Se julgarmos pelas aparências, estaremos sempre contemplando o pecado, a doença, a morte, a carência, a limitação, as guerras e as restrições de toda espécie; e seremos por eles limitados, porque estaremos sofrendo de nossa própria crença naquilo que contemplamos.
Quando o Espírito de Senhor Deus está sobre nós, porém, é-nos dado discernimento para não julgar segundo as aparências. Aí então, quando formos chamados para qualquer tipo de ajuda, seremos capazes de nos sentar em contemplação e meditação, e perceber:
Pai, é o Vosso Espírito que vivifica; é o Vosso Espírito que revela a verdade bem ali onde está o quadro do erro. Que eu ouça a Vossa palavra.
A parte mais difícil desta senda é chegar-se ao ponto de compreender que não somos curadores nem agências de empregos, mas que nosso trabalho se situa no nível espiritual, esse nível de discernimento no qual, por estar sobre nós o Espírito de Deus, sabemos que o estropiado não pode ser estropiado porque Deus não o fez estropiado, e Deus é o único poder que existe.
Sabemos que cego não pode ser cego porque Deus não o fez cego, e não existe outro poder além de Deus.
Não pode haver um pecado, nem uma doença, porque Deus não criou o pecado nem a doença, e Deus é o único criador. Isto não o sabemos com a mente humana.
Não podemos saber estas coisas com pensamentos humanos; não podemos sequer acreditar nelas.
Quando estamos espiritualmente ordenados e o Espírito do Senhor Deus está sobre nós, no entanto, nos é possível perceber que ninguém é um ser humano: todo mundo é divino, todo mundo é o filho de Deus.
À luz dessa compreensão, podemos ver através da aparência, e então aqueles que vieram a nós respondem, “sinto-me melhor: estou melhor”.
Nosso discernimento espiritual enxergou através da aparência, e o que jamais poderíamos fazer como ser humano, o Espírito de Deus pode fazer por nosso intermédio.
Pode levar meses e anos para que se atinja essa realização do Espírito – não que vá levar anos para que o Espírito venha sobre nós – mas, quando Ele vier a nós, será apenas um Bebê, e teremos de cuidá-lo e alimentá-lo.
Teremos então de coabitar secreta e sagradamente com ele até que, pelos Seus frutos, outros comecem a notar que há algo mais do que carne em nós. Que será esse algo mais? O Espírito de Deus que habita em nós.
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