Um amigo e colega meu, do meio artístico, havia lutado com a depressão de tempos em tempos, por anos a fio, até que, de repente, esta chegou a um ponto em que parecia ser constante. Acordava de manhã profundamente deprimido e incapaz de trabalhar, começava a sentir-se um pouco melhor no fim da tarde, ia dormir cheio de energia e feliz e acordava num estado de extrema escuridão mental. Isso continuou por um ano e meio. Mas ele era Cientista Cristão e estava orando por uma compreensão mais profunda de Deus e de seu parentesco com Ele. Também tinha a expectativa de perceber a Verdade que destruiria essa ilusão, que não era seu verdadeiro modo de pensar.
Um dia sentou-se e volveu-se a Deus de todo o coração à procura de uma resposta.
Subitamente, veio-lhe um pensamento: “Se você tivesse estudado muito para um teste de matemática e estivesse bem preparado, ficaria com medo de que pudesse acordar no dia do exame totalmente despreparado, porque todas as regras mudaram durante a noite?” A ideia era ridícula. “Então por que?”, raciocinou ele, “você pensa que poderia ir dormir cheio de alegria e acordar deprimido? Qual é a diferença?”
Subitamente compreendeu que estivera considerando a alegria como sendo uma emoção, algo finito, divisível e pessoal, oriunda do cérebro em vez de Deus, e sujeita à limitação e à instabilidade. Percebeu que, ao contrário, a alegria é como um fato matemático, uma realidade única, indivisível, nunca um bem pessoal.
Compreendeu que a alegria , como qualidade da Mente divina, Deus, só podia ser imparcial e universalmente refletida, que não podia ir e vir, acabar-se ou tornar-se nebulosa, porque era totalmente independente de pessoas, lugares, coisas ou circunstâncias.
Assim que percebeu essa preciosa verdade, compreendeu que simplesmente precisava afirmá-la como lei absoluta.
Em duas semanas estava completamente livre da depressão, e continuou livre nos anos que se passaram desde aquela ocasião. Ele havia provado, em certo grau, o “Emanuel” da alegria.
Referindo-se ao “Princípio divino absoluto da cura mental científica”, a Sra. Eddy escreve em Ciência e Saúde, o livro texto da Ciência Cristã: “Esse Princípio aponta para a revelação de Emanuel, isto é, “Deus conosco” – a eterna presença soberana que aos filhos dos homens livra de todos os males ‘de que a carne é herdeira’.”
Emanuel, Deus conosco – uma ideia insondável, totalmente deslumbrante em sua simplicidade.
Na profundidade e magnitude do amor que revela, é puramente cristã.
Na constância, universalidade e imparcialidade desse amor, ela é puramente científica.
A parte essencial de sua mensagem é a divindade abraçando a humanidade, expulsando o erro até que nada reste que contradiga o fato de que Deus é “Tudo em tudo”.
BARBARA COOK
(EXTRAÍDO DE O ARAUTO DA CIÊNCIA CRISTÃ – DEZEMBRO 1994)
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