, NA VERDADE VOS DIGO QUE UM DE VÓS ME HÁ DE TRAIR."

João 13: 21




Ao ouvir Jesus dizer:
"Um de vós me há de trair", os discípulos se entreolharam, sem saber de quem ele falava.


Um deles estava reclinado no peito de Jesus, e recebeu, de Simão Pedro, sinal para que lhe perguntasse de quem ele falava.
"Senhor, quem é?"


E Jesus respondeu:
"É aquele a quem eu der o bocado molhado."


E o deu a Judas, filho de Simão, dizendo-lhe:
"O que fazes, faze-o depressa."Ninguém, sentado à mesa, entendeu esta frase última de Jesus.


Tendo Judas tomado o bocado, saiu logo, e era já noite. Tendo ele saído, disse Jesus:
"Agora é glorificado o Filho do homem, e Deus é glorificado nele".


A quem Jesus deu o "bocado molhado"?


Que ligação há entre este bocado, a traição, e a recomendação "faze-o depressa?"


Esta passagem retrata o que, na Metafísica, se denomina "Despertar espiritual".


Judas, reclinado no peito de Jesus, representa o "ego humano" aparentemente "coexistindo" com nossa real identidade crística.


Por Autorrevelação e a seu tempo, cada "ego" recebe o "bocado sagrado", ou seja, o "lampejo" revelador de sua condição iluminada.


O "ego" é o seu suposto ou aparente traidor! Busca a todo custo se preservar!


Sai "pela noite", ou seja, pela escuridão de sua falta de autoconhecimento!

O que Jesus explica, e que é válido para todo aquele que "recebe" o bocado santificado, é que esta identidade ilusória fica, a partir de então, próxima de sua autodestruição!


A ilusão dá fim a si mesma, quando começamos a nos envolver ou nos identificar com a nossa real identidade!
 
Quem é, de fato, Judas?

Corretamente visto, é sempre o Ser único em existência: DEUS!


Eis por que Jesus disse, à sua saída:
"Agora é glorificado o Filho do homem, e Deus é glorificado nele!"

Este é o processo de "renascimento" pelo qual cada um terá de passar:


identificação inicial com o lampejo recebido, aqui representado pelo "bocado vindo de Cristo", a frustrada tentativa do “ego ilusório” no sentido de a todo custo tentar se manter, procurando "matar o Cristo em sua revelação", e a inevitável autodestruição deste ego, simbolizada pelo suicídio de Judas , e a gloriosa redescoberta de sua imortal, perfeita e eterna identidade divina.
Os fatos citados na Bíblia não são acontecimentos históricos ou externos, mas são internos; retratam, todos eles, nossa jornada espiritual, nossa "ascensão", nossa "volta à casa do Pai", que é a Autodescoberta.

Continua..>


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