Como já disse, ao falar sobre dízimo, quando ele ou a gratidão são exercidos esperando uma recompensa isto constitui uma farsa.
Quando a gratidão ou o dízimo tem que ver com a espera de algum bem futuro, isto não tem valor.
Mas, quando a gratidão é expressada ou o dízimo é praticado porque uma iluminação foi recebida, um certo conhecimento foi alcançado ou obtido algum entendimento através dele, isto, então, constitui gratidão verdadeira.
Quando uma pessoa separa o dízimo de sua renda, na base de dez, cinco ou, mesmo, um por cento, impulsionada por um senso de gratidão pura, oriunda da luz que recebeu e de sua manifestação na experiência externa, o senso de gratidão, então é de qualidade espiritual.
Mas quando a gratidão está matizada com um senso de aproveitamento pessoal premeditado: Se eu for bastante grato e dar bastante receberei tudo o que é bom, tal gratidão, então, é uma insensatez e seria melhor se não fosse expressada.
A gratidão, especialmente aquela expressada pelo dízimo, possui uma outra significação.
Quando uma pessoa pode separar uma percentagem do seu ordenado e dizer: Isto não está vindo de mim; isto é uma parte do que Deus está empregando para a Sua própria atividade; eu não passo de um mero agente para a sua transferência, então o sendo de dízimo e de gratidão em breve se concretizam num aumento de salário, oportunidades e renda.
Está se aproximando o dia quando não só daremos uma parte da nossa renda à organização, grupo ou movimento ao qual estamos filiados, ou à atividade espiritual, sentindo que somos um agente de transferência do auxílio de Deus à Sua própria atividade, como, também, adotaremos esta mesma atitude em cada demanda que nos seja feita.
Se alguma necessidade surgir para o sustento de nossa família, para a compra de algum presente de aniversário, para algum empreendimento caritativo, até mesmo para o pagamento do nosso imposto de renda, se pudermos captar a ideia de que esta demanda não é exercida sobre nós, como pessoa, ou sobre a nossa renda, mas sobre o Cristo, em prol de Quem estamos agindo como um agente de transferência, constataremos que a abundância está fluindo para nós e através de nós, e chegaremos ao ponto de verificarmos que grande parte do nosso salário está sobrando no fim do mês.
O suprimento aparecerá por meio de muitos canais, a fim de satisfazer aquelas necessidades.
Nunca devemos manter a ideia de que qualquer demanda está sendo apresentada a nós, como pessoa, assim como não devemos encarar pessoalmente qualquer solicitação de cura.
Quando pedimos o restabelecimento de nossa saúde a um curador, devemos saber que ele nada está dando de si mesmo. Ele simplesmente confia na sua consciência espiritual, o que se manifestará como uma cura do corpo ou da mente.
Da mesma maneira, o dinheiro não é menos espiritual do que a verdade. Uma vez que sintamos que Deus é a substância subjacente de tudo que está surgindo em nossa consciência, então, tudo o que existe, se manifesta como uma expansão dele, surgindo e se revelando em forma individual. Neste caso, por que não será o dinheiro, igualmente, tão infinito e abundante como as folhas das árvores?
O ponto que estamos ressaltando é que Deus é a consciência do indivíduo, e que ela está expandindo a infinitude do seu próprio ser como personalidade, lugar ou coisa.
Tudo não passa de vossa própria consciência em expansão. Se captarmos isto e nada separarmos, dizendo: isto é material ou aquilo é material, compreendendo definitivamente que Deus – nossa consciência individual – é infinito, precisamente tão infinito ao expressar e manifestar dinheiro, como quando Se manifesta fazendo crescer nossos jardins, então, na mesma proporção, superaremos qualquer sendo de limitação de nossas finanças.
Tratemos de compreender bem estas coisas. Procuremos eliminar a crença de que uma parte do nosso mundo é espiritual e a outra é material.
Precisamos superar a crença do finito e de quantidades numéricas. Em Deus não existem números. Só há um número. Precisamos perceber o que significa possuir as formas e variedades infinitas do UNO.
Precisamos sentir a unidade, infinitamente formada. Não devemos ver o corpo (ou o dinheiro e o mundo) como uma coisa separada.
Pela meditação, precisamos captar um senso espiritual de corpo (ou de dinheiro ou do mundo).
Pela meditação, precisamos captar um senso espiritual de corpo (ou de dinheiro ou do mundo).