No Evangelho de Tomé, assim diz Jesus: “Vocês dispõem de cinco árvores no Paraíso, que não se movem no verão (ou) no inverno, e suas folhas não caem. Quem as conhecer não provará a morte”.
As cinco árvores citadas por Jesus estão simbolizando os cinco sentidos físicos.
Aqui, mais uma vez, ele diz que, no lugar destes sentidos – que traduzem quadros de todo tipo para nós, falsos como eles são -, existe um Sentido único, o Sentido espiritual, que é a própria Consciência de Deus. Ele está nos dizendo que, quando estamos iluminados (ou em iluminação), vemos as coisas como são realmente, em vez de vê-las como aparentam ser, vistas através do sentido chamado “visão humana”.
Esta capacidade de ver as coisas como elas realmente são, é uma função espiritual. É esta Consciência única, a Consciência espiritual, funcionando como aquele aspecto de Si mesma, que nós estávamos a interpretar, erroneamente, como sendo visão humana.
Jesus estava consciente disso; sabia ser esta uma faculdade espiritual, presente em e como cada um de nós. Foi isto que lhe possibilitou ver a mão perfeita, que não requeria cura nenhuma, no lugar exato em que a mão mirrada parecia estar. A mão não precisava sofrer qualquer mudança para ser a perfeição que já estava sendo.
A Consciência espiritual – funcionando como Visão, ou Percepção – é a faculdade inata que nos possibilita ver a perfeição no lugar da aparente imperfeição à nossa frente.
Aquilo que é chamado “matéria” não pode se interpor entre esta Consciência e o que estiver por Ela sendo visto.
Na conscientização de que o que vemos é o nosso próprio Ser, é de fato a nossa própria Consciência , nada chamado “matéria” poderá existir para surgir e nos separar da Percepção correta e clara daquilo que estiver sendo visto.
Com frequência a experiência de Iluminação é encarada como algo muito misterioso, que muito pouca gente é capaz de vivenciar. Nada pode ser mais falso!
A Consciência única que existe, é, realmente, Consciência iluminada.
A Iluminação é a Consciência de todos e de cada um de nós. Trata-se de uma faculdade espiritual. É a Cristo Consciência, e Ela é tanto a sua Consciência como a minha, ou a de quem quer que seja.
Se acreditarmos na falácia de que alguém é dotado desta Consciência, mas que nós próprios não a temos, estaremos nos limitando e negando nossa própria Consciência espiritual. Em vez disso, passemos a afirmar esta Consciência, pois, Ela é o nosso Eu. Passemos a afirmar nossa própria faculdade espiritual de sermos capazes de ver, exatamente aqui e agora, as coisas da forma como elas realmente são, e não como aparentam ser.
*MARIE S. WATTS
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