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sábado, 15 de agosto de 2015

NÃO EXISTE TEMPO NO ¨EU SOU” - 2



Todo o bem do passado é evidência tangível da presença do “Eu Sou” junto ao homem. 


Todo o mal foi uma falsa crença, ou mentira, e nunca, em momento algum, a Verdade de Deus ou de seu reflexo, o homem. O bem é eterno. É uma qualidade espiritual e por isso indestrutível. 

Um verso de um hino do Hinário da Ciência Cristã diz: “Pois todo o bem que já passou,/Presente está no meu viver”.


Não precisamos nunca ter medo do futuro. O medo sempre se conjuga no futuro imperfeito, ou condicional. 

Mas se há só o agora de nossa coexistência com Deus, não existe “se” ou “quando” para ser abordado com medo. 

O homem, presentemente e sempre, está refletindo a Mente divina, Deus. 

Pense na liberdade que isso representa! Acaso a mente mortal, o pensamento com base na matéria, diz-nos que nossa situação talvez piore amanhã? Ou que nosso rendimento diminuirá ou nossos relacionamentos se desfarão no futuro? Não se impressione. Fique no agora, com Deus. 

Reconheça o abundante, amoroso cuidado de Deus, que neste instante e sempre se expressa. 

Nunca vai haver mais presença de Deus do que já está disponível neste momento, pois Ele enche todo o espaço eternamente, e é onipotente.

Ao ganhar domínio sobre a crença de sermos manipulados pelo tempo, também nos libertamos da pressa. 

Tenho disso um exemplo significativo, ocorrido há alguns anos. Uma de minhas filhas e eu planejáramos assistir juntas a uma conferência da Ciência Cristã. 

No emprego, ela demorou-se para além do normal e por isso chegou atrasada em casa. 

O relógio dizia que tínhamos menos de vinte minutos para percorrer uma distância que levava pelo menos trinta e cinco minutos, em condições favoráveis.

Depois de aproximadamente um quilômetro e meio a cruzar entre as faixas menos congestionadas da pista, minha filha disse: “Oh Mãe, por que é que não diminuis a velocidade e deixa que Deus nos leve lá a tempo?” A repreensão era necessária e foi aceita. Diminui a velocidade até ao limite permitido. 

Sabia que ela estivera orando (provavelmente por sua própria segurança!) e passei a orar também, com fervor. 

Declarei mentalmente que Deus não conhece o tempo ou qualquer tipo de limitação. 

Reconheci que era certo participar duma atividade inspirada como o é uma conferência da Ciência Cristã, e afirmei que toda faceta desse acontecimento era governada pela lei divina, inclusive chegar na hora pontual e em segurança. 

Perdi a noção do tempo e fiquei aliviada da ansiedade. 

A viagem foi serena e harmoniosa. Quando nos sentamos no auditório, um grande relógio de parede indicava faltarem cinco minutos para a conferência começar. O tempo não parara, mas havia, nessa ocasião, sido ultrapassado.

Essa experiência, embora relativamente pequena, indica o poder de Deus demonstrado por Jesus, quando caminhou sobre as águas revoltas pela tempestade de encontro ao barco onde seguiam seus discípulos e “eles de bom grado, o receberam, e logo o barco chegou ao seu destino”. Ele compreendeu que o ser verdadeiro é inteiramente espiritual, governado apenas por Deus, liberto das assim chamadas leis do tempo e do espaço.

O tempo não é uma força real, dominadora e tirânica. Reconheçamos o que ele é: um sistema para medir a atividade humana, que será finalmente substituído por nossa compreensão e demonstração do poder e presença do “Eu Sou” e do ser espiritual que independe de tempo.





(Transcrito de O Arauto da Ciência Cristã – Março 1996)

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