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quarta-feira, 22 de junho de 2022

A EXTINÇÃO DO DUALISMO

 




No “Evangelho de Tomé”, Jesus assim declara com clareza: “…Os mortos não vivem, e os vivos não morrerão”. 

Que maravilhosas palavras da Verdade! Estas figuras do aparente “desenho animado”, pequenas, distorcidas, não são vivas, pois não consistem de Mente consciente, amorosa e viva. São apenas uma aparência de morte. 

Porém, Amado, esta aparência é a única morte que há, ou que pode haver. 

Entretanto, nós estamos, exatamente aqui, conscientemente vivos, exatamente agora, no âmago destas falácias e falsas imagens; e o fato de estarmos vivos é prova de que não existe morte alguma. 

Naturalmente, a Mente consciente, eterna e viva, que somos, exatamente aqui e agora, não pode morrer.

Jesus prossegue: “Quando comíeis o que era morto, vós o tornáveis vivo”. Sim, foi somente nosso aparente reconhecimento e aceitação deste mundo de aparência que fê-lo aparentar ser vivo, ser inteligente ou consciente. 

Nós parecemos mantê-lo vivo pelo apego à ilusão de que ele seja real. Dessa maneira, nós parecemos alimentá-lo, mantê-lo e sustentá-lo. 

Uma ilusão requer alguém para ser iludido por ela, para que possa inclusive constituir uma ilusão. 

Quando estamos plenamente iluminados, sequer aparentaremos estar iludidos. 

Desse modo, a ilusão com nada conta para alimentá-la, sustentá-la ou mantê-la. E então, inevitavelmente, ela se desvanece: deixando inclusive de aparentar existir.

Ao final da citação, Jesus indaga: “Quando éreis um, vos tornastes dois; mas, quando fordes dois, que fareis?”

Sim, que iremos nós fazer? Amado, nós faremos exatamente o que estamos fazendo, exatamente aqui e exatamente agora; nós prosseguiremos em nossa realização do fato de que eternamente somos Um, e não dois. 

Desse modo, esta fase aparente de dualismo é extinta.



*MARIE S. WATTS

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