Se nos reconhecermos apenas como seres humanos, todos nós queremos ou precisamos de algo, e é esse desejo por essa qualquer coisa que bloqueia nossa percepção espiritual.
É o desejo ou a necessidade de algo separado de Deus que faz crescer dentro de nós uma sensação de separação Dele, ou que nos leva a acreditar que poderíamos ficar satisfeitos com algo que não fosse a presença e o poder de Deus.
O próprio desejo por algo bom, algo tão bom quanto servir, é uma barreira ao desenvolvimento espiritual, pois não temos o direito de querer algo, nem mesmo de querer fazer o bem.
Temos apenas um direito: o de querer conhecer a Deus. Então, se somos colocados em alguma forma de serviço – ensinar, curar, cuidar de crianças, pintar, escrever peças ou livros, ou seja lá o que for – façamos nosso trabalho com alegria e contentamento, porque estamos nos permitindo ser transparências através das quais Deus pode brilhar. Mas o nosso desejo de fazer qualquer destas coisas implicaria glorificar-nos, e isso é errado.
É difícil viver a vida espiritual, porque no contexto humano estamos continuamente desejando alguma coisa – ser algo, fazer algo, beneficiar ou exaltar alguém – e essa barreira ao desenvolvimento espiritual.
A dissolução da barreira vem com o abandono de nossos desejos, anseios, necessidades, de tal forma que possamos ir a Deus puros, não pedindo coisas, companhia, ou para ser úteis, mas pedindo apenas que possamos perceber em nós a graça de Deus.
Que Deus nos envolva e nos penetre, que possamos vir a conhecê-lo corretamente, perceber nossa unicidade para com Ele, e dessa forma nos tornamos cônscios de que somos um com o Princípio criativo de tudo que existe. Isso basta. Daí, então, não temos mais necessidades, não temos mais anseios, não temos mais desejos.
Gratidão e Amor Eterno a Joel Goldsmith
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