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quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

A CRENÇA NO TEMPO





Às vezes os chamados envolvem o temor à morte. Nesses momentos nos voltamos à natureza da vida. O que vem a ser a vida? 

Há somente uma Vida, e esta Vida é Deus. 


A Vida que é Deus não pode morrer; nem pode esta Vida que é Deus ter um passamento. Não nos deixemos enganar por expressões do tipo: “Não existe morte; houve apenas o passamento dele.” Deus não é vítima de passamento e Deus é a única vida. 


Para todos os casos relacionados com o medo da morte existe apenas uma resposta: a Vida não possui oposto, pois a Vida é infinita. 


A Vida, a Vida que é Deus, é universal; e a vida de todo ser, seja a do homem, a da mulher, a da criança, do animal ou da planta. 


A Vida sempre é Deus; não existe uma outra vida. Tudo que soubermos sobre a Vida que é Deus é verdade sobre a vida individual que está aparecendo como sendo eu ou você.



ENVELHECIMENTO

O tratamento que aplicamos à idade é a conscientização de que a pessoa é tão jovem ou tão antiga quanto Deus. Mas quão velho isto significa? Ou quão jovem vem a ser isto? No instante em que em que pensarmos em nossa idade, estaremos pensando numa egoidade separada de Deus e dar um tratamento para tal coisa seria tratar uma ilusão. Não devemos fazer isso.

É necessário que conscientizemos que não existe idade ou tempo em nossa experiência; somente que deveríamos ter começado muito mais cedo – pela época em que estávamos sob a crença de ter sete ou oito anos de idade. É uma pena! 

Depois veio a crença de que tínhamos doze ou treze anos, o que era um pouquinho pior e a seguir houve a crença de termos dezesseis, dezessete ou dezoito, que era ainda pior. 


Provavelmente a crença de idade mais tentadora é aquele período entre os dezoito e primeiros vinte anos. É o ponto em que sabemos tudo o que há para ser conhecido e ninguém pode nos ensinar nada; tornamo-nos homens e mulheres! Esta é uma crença idade que necessita de um bom tratamento enquanto é tempo. 


Daí vem aquele período descrito como “mudança de vida”, que é um verdadeiro pesadelo. E, por fim, segue-se o último estágio: a velhice.

O período ideal para o início do tratamento para a idade é quando a pessoa está por volta de sete ou oito anos. 

Se manejarmos bem naquela idade, provavelmente pelo tempo que tivermos doze ou treze anos o problema da idade estará resolvido, de forma que as demais crenças de idade não mais necessitem de tratamento. 


No entanto, para a maioria de nós, a crença-idade não foi defrontada aos sete ou oito anos e nem aos doze ou treze e assim precisamos encará-la agora. Este é o momento em que começamos a conscientizar que Deus é a nossa vida individual e que temos a mesma idade de Deus. Com isto aprenderemos que a vida nunca teve um princípio e, portanto, nunca terá um fim.


As crenças pertencentes ao corpo são consideradas de maneira similar. Deus, o Espírito, é a única substância e não há razão nenhuma para que o corpo apresente aos noventa anos menos vitalidade e força do que aos dezenove anos. O corpo não pode ler o calendário; o corpo não conhece, por si, a sua idade. Somente nós é que podemos conhecer o calendário e aceitar a crença de idade, a qual é refletida externamente sobre o corpo.

Por outro lado, se conscientizarmos a nossa verdadeira identidade como sendo Espírito, o corpo passará a ser visto como espiritual e será tão isento de idade como o somos nós próprios. 

O corpo deveria manifestar sua plenitude em todas as épocas. Nunca deveria apresentar o que conhecemos como infância, juventude, meia-idade ou velhice. 


Deveria manifestar sempre sua forma total e plena, e realmente seria assim se tivéssemos conhecido a tempo esta verdade. 


Se soubéssemos precocemente a nossa identidade real como Espírito, teríamos evitado muitas das mudanças ocorridas em nossa estrutura física. Mas ainda não é muito tarde. 


Agora é o único tempo que existe e já podemos começar neste momento. Assim, daqui a dez anos aparentaremos ser dez anos mais jovens. Mas teremos que conhecer esta verdade conscientemente.

Nunca pense um só instante que por ler livros de metafísica ou assistir a palestras ou aulas de metafísica você estará demonstrando a verdade. 

Esta verdade terá de ser demonstrada por você individualmente, através de uma consciente atividade de sua própria consciência. Não é algo que lhe possa ser concedido. De nada lhe adiantará declarar: “Oh, Deus é minha vida”, e viver preocupado com tudo. 


Em absoluto. Requer uma consciente atividade da consciência individual, uma consciente atividade da compreensão até que passe afazer parte de seu ser a ponto de dispensar todo pensamento àquele respeito. Até aquilo se tornar possível, um longo tempo virá em que precisaremos recordar, sempre ao nos levantarmos pela manhã:


“Eu sou a mesma idade que era ontem; eu sou a mesma vida, a mesma mente, o mesmo Espírito, o mesmo corpo. Tudo que é do Pai é meu – isenção de idade e mudanças; tudo que é do Pai em relação à sabedoria, inteligência, orientação – tudo é meu.”






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