(SALMO 22 OU 23)
Medite sobre o Salmo do bom Pastor.
É uma forma de oração que se harmoniza, da maneira mais bela, com a ideia que as atuais Escolas da Verdade têm acerca da prece.
"O SENHOR É O MEU PASTOR. NADA ME FALTARÁ".
Essa declaração não leva pedido de coisa alguma a Deus. Não ensina a procurar Deus para suplicar-Lhe algo. Não há, sequer, a expectativa de um bem determinado Procedente de Deus.
Há, sim, uma positiva declaração de que "O Senhor é o meu Pastor", do que, naturalmente se infere que "Nada me faltará".
Pense nesta forma de oração.
"O Senhor é o meu Pastor. Nada me faltará".
Não há busca de Deus nem intento de a Ele chegar.
Não há petição antiquada nem afirmação em novo estilo.
Não há busca de Deus nem intento de a Ele chegar.
Não há petição antiquada nem afirmação em novo estilo.
Apenas encerra o reconhecimento de que Deus É.
E já que Deus é o MEU Pastor, meu Pastor individual, meu guia, meu protetor, meu guardião, Aquele que me sustem e supre - logicamente "Nada me faltará".
Não há qualquer dúvida: há confiança, há segurança de que "Nada me faltará".
Não há busca de provisão.
Não se deseja demonstrar abundância.
Há, só, a tranquila e a clara segurança de que "Nada me faltará".
Não se deseja demonstrar abundância.
Há, só, a tranquila e a clara segurança de que "Nada me faltará".
Compreenda: nesta convicção é totalmente impossível necessitar-se de algo!
“EM VERDES PRADOS FAZ-ME REPOUSAR.
ELE ME CONDUZ A ÁGUAS REFRESCANTES".
De novo, aqui, não há busca de Deus, de forma alguma Não é dito: Ele me prove de verdes prados, senão que (notem bem) "Ele me faz repousar" neles.
Não se trata de escolher se se quer ou não repousar em verdes prados e tampouco se fala de castigar-nos por nossos pecados, expulsando-nos dos verdes prados. Simplesmente: "Em verdes prados faz-me repousar".
V. deve sentir uma espécie de alívio ao compreender que a responsabilidade de se dirigir, de se manter ou de encontrar o correto modo de orar, não depende mais de você.
"O SENHOR É O MEU PASTOR. NADA ME FALTARÁ. EM VERDES PRADOS FAZ-ME REPOUSAR. ELE ME CONDUZ A ÁGUAS REFRESCANTES E RECONFORTA MINH'ALMA; GUIA-ME PELO CAMINHO DA RETIDÃO, POR AMOR DE SEU NOME".
Observe que, do princípio ao fim, não há intenção de ganhar o favor de Deus ou buscar-lhe a bondade. Não há qualquer intento de alcançá-lo. Há, só, uma constante e confiada segurança.
"AINDA QUE EU ANDASSE POR UM VALE TENEBROSO, NÃO TEMERIA MAL ALGUM, PORQUE ELE ESTÁ COMIGO".
Eis, verdadeiramente, um milagre de oração. Em meio às provas e tribulações, enfermidades sérias, problemas familiares, escassez, limitação, perda de fortuna, pode parecer que estamos separados de Deus e, de algum modo, desassistidos por Ele.
Em decorrência, somos levados a buscá-lo de novo, e aqui está uma conclusão equivocada!
"Ainda que eu andasse por um vale tenebroso, não temeria mal algum, porque Ele está comigo".
Embora atravessasse um vale tenebroso - diz o salmista - nada haveria a temer. Isto não é verdade em relação ao ser humano em geral: eles apalpam esse vale... ou a escassez e limitação ou qualquer outra coisa errada. . . e começam a temer. Por que temem? Por uma só razão: falta-lhes a suficiente percepção de que Deus está com eles.
Embora o Salmo seja antigo, eis, nele, um conceito inteiramente novo de oração.
Embora atravessasse um vale tenebroso - diz o salmista - nada haveria a temer. Isto não é verdade em relação ao ser humano em geral: eles apalpam esse vale... ou a escassez e limitação ou qualquer outra coisa errada. . . e começam a temer. Por que temem? Por uma só razão: falta-lhes a suficiente percepção de que Deus está com eles.
Embora o Salmo seja antigo, eis, nele, um conceito inteiramente novo de oração.
Não se está reclamando a companhia de Deus na travessia do vale tenebroso; nem sequer se
está procurando alcançá-lo.
Nem estamos procurando calar nossos temores, já que a companhia de Deus não nos evitou essa tenebrosa travessia. Mas pelo menos, embora sejamos obrigados a percorrê-lo, esta declaração nos diz que Ele nos acompanhará nessa travessia: "Ele está comigo".
Se V. tão-só tomasse esta declaração e a compreendesse!... nada mais lhe faria frente: nem vale atual cheio de trevas, nem prova particular alguma que o desafiasse porque V. teria a consciência bem segura de que, em qualquer circunstância, Deus estaria EM E com VOCÊ, na travessia da prova.
Em "Interpretação Espiritual das Escrituras"
V. encontrará a história de José e seus irmãos. José, o filho mimado, o favorito de seu pai. José esperava andar pelo vale da vida com muita facilidade, calma e tranquilamente, sem provas nem tribulações, talvez sem grandes vitórias também. Para que vitórias se ele era o beneficiado da grande fortuna do pai, em quem tinha assegurado favoritismo? Mas por maldade e ciúmes de seus irmãos, José foi lançado em um poço e depois foi tirado de lá para ser assassinado ou vendido como escravo (isto era considerado pior do que a morte).
Vendido como escravo, José foi parar no Egito, onde passou da escravidão a uma posição honrosa, como responsável da casa do governador. Estava já quase satisfeito consigo mesmo porque percebe que Deus está com ele. Porém, repentinamente é levado à prisão. Alegou inocência mas, embora inocente, está preso e, segundo as aparências, novamente sem a presença de Deus, ainda mais que ficou vários anos na masmorra.
Todavia, Deus uma vez mais revela que o não abandonou: José decifra o sonho do Faraó e, tirado da prisão, torna-se o governador virtual do Egito.
Então seus irmãos vieram para o Egito. Eram eles que o haviam jogado no poço, que o haviam vendido como escravo e provocado todos os problemas. Agora vinham em busca de favores. Necessitavam de alimento e José o tinha armazenado "nos tempos das vacas gordas".
Gentilmente lhes proveu alimento. Quando os irmãos procuram desculpar-se por suas ações e exprimir seu arrependimento, José, à semelhança de Davi, expressa estes pensamentos:
"Não fostes vós que me fizestes isso: Deus o fez. Foi Ele que me enviou antes de vós ao Egito".
Estas palavras de José encerram um elevado conceito de oração. É uma prece que bem vale recordar. Não é o demônio; não é a mente carnal; não é o oposto a Deus que traz ao homem as discórdias e enfermidades. É o próprio Deus que acompanha o homem em suas provas e tentações para conduzi-lo a alguma vitória maior, em lugar de abandoná-lo a si mesmo para ser apenas um ser humano com saúde e fortuna, sem nada realizar de
expressivo em seus setenta ou mais anos de vida, neste plano.
Em geral o homem realiza muito pouco das coisas essenciais que lhe cabe, como missão na Terra. Limita-se a ganhar a vida e sustentar uma família. No que se refere a uma contribuição real para manifestar a glória de Deus, ao fim e ao cabo de uma vida as pessoas geralmente mostram muito pouco.
Em geral o homem realiza muito pouco das coisas essenciais que lhe cabe, como missão na Terra. Limita-se a ganhar a vida e sustentar uma família. No que se refere a uma contribuição real para manifestar a glória de Deus, ao fim e ao cabo de uma vida as pessoas geralmente mostram muito pouco.
Saibam disto: trazemos uma ordem de produzir frutos espirituais, que revelem a obra de Deus, que glorifiquem a obra de Deus. Se vamos contentar-nos em permanecer na Terra em boa saúde, acumulando bens, então estamos bem longe de nosso verdadeiro destino.
José reconheceu o que um dia também vocês reconhecerão: a inveja, os ciúmes, a maldade, o ódio, a infecção, o contágio, as depressões, transformações, governos cambiantes - não podem trazer-lhes discórdias nem falta de harmonia.
Só Deus pode levá-los a compreender a verdadeira identidade, o homem interno, de um ou de outro modo. Ainda que vocês tenham de passar, simbolicamente, pelo fogo ardente (companheiros de Daniel), ou atravessar o deserto de quarenta anos (Moisés), ou ficar na cruz com Jesus (seja qual for sua prova ou tribulação - e na Bíblia as há de todo tipo), saibam que Deus os acompanha sempre em cada experiência.
Só Deus pode levá-los a compreender a verdadeira identidade, o homem interno, de um ou de outro modo. Ainda que vocês tenham de passar, simbolicamente, pelo fogo ardente (companheiros de Daniel), ou atravessar o deserto de quarenta anos (Moisés), ou ficar na cruz com Jesus (seja qual for sua prova ou tribulação - e na Bíblia as há de todo tipo), saibam que Deus os acompanha sempre em cada experiência.
Se Deus não estivesse na cruz, acompanhando Jesus, não teria havido ressurreição nem ascensão. Só o poder de Deus, na consciência de Jesus, lhe conferiu impulso para a ressurreição.
Se não houvesse Deus na travessia de quarenta anos pelo deserto, com Moisés, não teria havido a entrada na Terra Prometida e nem libertação para os hebreus.
Se Deus não houvesse estado com José, ele jamais passaria de escravo a virtual governador do Egito, que era, então, um grande país.
Qualquer seja o problema que vocês estejam a enfrentar, procurem tomar consciência disto: vocês não o estão defrontando sozinhos. Mesmo que se trate de um vale tenebroso, não há temer mal algum porque Deus está com vocês.
Considerem este alto conceito de oração.
Seja o que for que lhes constitua o simbólico vale tenebroso, há um cajado que lhes serve de apoio para se conservarem de fronte erguida, a caminhar em linha reta. Há certa forma de disciplina. Há certo ensinamento.
Há certo modo de ajuda espiritual que nos ilumina e fortalece. compreendam isto e alcancem uma total convicção desta verdade. Só assim poderão agir confiantemente.
Elias quase esqueceu isto quando foi alimentado pelo corvo no deserto, e pela viúva, e encontrou tortas cozidas sobre as pedras. Quase olvidou que era a presença de Deus que lhe proporcionava estas coisas. Só isso - tudo o que era necessário para que ele atravessasse o seu vale tenebroso com êxito e finalmente chegasse àquele lugar em que Deus lhe mostra que havia reservado uma congregação de sete mil homens que não haviam dobrado seus joelhos a Baal .
Para vocês há também uma congregação de sete mil. Para vocês também há uma missão espiritual, um destino espiritual na Terra e uma prova ou teste particular.
É possível que vocês estejam passando pela tribulação ou uma série delas, mas estejam seguros que elas constituem uma ponte que os leva à demonstração final: algo que nunca viria sem esse teste ou prova particular.
Este é o caminho da cruz. Mas é também o caminho da coroa do triunfo. Notem que a vitória vem muito depois da crucifixão. Primeiramente vêm as crucificações (e muitas delas).
Por tal razão, a pessoa que está entrando no caminho espiritual deve compreender que
"Não vim trazer a paz, mas uma espada. .. para separar famílias", para acabar com tudo o que lhes anestesie de excessivo conforto, tranqüilidade e segurança.
Não pode haver progresso espiritual enquanto vocês não tenham vencido o mundo; enquanto estiverem fazendo uso da Verdade apenas para aumentar seus recursos humanos e bens; para assegurar uma boa renda semanal; para remodelar suas casas; para adquirir um carro de último tipo. Enquanto estiverem nisso, vocês não terão sequer apalpado o caminho espiritual.
Em cada caso, na história dos profetas hebreus, vocês notarão que a missão deles não era pessoal; não se referia unicamente a bens humanos nem acrescentar recursos materiais: era sempre uma missão espiritual.
O mesmo se aplica a vocês. Vocês têm uma missão espiritual, tenham ou não consciência dela, neste momento.
Todos têm uma missão espiritual e todos, algum dia, a encontrarão.
Uma vez que vocês tenham ingressado no caminho espiritual, é impossível retornar Vocês
poderão tentar o retorno, ocasionalmente, mas notarão que tudo os leva e força a prosseguir a caminhada, já que "Tu estás comigo".
"Ainda que eu andasse por um vale tenebroso, não temeria mal algum, porque Tu estás comigo".
Então é dito:
PREPARAS UMA MESA PERANTE MIM, À VISTA DE MEUS ADVERSÁRIOS.
UNGES COM ÓLEO A MINHA CABEÇA; MEU CÁLICE TRANSBORDA".
De novo, aqui, encontramos a simples declaração daquilo que é:
"Preparas uma mesa perante mim".
E o arremate:
"CERTAMENTE QUE O AMOR E A GRAÇA ME SEGUIRÃO TODOS OS DIAS DE MINHA VIDA:
E HABITAREI NA CASA DO SENHOR PARA SEMPRE!"
Notem com que assegurada confiança é dito: "certamente que o amor e a graça. . ."
Eis aqui outro pensamento importante: "todos os dias da minha vida".
Dado que Deus atua hoje, não pode deixar de agir amanhã e sempre. Tomem consciência isto para alcançarem um dos mais elevados conceitos de oração.
UNGES COM ÓLEO A MINHA CABEÇA; MEU CÁLICE TRANSBORDA".
De novo, aqui, encontramos a simples declaração daquilo que é:
"Preparas uma mesa perante mim".
Não há qualquer desejo de que isto se realize, nenhuma petição, nem busca de
Deus: simplesmente uma declaração, uma constatação. Eis uma oração elevada.
"Preparas uma mesa perante mim, à vista de meus adversários. Unges com óleo a minha cabeça; meu cálice transborda".
"CERTAMENTE QUE O AMOR E A GRAÇA ME SEGUIRÃO TODOS OS DIAS DE MINHA VIDA:
E HABITAREI NA CASA DO SENHOR PARA SEMPRE!"
Notem com que assegurada confiança é dito: "certamente que o amor e a graça. . ."
Eis aqui outro pensamento importante: "todos os dias da minha vida".
Dado que Deus atua hoje, não pode deixar de agir amanhã e sempre. Tomem consciência isto para alcançarem um dos mais elevados conceitos de oração.
Procurem reconhecer que em qualquer momento de sua experiência vocês podem comprovar a eficácia da oração (isto é, serem sanados por meios espirituais) .
Procurem reconhecer que em qualquer circunstância da vida vocês podem ter uma evidência do poder e da presença de Deus.
Certamente. . . quando chegarem a este reconhecimento, a esta vivência, nunca mais terão motivos de preocupação, porque tão-só esta evidência da divina Presença será suficiente para fazê-los dizer: "Certamente que o amor e a graça me seguirão todos os dias de minha vida". Vejam bem: todos os dias.
Como pode Deus estar com você hoje e não amanhã? Como pode Deus manifestar-se ou exprimir-Se um dia e no dia seguinte não?
Foi difícil, aos hebreus, aprender esta lição. Quando insistiam em guardar maná para o dia
seguinte, e para o outro, e o outro seguinte, Moisés tinha de recordar-lhes que esse maná caía do céu pela Graça de Deus. Por que, então, se preocupavam de que não lhes caísse mais no dia seguinte e no outro? Por que deixaria Deus de suprir-lhes a necessidade, enquanto ela existisse?
Será possível que Deus nos retenha Suas bênçãos enquanto delas necessitamos?
Será possível que a ajuda de Deus seja de tal modo limitada, que possa ser retirada antes de completar sua missão? Há alguma razão para duvidarmos d'Ele?
Haverá necessidade de aplicarmos nossos recursos humanos para suprir uma deficiência divina na solução de nossos problemas?
Meditem sobre o espírito ou a mensagem do Salmo do bom Pastor.
Em nenhum sentido nos leva a nos esforçar para alcançar Deus, nem a buscar-Lhe qualquer coisa. Melhor que isso; ele nos leva a permanecer em completa e perfeita confiança:
"Certamente que o amor e a graça me seguirão todos os dias de minha vida".
E então conclui: "e habitarei na casa do Senhor para sempre".
"Morarei" na consciência de Deus "para sempre!
Aqui não há tratamento. Há só uma declaração: "e morarei" na consciência do Senhor "na casa do Senhor para sempre".
Sirva-nos ela de modelo.
V. já tomou a decisão e já declarou: "Habitarei na casa do Senhor" (na consciência de Deus) "para sempre"?
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