Quando exercemos nosso sentido espiritual, colocamo-nos em contato com a realidade do verdadeiro ser do homem em toda a sua plenitude. Nisso podemos sentir-nos animados pela vida de Cristo Jesus, que demonstrou plenamente a inteireza da vida espiritual. Imperturbado por prazeres frívolos, ele foi capaz de estar inteiramente consciente de Deus e da vida espiritual. Essa demonstração que Jesus fez da realidade do Cristo, a Verdade, deu-lhe domínio sobre a carne e apresentou a aplicabilidade universal da Verdade em favor da salvação da humanidade.
A fidelidade para com as instruções de Cristo Jesus requer que aceitemos aquilo que é espiritual em lugar daquilo que é material, em todos os aspectos da vida.
A utilização do nosso sentido espiritual, a fim de provar nossa inteireza imortal, envolve a cura plena, assim como faz a correção dos males corpóreos através da prece.
Cada caso impõe que aceitemos a perfeição atual da existência imortal e que substituamos pensamentos incorretos sobre a vida, pela ideia verdadeira. Em cada caso desaparecem as limitações que haviam obscurecido o sentido mais livre do ser.
O crescimento espiritual abre nossa vida a conquistas mais profundas e mais satisfatórias. Ao mesmo tempo nos traz inspirações mais sublimadas com as quais vencemos as ciladas e as tentações da mente mortal. À medida que nos desembaraçamos das redes do sentido material, tornamo-nos mais apercebidos da natureza perniciosa das mentiras da serpente, e essas mentiras terão menos possibilidade de nos encantar com levar-nos a crer nas sugestões de que a ganância, o sensualismo e a fé na matéria possam ser canais que nos conduzam a uma vida melhor.
Oh, como deveríamos ser gratos pela consciência espiritual que nos proporciona a inteligência para discernir entre pensamentos e ações que são espirituais e curam, e aqueles que são mortais e nocivos!
A percepção espiritual põe a descoberto a pretensão que o erro se arroga de proporcionar satisfação.
É literalmente uma tolice – uma vacuidade – tentar encontrar uma vivência mais rica por perseguirem-se objetivos materialistas.
A matéria é inteiramente vazia, não é substância, e a vacuidade fundamental de sua inexistência não pode ser a fonte de auto-inteireza verdadeira.
O verdadeiro eu do homem é sua individualidade espiritual como reflexo de Deus, encontrada mediante nossa consciência da Vida divina.
Até mesmo os fatos mais corriqueiros provam a incapacidade da matéria para compensar, enriquecer, engrandecer. A matéria não pode satisfazer e não pode ser satisfeita. Não se melhora a individualidade verdadeira com o se lhe adicionar ou subtrair matéria.
O sentido material não é mais satisfatório ou verdadeiro do que o seu objeto irreal, a matéria.
Somente quando aceitamos o bem duradouro, da vida espiritual, é que somos verdadeiramente enriquecidos.
Edwin R. Alley
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