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domingo, 22 de novembro de 2015

MEDITAÇÃO - UMA CONSCIENTE EXPERIÊNCIA -JOEL S. GOLDSMITH






A meditação é uma experiência consciente. Aqueles que têm dificuldades em meditar e chegam às vezes a dormir não estão fazendo dela uma experiência consciente. 

Não tente paralisar o processo de pensar durante a meditação. Nada há de errado com o pensamento. Na verdade, até pode ser útil dar início à meditação com alguma pergunta ou ideia específica sobre a qual você deseja alguma luz, e assim, não haverá possibilidade de dormir. 

Pode ser que sua meditação tenha por objetivo receber orientação para aquele dia. Nesse caso, aquela questão seria levada à meditação e por ser pronunciada ou pensada, iria deixa-lo consciente do fato de estar meditando para receber orientação. Você não irá conseguir dormir mantendo a mente aberta e a espera de instrução.

Do mesmo modo, se antes da meditação sua mente voltar-se para os seus negócios, ou os negócios de seu marido, você não dormirá. Você estará meditando com a ideia de receber uma revelação de Deus, uma revelação da Sabedoria interior alojada em seu ser. Aquela Sabedoria poderá dar a você ou ao seu marido, pai ou filho, um envolvente sentido de proteção.

Você não poderá sentir sonolência enquanto medita, se compreender que a meditação é uma atividade consciente de sua mente e Alma. 

Não pode ser um sentar de forma indolente que diz: “Muito bem, Deus, siga em frente”. E é o que fazem muitos dos metafísicos que se dizem tentados a dormir. 

Se o estudante dorme enquanto medita, isto se deve ao fato de ele não perceber que deve estar alerta para algo específico, para receber alguma orientação interna, alerta para ouvir a voz de Deus. 

Devemos nos dirigir ao interior com a atenção focalizada em algo específico, em alguma ideia específica sobre a qual Deus tenha algo a nos revelar: “Aqui estou, Pai, alerta e desperto para Tua orientação.”


O SONO COMO UM REPOUSO NA CONSCIÊNCIA


Tenho observado, neste trabalho, que quanto mais próximos estivermos do sentido espiritual da existência, menor será o tempo de sono requerido. 

De minha própria experiência e da experiência de outros que estão há algum tempo nesse caminho, foi notado ser quase impossível dormir continuamente durante oito horas. 

É possível que, dentre as vinte e quatro horas, nós consigamos dormir as oito horas, se houver a oportunidade, mas raramente iremos dormi-las consecutivamente. 

Após duas ou três horas nós despertamos, e, dependendo de como este período em que estamos despertos é tratado, podemos obter algum desenvolvimento, ou algum sentido de paz ou de harmonia. Porém, se esses períodos forem combatidos e forem feitos esforços para voltar a dormir, eles não trarão benefício algum. 

Somente quando aquele acordar for aceito como atividade da Sabedoria divina e houver boa vontade e paciência suficiente para permitir àquela Sabedoria revelar-Se, é que será visto ser aquele período o mais benéfico dentre as vinte e quatro horas.

Outro aspecto interessante é que quando o despertar no meio da noite é proveniente da atividade espiritual da consciência, mesmo que diminuam as horas de sono a que estamos acostumados a ter, no dia seguinte não sentiremos qualquer sinal de fadiga. 

Vim observando isso por muitos anos, em minha experiência e na de homens de negócios, donas de casa e pessoas de diversos ramos de atividade, e sei que quando a consciência espiritual provoca os períodos despertos durante a noite e eles são aceitos alegremente como oportunidades para a manifestação de paz e harmonia, o dia seguinte é preenchido pela consciência do Espírito divino que supera qualquer sensação de fadiga.

Os que se encontram neste caminho necessitam de muito poucas horas de sono para exercerem suas atividades. 

A razão disso é que tais pessoas conseguem obter os benefícios do sono mesmo quando estão despertos. O sono não passa de uma forma suave de morte ou inconsciência; é uma perda de consciência, e esta é uma porta próxima da morte, ou ao menos um degrau a menos rumo a ela.

Do ponto de vista do Espírito, contudo, o sono não é um estado de inconsciência, mas é um repouso na consciência. 

O pensamento é preenchido com o Espírito, com a compreensão espiritual, com um sentido real do Espírito do Cristo, que traz como consequência uma pessoa bem desperta, cheia de vitalidade, quase elétrica. 

Na realidade, o que estamos a fazer neste trabalho é entrar em contato com o Espírito do Cristo, o Espírito que é Deus e que torna a pessoa vivaz e dinâmica. 

O sono nada tem a ver com a vivacidade, mas o repouso – o repousar na consciência – tem muito a ver com ela. E é como podemos receber o influxo total do repouso mesmo quando estamos acordados.





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