Através do nosso trabalho diário, constatando a totalidade de Deus e a perfeição do homem, rejeitando constantemente as sugestões hipnóticas generalizadas do magnetismo animal, lançamos o fundamento espiritual na consciência, o qual cura as muitas crenças universais que pretendem afetar a vida de cada um de nós: falta, discórdia, relacionamentos desarmoniosos, perda do sentido de direção e de identidade corretas, materialismo, inteligência e oportunidade limitadas, idade, doença, sensualismo, medo do futuro, falsos traços de caráter, talentos e habilidades frustradas.
Quando doença, dor, acidente, desemprego, discórdia, solidão, pesar, confusão — qualquer reivindicação específica do mal — tenta se manifestar em nossa experiência, estamos preparados para superá-la. Rejeitando-a mentalmente com vigor, e afirmando a Verdade em seu lugar, podemos lutar contra o erro até que realmente cesse de nos mesmerizar e dissolva-se no nada. A mudança mental pode ser sentida distintamente. A crença mortal não está mais lá. Nossa mente está livre dela. A cura acontece. Assim, provamos que o mal é nada. Algumas vezes sabemos que estamos curando antes que haja alguma evidência visível.
Em “Mensagens para 1901”, lemos: “O Amor divino atravessa o escuro caminho do pecado, da doença e da morte com a justiça de Cristo — a expiação de Cristo, pela qual o bem destrói o mal — e a vitória sobre o eu mortal, a doença, o pecado e a morte, se consegue segundo o modelo mostrado no monte. Isto é elaborar nossa própria salvação, porque Deus trabalha conosco até que nada reste que mereça perecer ou ser punido, e emergimos suavemente para a Vida eterna. Isto é o que exigem as escrituras — fé que corresponde com as obras.” (p.10: 20-29)
Estes trabalhos espirituais não se desdobram sempre do mesmo modo. Algumas curas acontecem rapidamente, sem esforço, até instantaneamente. Outras acontecem devagar, à medida que emergimos para fora das crenças mortais persistentes. Alguns problemas parecem quase inatingíveis pelo nosso trabalho. Nestes casos, devemos desviar a nossa atenção da evidência material e tentar compreender Deus mais profundamente. Se não cedermos ao desânimo, alcançaremos um ponto culminante e o problema ou desaparecerá subitamente ou gradualmente perderá o domínio e se dissolverá.
Em certos casos, o mal fica enraivecido com nossa luta para nos libertar e lutará para intensificar a discórdia em nossa experiência. Se isso acontece, o mal está definitivamente sentindo os efeitos de nosso trabalho. Se continuamos a trabalhar, sem receio das tentativas do mal em nos desanimar, ele desistirá e desaparecerá. Então se segue uma grande espiritualização do pensamento e a cura acontece.
Precisamos compreender a perturbação que este trabalho de oração traz ao nosso pensamento. Antes de detectar o magnetismo animal em nossa consciência, precisamos compreender que nossa mente contém uma certa estrutura de pensamento que consiste em nossa identidade humana e forma de vida. Este estado mental contém uma grande porcentagem de crenças mortais através das quais o magnetismo animal controla nossa consciência e nossa vida. Estamos acostumados a esta atmosferta mental e nela vivemos sem esforço.
Quando começamos a orar cientificamente, desafiamos o magnetismo animal e isto é uma ameaça ao seu domínio em nossa consciência.
Quando a influência mesmérica do mal é descoberta, fica muito agitada e resiste à sua própria destruição. Nossos problemas podem se tornar maiores; novas tentações nos cercarão; velhas tentações ressurgirão. Este próprio período de dificuldades indica que nosso trabalho metafísico está fazendo efeito. Nossas orações estão causando uma quimicalização na consciência. O mesmerismo está sendo destruído. Se continuarmos sem medo destes desafios, romperemos as barreiras do sentido mortal e adentraremos numa compreensão maior de Deus. Esta espiritualização do pensamento renovará nossa vida, trazendo cura e regeneração.
Este trabalho de cura anula primeiro as formas mais óbvias de discórdia em nossa vida. Depois alcança mais profundamente o âmago da consciência e dissolve as formas mais crônicas de erro. Tem um efeito regenerador em toda a estrutura do pensamento.
Ann Beals
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