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domingo, 3 de abril de 2016

A IDADE NÃO IMPORTA










QUE IDADE? BEBÊ recém-nascido? "Idade terrível?" Idade escolar? Ado­lescência? Idade de cursar uma facul­dade? Idade de trabalhar? Idade de criar família? Menopausa? Idade de se apo­sentar? Terceira idade? 

Será que algum des­tes termos descreve o homem que reflete o único e sempre Eterno Deus, isento de toda e qualquer idade? Não!

Quando começamos a entender que o conceito de idade não é válido, porque o homem é a semelhança imortal de Deus e não o descendente de mortais, cessaremos de mentalmente registrar a idade.

O problema não é o número de anos que passamos na terra. O problema está nos estereótipos ligados a qualquer um desses números. 

Por exemplo, se crermos que um bebê em processo de dentição deve sofrer por causa desse desenvolvimento, esta­remos de certo modo registrando a idade e atribuindo a esta uma autoridade e um poder que ela de fato não tem. 

O mesmo acontece se acreditamos que o adolescente é sempre do contra, ou que as pessoas mais velhas costumam ficar esquecidas.

Na Ciência divina, a vida do homem depende de um Deus sem idade. 

Como Sua imagem espiritual, o homem tem a idade que Deus tem, em outras palavras, é isento de idade. Esse fato é válido para toda a eternidade. A vida do homem não tem nada a ver com os anos, com o ser jovem ou velho, e essa é a realidade de nosso ser agora mesmo.


Moisés de fato demonstrou domínio sobre a crença de ve­lhice. 

A Sra. Eddy escreve em Ciência e Saúde: "Moisés fez progredir uma nação até a adoração de Deus em Espírito, em vez de na matéria, e ilustrou as grandiosas capacidades huma­nas do ser, concedidas pela Mente imortal." O próprio elevado senso de propósito, que Moisés expressava, lhe confe­ria a disposição de executar a missão que Deus lhe dera, bem como seu interesse pela vida, e essas qualidades desafiaram com naturalidade toda e qualquer ideia de velhice. As "grandio­sas capacidades humanas" que ele manifestava incluíam de modo natural a saúde e a vitalidade oriundas da Mente divina.


Se estamos preocupados com o envelhecimento, é impor­tante lembrar qual é a fonte de nossas capacidades; lembrar que o corpo físico não tem, em si mesmo, nem força nem inteli­gência. Nem é ele verdadeira substância. . 

Se mantivermos um pensamento carnal, limitado, acerca de nosso físico e acreditar­mos que este nos governa, será isso mesmo que iremos sentir em nosso corpo. 

Ciência e Saúde informa: “A Bíblia ensina a transformação do corpo pela renovação no Espírito." 

Se uma pessoa parece estar sofrendo de distúrbios em al­gum de seus órgãos, sofre apenas por crer que um de seus órgãos esteja em dificuldades; existe uma lei espiritual, de re­novação constante. Essa lei está baseada no fato de que o Espírito é a única substância verdadeira e de que o homem reflete a perfeita e indestrutível substância do Espírito

Mediante o poder da lei divina, é-nos possível libertar-nos das falsas crenças e de seus aparentes efeitos, como o comprovou o Mestre, Cristo Jesus, para todos nós. Ciência e Saúde afirma: "Uma mudança na crença humana altera todos os sintomas físi­cos e determina que um caso melhore ou piore. Corrigida nossa falsa crença, a Verdade envia uma mensagem de saúde através do nosso corpo." 

Resumindo, devemos deixar que a lei divina da saúde, lei essa isenta de idade, se ponha em ação. 

Nas palavras de S. Paulo: "Não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus." 

A renovação de nossa mente inclui o desenvolvimento espiritual que ocorre quando cultivamos e exercemos qualidades espirituais, ou seja, os atributos que nos são inatos como filhos de Deus. 

Esse progresso ocorre, não só quando estamos cônscios daquilo que somos espiritualmente, mas também quando expressamos as qualidades que compõem nossa verdadeira natureza. Então, gra­dualmente, percebemos que nada mais temos não ser a cons­ciência e que todo e qualquer aspecto de nossa existência se en­contra incluído em nosso pensamento. Reconhecemos como é importante vigiar nossa consciência e evitar que se acumulem os pensamentos sobre idade.

Na Ciência Cristã a cura física é importante, mas o que real­mente almejamos, no fundo do çoração, é o crescimento espiri­tual resultante do estudo da Bíblia e das leis de Deus, graças a nosso conhecimento e manifestação de nossa verdadeira natu­reza, e da oração que leva à cura física. É esse crescimento o que nos confere domínio sobre as crenças relativas à idade.

A convicção errônea de que o homem é um mortal de determinada idade deveria ser enfrentada espiritualmente, mesmo em se tratando de uma criança. 

Por exemplo, um bebê fincava os pés com tanta força na extremidade da cestinha em que estava, que a mãe teve de colocar uma almofada no lado oposto, para proteger sua cabecinha. Subitamente, ela virou-se e, encarando de frente o bebê, com amor mas com firmeza, pensou e disse: "Não vou aceitar a aparência de que você seja temperamental. Você não pode ter essa característica. Vamos acabar com isso agora." 

O pequenino olhou direto para a mãe, como se a tivesse entendido perfeitamente, e parou de fincar os pés na cestinha. No decorrer dos anos, ao crescer, o menino jamais entrou ou saiu de algum lugar de forma abrupta, nem bateu portas nem ergueu a voz para os pais. A mãe tem certeza de que as tendências temperamentais foram eliminadas definiti­vamente no berço.

Se deixamos de curar traços temperamentais logo cedo, eles se acumulam e acabam se tornando "rabugices de gente velha", até ficarem de fato curados. 

No curso de nossa experiência, temos de escolher qual é o grau de aceitação que esperamos receber de nossa família, de nossos amigos, mesmo na idade avançada. 

Se tivermos aprendido a tomar decisões, sempre teremos certeza mental. 

Se tivermos aprendido a não ser obstinados, cederemos sempre à vontade e à harmonia da Mente divina.

Estamos vivendo no passado, como se os dias de outrora tivessem sido melhores do que os dias de hoje? Por que teriam sido melhores se hoje somos mais sábios do que éramos antes?

Talvez estejamos lamentando algo que poderíamos ter feito e não fizemos, mas isso não significa que não possamos desenvolver certos talentos agora. 

Conheci uma senhora que, já de idade avançada, renovou seu in­teresse pela arte. Hoje, os filhos, netos e amigos apreciam os quadros que ela pinta e que adornam as casas deles.

E quanto ao tempo? Na verdade, não é o tempo que nos envelhece. A relutância, porém em usar nossos momentos de modo apropriado, sem dúvida contribui para o “envelhecimento”. 

Ciência e Saúde afirma: "Todos somos capazes de fa­zer mais do que fazemos." 

Em vista disso, todos podemos evi­tar sermos enganados pela crença de que uma vida ativa é difícil, se não impossível.

Não precisamos nos deixar enganar a ponto de tolerar o medo, a insegurança, o egoísmo, a impaciência, que nos fazem perder a confiança no ser isento de idade e continuamente produtivo. 

O Deus eterno expressa em sua ideia, o homem, qualidades eternas e divinas. A natureza de Deus inclui somente a perfeição e o homem reflete espontaneamente essa natureza.


Portanto, quaisquer qualidades negativas são inaceitáveis para o nosso crescimento espiritual. É claro que, na realidade, o homem não precisa aprimorar-se gradativamente, pois jamais deixou de ser a perfeita e completa semelhança de Deus. Com­provamos isso passo a passo.

Uma senhora que conheço passou por graves problemas de saúde, quando em idade avançada, e estava constantemente acamada. Como a família iria mudar de residência, ela foi levada para a casa de amigos, enquanto se ultimava a mudança. Em breve, começou a insinuar aos familiares que não faltava muito para ela morrer. Um domingo, na igreja, sobreveio à fi­lha dessa mulher um forte sentimento de pesar. Ela orou para saber o que dizer à mãe, para lhe elevar os pensamentos. A fi­lha lembrou-se de que a mãe nunca lhe batera nem sequer gri­tara com ela. Depois do culto, ela foi até à mãe e recordou-lhe esse fato e as características ternas que sempre manifestara.


A filha reconheceu também que a mãe achava que já não seria útil para a família como anteriormente. Então argumen­tou que a utilidade da mãe estava no apoio espiritual que sem­pre dera à família com sua oração e exemplo. A mãe ouviu o que a filha disse. 

Subitamente percebeu seu propósito e utili­dade. Tomou conscientemente a decisão de resistir à tentação de se submeter à crença de morte; Esforçou-se para rechaçar a ideia de morte e também procurou movimentar-se mais. 

A partir daí as coisas mudaram de rumo. Corrigida a crença na su­posta necessidade de velhice e morte, "a Verdade [enviou] uma mensagem de saúde através de seu corpo”. A mulher ficou completamente curada.

Permaneceu com os amigos pelo restante daquele mês, continuando na sua prática habitual de reler Ciência e Saúde do começo ao fim. Passado aquele período, foi para a nova casa da família, onde seu dormitório ficava no piso superior. Ela mo­vimentava-se com desembaraço pela casa toda. Não só suas orações eram valiosas, mas também sua participação nas ativi­dades da família. A vida dela continuou dessa maneira extrema­mente útil por mais uma década.

Por certo que, no decorrer dos anos, auxiliados por uma noção cada vez mais clara de nossa relação com Deus, deveríamos ganhar um senso mais forte de confiança, estabilidade e saúde, ao invés de ficarmos desesperançados, dependentes e doentes. 

Em vez de esperar até que nós, ou os outros, esteja­mos avançados em idade para começar a ponderar a relação que há entre o homem e o Deus eterno, é muito melhor come­çarmos a fazer isso o mais cedo possível! Podemos aprofundar nossa compreensão e melhorar a demonstração da verdade do ser, de tal maneira que a cura espiritual se torne para nós a coisa mais natural do mundo.

Devemos enfrentar continuamente o conceito de envelheci­mento. Não deveríamos esperar até que a velhice nos pareça já ter chegado. Podemos progressivamente ver a falsidade da no­ção errônea de que, alguma vez tenhamos nascido na matéria, vivido nela, ou que possamos morrer, saindo dela. 

Ciência e Saúde afirma: “A Vida é, sempre foi, e sempre será independente da matéria; pois a Vida é Deus, e o homem é a ideia de Deus, formado não material, mas espiritualmente, e não sujeito à decomposição e ao pó.” 

Nós coexistimos com Deus desde sempre e sempre coexistiremos com Ele. Agora mesmo esta­mos coexistindo com Deus, com o Espírito.

O livro-texto também diz: "Um momento de consciência divina, ou compreensão espiritual da Vida e do Amor, é um an­tegozo da eternidade. 

Essa visão sublime, que se obtém e re­tém quando a Ciência do ser é compreendida, preencheria com a vida discernida espiritualmente o intervalo da morte, e o ho­mem estaria na plena consciência de sua imortalidade e harmo­nia eternas, onde o pecado, a doença e a morte são desconhe­cidos." 

Toda cura espiritual que temos, todo novo vislumbre da rea­lidade divina, leva-nos mais para o alto e torna-nos conscientes do cuidado bondoso de Deus, seja qual for nossa suposta idade.





1 Ciência e Saúde, p. 200. 2 lbidem, p. 241. 3 lbidem, p. 194. 4 Romanos 12:2.

5 Ciência e Saúde, p. 89. 6 lbidem, p. 200. 7 lbidem. p. 598.









 

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