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quinta-feira, 19 de novembro de 2015

UM “ODRE NOVO”









“E ninguém deita vinho novo em odres velhos... o vinho novo deve ser deitado em odres novos.” (Marcos 2: 22) 


Precisamos desenvolver um “novo odre” completo, um novo estado de consciência, e para isso principiamos por eliminar todo o conceito material. Isto não pode ser feito num único salto; é um trabalho para todo o tempo de vida - sem cessar, pois envolve uma mudança completa de consciência.

Não tente colocar vinho novo em odres velhos. Não tente semear as sementes dessa inspiração em solo pedregoso ou espinhoso. Se fizer isto, elas se perderão. 

O solo deve ser preparado; uma consciência espiritual precisa ser desenvolvida. 

A preparação exige muita paciência e o anseio de sentar-se a sós para ponderar esta ideia da consciência individual como a causa, a lei e o poder de cada ser. 

Você consegue perceber que a totalidade de Deus está aparecendo como você e que a totalidade de Deus está aparecendo como o seu próximo? 

O grau de aceitação desta verdade corresponderá ao desenvolvimento do Cristo de sua própria consciência, ao desenvolvimento de seu conhecimento de que a plenitude do Cristo constitui o seu ser. 

O desenvolvimento do Cristo leva à conscientização da Presença, à consciência de haver uma orientação que vem de dentro, da existência de um infinito Ser interior que segue sempre à frente e que está consciente até mesmo quando você dorme. 

Esta conscientização lhe trará a certeza de que superior a qualquer condição ou circunstância humana é esta PERCEPÇAO da natureza infinita de sua própria consciência, que permanece sempre no centro de seu ser apenas aguardando o seu reconhecimento.

Para este trabalho, cada palavra dita por Jesus deve ser aprendida e aceita como lei. Uma só passagem poderia mudar a sua experiência, mas para uma nova consciência integral ser conseguida, devemos tomar cada uma das passagens dadas por Jesus e utilizá-las conscientemente, pois  ele deu ao mundo ocidental o segredo da vida espiritual. 

Para exemplificar, leia o ensinamento de Jesus sobre a futilidade de se manter com ansiedades (Lucas 12: 22-32):

“Não estejais apreensivos pela vossa vida, sobre o que comereis, nem pelo corpo, sobre o que vestireis.

Mais é a vida do que o sustento, e o corpo mais do que o vestido.

Considerai os corvos: eles não semeiam nem colhem; eles não têm dispensa nem celeiro; e Deus os alimenta: quanto mais valeis vós que as aves?

E qual de vós, sendo solícito, pode acrescentar um côvado à sua estatura? Se, pois, não sois capazes de fazer estas pequenas coisas, por que vos preocupais com as outras?

Considerai os lírios, como eles crescem: eles não trabalham, nem tecem; e na verdade vos digo que nem Salomão, em toda sua glória, jamais se vestiu como um deles. E se Deus assim veste a erva que hoje está no campo e amanhã é lançada ao forno, quanto mais vestirá a vós, ó homens de pouca fé? 

Não pergunteis, pois, o que haveis de comer, ou o que haveis de beber, nem andeis inquietos. Pois todas as gentes do mundo buscam essas coisas; mas vosso Pai sabe que delas haveis mister. Buscai antes o reino de Deus, e todas estas coisas vos serão dadas de acréscimo.

Não temais, ó pequeno rebanho, porque a vosso Pai agradou dar-vos o reino.”

Adquira a consciência de que “vosso Pai sabe que haveis delas mister”, e assim sempre que você for tentado a ficar apreensivo, pensando no trabalho do próximo ano, na casa ou nos alimentos, virá à sua lembrança que “a vosso Pai agradou dar-vos o reino”. 

Faça a si mesmo a pergunta seguinte: “Estou vivendo nesta consciência de ‘não estar apreensivo’?” 

Lembre-se da questão apresentada pelo Mestre: “E qual de vós, sendo solícito, pode acrescentar um côvado à sua altura?... Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos.” (Isaías 55: 8). 

Os pensamentos de Deus não são os seus pensamentos, assim por que ficar apreensivo? 

Em vez disso, olhemos para este universo passando a compreender que todo ele é sustido e mantido pelo Poder divino que o criou. Mas é isso que temos feito? 

Não; nós construímos uma entidade separada, um eu apartado de Deus, que precisa de provisões e cuidados, e devotamos a vida toda para sustenta-la.

Jesus disse: “O Meu reino não é deste mundo... A minha paz vos dou.” (João 18:36; 14:27). 

Em momento algum Jesus estava buscando a sua própria demonstração: ele vivia num senso de doação, de ser uma transparência de bem para o mundo. O Cristo não pode entrar numa consciência que está em busca de algo para si mesma. 

Deus não pode ser utilizado com o propósito de se conseguir um progresso puramente humano. 

A nossa missão no mundo está em sermos uma transparência para o bem. 

O “eu” que procura algo para si não é o Filho de Deus., pois o Filho é herdeiro de Deus e co-herdeiro com o Cristo, e o Filho está sempre cônscio de que tudo que é do Pai também pertence a Ele. Sendo assim, como poderia existir algo que o Filho desejasse buscar para si?








2 comentários:

  1. O autor do artigo "Um Odre Novo" é vc, Leila, ou é Joel Godsmith?

    Abraço

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  2. Joel Goldsmith...
    A foto com.o nome dele está abaixo do texto. ..
    Grata pela sua visita. .

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