No que diz respeito a Deus, a Vida eterna, o homem habita naquela compreensão divina que a tudo governa, e não possui qualquer outra consciência.
A Mente divina e eterna ignora o acaso ou a mudança.
A Mente divina e eterna ignora o acaso ou a mudança.
Por vezes, os Cientistas Cristãos aceitam a seguinte ideia: “Bem, é certo que não existe morte e por isso, continuamos a viver eternamente; mas Deus retira-nos deste estado ou nível de consciência e leva-nos para outro.” Esta noção implicaria que Deus tivesse conhecimento daquilo a que se chama morte ou “transição”. Se a aceitarmos, não poderemos, evidentemente, demonstrar a Vida eterna como Enoque, Elias e Jesus o fizeram.
A Vida eterna não conhece a morte, nem a “transição”, nem a mudança.
Por isso, podemos nos libertar da crença e do medo ridículo de que todos morreremos um dia.
Todos nós deveríamos afirmar em alta voz que “Deus, a minha Vida eterna, nada conhece sobre a morte.”
Sendo a Sua imagem e semelhança, o homem não pode ter conhecimento de nada que se relacione com a morte.
Deus conhece apenas o maravilhoso desdobramento do Bem, sem qualquer sugestão de declínio.
Reconheçamos a nossa unidade com essa Vida eterna que desconhece totalmente a morte, essa Verdade eterna que ignora o mínimo erro e essa Mente divina que não admite o menor mal.
Mas se não passamos pela “transição”, como se processa então a nossa evolução? Estejamos alertas, pois esta questão é uma armadilha disfarçada.
Nem sequer se imagina o número de Cientistas Cristãos que admitem voluntariamente a ideia de que um dia experimentarão um crescimento ou elevação através da morte. Frequentemente, estes se sentem um pouco culpados por reivindicarem o bem para eles mesmos e julgam que essa ideia é cientifica, aceitando mediante uma atitude tímida, apagada e confusa, que um dia evoluirão. Tornam-se um pouco mais confiantes, mais seguros e talvez até um pouco mais exuberantes quando cantam o seguinte verso do Hino 64 do Hinário da Ciência Cristã: “A senda do sentido à Alma vejo,” julgando com essa frase justificar a sua atitude.
Regressando à citação inicial, — Miscellany, pág.2 42 — como pode aquilo que é imortal progredir? Para onde se elevaria o homem? Como pode aquilo que já se encontra no ponto da perfeição — e não em vias de se aproximar desse mesmo ponto — elevar-se ainda mais?
Apenas aceitando a crença de que o homem é mortal, é que podemos admitir alguma possibilidade de ascensão.
O mortal espera, eventualmente, elevar-se até à imortalidade, mas este não é um enunciado científico. Devemos, pelo contrário, reivindicar agora a nossa imortalidade. Como poderemos então regozijarmo-nos na compreensão de que somos imortais e, ao mesmo tempo, esperar evoluir da mortalidade para a imortalidade? Recordemos que nunca deixamos o céu pela terra! Nunca nos tornamos mortais, nem nos materializamos, pois jamais nascemos na matéria.
O mortal espera, eventualmente, elevar-se até à imortalidade, mas este não é um enunciado científico. Devemos, pelo contrário, reivindicar agora a nossa imortalidade. Como poderemos então regozijarmo-nos na compreensão de que somos imortais e, ao mesmo tempo, esperar evoluir da mortalidade para a imortalidade? Recordemos que nunca deixamos o céu pela terra! Nunca nos tornamos mortais, nem nos materializamos, pois jamais nascemos na matéria.
A Sra. Eddy sublinha no livro Não e Sim : “Jesus veio anunciando a Verdade e dizendo não somente ‘o reino de Deus está no meio de vós.’ Logo não há pecado, pois o reino de Deus está em toda parte e é supremo, e segue-se que o reino humano não está em parte alguma, e deve ser irreal.” (pág. 35: 25-29)
Logo a seguir, vem uma das mais significativas declarações acerca de nosso Mestre: “O ser consciente e verdadeiro de Jesus nunca deixou o céu pela terra. Permaneceu no alto para sempre, mesmo quando os mortais acreditavam que estava aqui. Uma vez falou de si próprio (João 3:13) como sendo “o Filho do homem que está no céu”, — palavras notáveis, inteiramente contrárias às opiniões populares sobre a natureza de Jesus.”
Também nós somos os filhos de Deus, imortais, habitando para sempre no reino celestial de Deus. Não podemos decair desse único estado de existência, nem a ele nos elevarmos, pois nele vivemos, agora; e é esse estado de existência que reivindicamos, compreendemos e com o qual nos regozijamos.
Um dos relatos que deveríamos ter sempre presente no pensamento é o da transfiguração de Jesus: levando consigo a Pedro, Tiago e João, Jesus subiu a um alto monte e aí foi transfigurado na presença daqueles: “o seu rosto resplandecia como o sol, e as suas vestes tornaram-se brancas como a luz. E eis que lhes apareceram Moisés e Elias, falando com ele. Então disse Pedro a Jesus: Senhor, bom é estarmos aqui.” (Mateus 17: 2-5) Fazendo eco das palavras de Pedro, afirmemos também: “Senhor, bom é estarmos aqui.” E onde estamos nós? Estamos igualmente no cimo do monte da compreensão divina; vimos a Jesus, Moisés e Elias e na Ciência, vimos o homem perfeito: jamais nascido e incapaz de morrer, mas sempre semelhante ao filho de Deus; podemos igualmente escutar a voz de Deus, falando conosco como falava aos discípulos daquele tempo: “Este é o meu filho amado, em quem me comprazo.” (Mateus 3:18)
A luz da verdade revelou-nos que esta declaração é válida não somente para Jesus, mas também para Moisés, para Elias e para todos os filhos de Deus. Permanecendo no cimo do monte com Pedro, Moisés, Elias e Jesus, é bem menos difícil ver o nosso próximo, sem exceção, como o filho bem-amado de Deus, perfeito e imortal.
Tomemos agora a decisão de permanecer no cimo do monte da compreensão e revelação divinas. Não renunciemos nunca à nossa resolução de ver o nosso próximo e todo o universo nesse mesmo local, em companhia dos imortais Moisés, Elias e Jesus. Veremos então o universo e conheceremos o homem como Deus os vê: imortais e perfeitos. Não será essa a forma de trazer a imortalidade à luz?
Todos os dias, eu me coloco as questões que vou agora enunciar e em seguida responder. Quando nelas meditarem, respondam como se fossem jurados num tribunal, obrigados sob juramento a dizer a verdade: Quando é que foram para a Rússia? Quanto tempo viveram sob as leis e os regulamentos russos? Quantas injustiças e afrontas sofreram durante esse tempo? Que tipo de impostos e multas suplementares foram obrigados a pagar na Rússia? Quantos dias infelizes, repletos de desânimo e de medo aí passaram? Quando é que decidirão abandoná-la?
Não é evidente por si mesmo que, se alguém nunca esteve na Rússia não pode aí ter sofrido, tal como não se pode abandonar um local onde nunca se esteve? Respondamos então agora às seguintes questões com o mesmo parecer positivo e com a mesma certeza científica: Quando é que entraram no reino da matéria, ou por outras palavras, quando é que nasceram? Quanto tempo viveram sob o controle das leis e regulamentos materiais? Com que frequência transgrediram as leis materiais? Quantas dores e sofrimentos sofreram na matéria? Quantos dias infelizes, cheios de medo e de desalento, viveram no reino da matéria? Quando pensam “apanhar um comboio”, por exemplo, e efetuar a “transição” ou morrer na matéria? Quando pensam “apanhar um avião”, por exemplo, e elevarem-se acima da matéria?
Desta forma, não vos parece lógico que, nunca tendo vivido na matéria, seja impossível nela pecar ou sofrer? O homem não pode estar agitado, atormentado ou preocupado na matéria; não pode morrer na matéria ou efetuar a “transição”, tal como não se pode elevar acima de algo de onde nunca foi oriundo.
Tenho um apreço especial por este pequeno exercício mental, pois torna-se assim bem mais fácil compreender que, visto eu nunca ter entrado na Rússia, não posso aí ser penalizada ou mesmo daí sair.
Da mesma forma, é igualmente mais fácil compreender que, nunca tendo nascido na matéria ou na mortalidade, não podemos ser nela castigados, tal como não a podemos abandonar.
Tendo-nos tornado obedientes às duas primeiras recomendações do nosso texto inicial — nomeadamente, a de reivindicar a nossa imortalidade e a de a compreendermos — é agora mais fácil ser obediente à terceira recomendação: a de praticarmos a Ciência Cristã “a partir do ponto da perfeição”.
De que modo foi científica a Sra. Eddy ao praticar a Ciência unicamente a partir do ponto de perfeição! Conforme já foi citado antes, ela declara: “A Ciência Cristã é absoluta; ela não está aquém nem além do ponto da perfeição, mas encontra-se exatamente nesse ponto e é a partir daí que deve ser praticada.” (My. pág. 242: 5-7)
É espantosa a forma como a Sra. Eddy inclui nessa importante declaração a reivindicação da imortalidade e a argumentação a partir do ponto da perfeição. A bem dizer, as duas ideias andam a par e passo; é por ser o homem imortal, que se justifica a sua perfeição e é igualmente a sua imortalidade que lhe confere o direito de reivindicar, argumentar e testemunhar unicamente a perfeição.
Por outro lado, como o homem reivindica a sua perfeição e procura viver “a vida que se aproxima do bem supremo”, reconhece a sua própria identidade verdadeira e, como consequência, compreende a sua imortalidade.
Dorothy Rieke.
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