Ninguém precisa sofrer devido a feridas físicas ou emocionais. Temos autoridade cristã para nos recusar a sofrer danos.
Cristo Jesus disse: “Nada absolutamente vos causará dano”. E provou-o, curando pessoas que aparentemente haviam ficado incapacitadas num acidente, que haviam sido afligidas por doenças ou marcadas pelo pecado.
Aos cristãos, portanto, é tão desnecessário aceitar sofrimentos, quanto seria errado infligir intencionalmente sofrimentos.
Mas, como é que alguém recusará sofrer por danos, se foi ferido ou se foi tratado injustamente, caluniado, insultado ou rejeitado?
O livro Ciência e Saúde de autoria da Sra. Eddy está repleto de respostas que curam.
Uma das respostas geralmente aplicável a acidentes, mas útil também num sentido mais amplo, aconselha: “Declara que não te machucaste e compreende a razão disso; verás que os bons efeitos que daí resultam, estarão em exata proporção à tua descrença em relação à física e à tua fidelidade para com a metafísica divina – à tua confiança em que Deus é tudo, como as Escrituras declaram que Ele é”.
A razão por que não estamos sujeitos à agressão é a de que, em realidade, não há fonte da qual possa advir o dano. Compreender essa razão implica necessariamente compreender a causa e o efeito genuínos, Deus e o homem.
As Escrituras ensinam que Deus é Tudo, que nada existe além dEle, que Deus é Amor puro e todo bondade, e que o homem é espiritual, criado à Sua semelhança. Essas verdades não deixam espaço algum para uma causa nociva ou para um efeito injurioso ou injuriado.
Quando compreendidas, elas efetuam, de maneira completa e permanente, a cura de qualquer tipo de dano, físico ou mental, em tempo passado, presente, ou que se avizinha.
Se os sentidos físicos alegam que alguém disse, ou fez, algo danoso que nossos ouvidos ouviram, nossos olhos viram, nosso corpo sentiu e nosso cérebro registrou, podemos, mesmo assim, nos recusar a deixar que uma recordação do acontecimento, quer voluntária quer aparentemente involuntária, continue a nos ferir.
O Fato espiritual é que não estamos feridos e podemos nos recusar a aceitar falsos relatórios apresentados pelos sentidos físicos, pelos nervos ou pelo cérebro. Estes não fazem parte da identidade do homem à semelhança de Deus, nossa verdadeira identidade: são ilusórios e não nos merecem confiança.
Deus é a Mente única, é a única Fonte válida de tudo o que há para se ouvir, ver ou sentir; da inteligência, substância, ação e existência. Por ser a Mente divina, o Amor, a fonte e a substância únicas de sua própria expressão, o homem, este jamais pode ser menos que perfeito. Não somos o mortal que os sentidos físicos, em seu sonho de agressão, descrevem. Somos o homem REAL - DE NATUREZA ESPIRITUAL, a perfeita expressão de Deus, ainda que aparentemente o estejamos manifestando apenas em progresso paulatino.
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COMENTÁRIOS
Quando alguém entra em contato com um ensinamento espiritual, logo o associa com seu mensageiro. Este texto, ”Curando Feridas”, da Ciência Cristã, é muito bom; mas quero aproveitá-lo para fazer uns comentários. Ele é apenas um, dentre vários outros, em que a Sra. Eddy é citada como Líder, como “melhor seguidora de Jesus”, etc.
A própria Sra Eddy se posicionou como Líder dessa forma, ao instituir as normas da Ciência Cristã.
Entretanto, por mais que um mensageiro tenha valor, jamais deve ser glorificado ou enaltecido!
Unicamente DEUS é Realidade; toda revelação é de origem divina, se for legítima. Sendo isto óbvio, não há motivo algum para desfocarmos a atenção da Fonte única para supostos líderes, mestres ou instrutores “deste mundo”.
Além desse lado, de deixarmos “toda glória com Deus”, devemos permanecer atentos ao Mestre verdadeiro, o “Cristo que somos”, pois, através dessa atenção, detectarmos falhas possíveis de serem encontradas em cada ensinamento.
Dificilmente há ensinamentos cem por cento perfeitos, e onde a opinião pessoal de algum mensageiro for exposta, aquilo deverá ser sempre muito bem avaliado pelo “Cristo que somos”, ou então, abraçaremos tais erros, confiando que “algum líder” esteja sempre certo em tudo o que diz.
Quando os princípios espirituais são colocados, é mais raro acharmos estes erros; mas, quando pontos de vista de um autor são também expostos, devem ser lidos com cuidado e não com cega aceitação. Já encontrei, por exemplo, falhas diversas na Ciência Cristã, na Seicho-No-Ie, e no Caminho Infinito, quando “opiniões pessoais” eram explicitadas ao lado dos princípios exatos da Verdade.
Podemos e devemos aceitar e confiar nos princípios absolutos ensinados, mas jamais devemos acreditar que algum suposto “mestre deste mundo” esteja certo em tudo o que diz.
Por isso Jesus disse que “unicamente o Cristo” é Mestre, o Cristo que é DEUS em cada um de nós!
Desse modo, se um autor errar, não seremos seguidores em seus erros. Huberto Rhoden, por exemplo, tirou de circulação várias de suas obras, desejando ainda fazê-lo com tantas outras, por ter tido, após publicá-las, um esclarecimento espiritual maior sobre os temas que havia abordado! E podemos imaginar quantos não foram seus seguidores, que cegamente se deixaram levar por tudo aquilo que havia sido publicado!
Quanto mais absoluto for um texto, menos condições de conter falhas ele terá! Esta é mais uma razão para adotarmos ensinamentos radicalmente absolutistas.
*GRATIDÃO AO MEU AMIGO DÁRCIO
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