Um antigo, antigo conto, fala de um grande mestre espiritual que bateu às portas do céu para ser admitido no paraíso.
Deus veio atendê-lo e perguntou: “Quem é? Quem está batendo?”
Para tal pergunta, veio a confiante resposta:“Sou eu!”
E Deus lhe disse: “Lamento, sinto muitíssimo, mas não há lugar. Vá embora e volte em outra ocasião”.
O bom homem, surpreso com a recusa, foi embora muito confuso.
Após anos de meditações e ponderações sobre aquela estranha recepção, voltou e bateu à porta novamente.
Ouviu de Deus a mesma pergunta, e deu uma resposta similar.
Outra vez foi informado de que não havia mais lugar no céu; estava completamente lotado naquele instante.
Nos anos seguintes, o mestre avançou profundamente em seu interior, meditando e ponderando.
Após um longo período, pela terceira vez, bateu à porta do céu.
E mais uma vez ouviu de Deus a pergunta: “Quem é?”
E sua resposta, desta vez, foi: “Sou o Senhor!”.
E os portões se abriram largamente, quando Deus lhe disse: “Entre! Nunca houve espaço para Mim e você”.
Não existe Deus e você; existe unicamente Deus expresso ou manifesto como Ser individual.
Há somente uma Vida: a do Pai.
Permanecemos “fora do céu”, sem esperança alguma de nele ingressarmos, enquanto acreditarmos possuir uma identidade apartada de Deus, um ser separado e independente de Deus.
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