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terça-feira, 12 de dezembro de 2023

A Oração Em Três Passos



“Mas tu, quando orares, entra no teu aposento, e fechando a tua porta, ora a teu Pai, que está em secreto, e teu Pai, que vê secretamente, te recompensará”.

Mateus, 6: 6.



Analisando estas instruções sobre a oração, dadas por Jesus, observamos que elas enfatizam a Oniação Autossuprida,  isto é, a ação divina como toda atividade real e plena, sob a qual nos rendemos, nos posicionamos em silêncio e somos recompensados.

A Oniação é permanente! Não se inicia no instante em que alguém se propõe a orar! 

É importante, portanto, desmembrarmos estas instruções em seus três passos, como foram colocados por Jesus, para que cada uma de suas fases seja feita da melhor forma possível.

Primeiro passo: “Entra no teu aposento, e fechando a tua porta” – Aqui, somos instruídos a nos recolhermos em nós mesmos, isolados do suposto “mundo de aparências”, exatamente fechando nossa porta por dentro, deixando “lá fora” todas as “crenças coletivas” ao mesmo tempo. Sejam lembranças boas, sejam lembranças más, que fiquem todas “lá fora”, inexistentes para nossa percepção! Estaremos de “porta fechada” para “este mundo”.

Segundo passo: “Ora a teu Pai, que está em secreto” – Unicamente crenças falaciosas nos induziam a julgar que pudéssemos estar “separados de Deus”. 

Portanto, após executarmos o passo inicial, de nos fecharmos a tais crenças fraudulentas, perceberemos que o “Pai, que parecia estar em secreto”, encontra-se aqui e agora plenamente presente; ao mesmo tempo, contemplaremos, conscientemente, o fato de já estarmos em Sua presença.

Terceiro passo: “E teu Pai, que vê secretamente, te recompensará” – Esta é a fase da oração que constitui a “prece propriamente dita”, quando, vendo-nos na PRESENÇA DE DEUS, discernimos contemplativamente a Unidade: DEUS VIVENDO COMO O SER QUE SOMOS. 

Não existe Filho de Deus e Deus, separadamente existentes! Existe a Vida divina ÚNICA, que Se expressa permanente e perfeitamente como Emanações distintas de Si mesma e em Si mesma. “Sois deuses” (João 10: 34).

Este “estado contemplativo”, em que, livres das hipnóticas influências “deste mundo”, discernimos estar em Deus, e Deus em nós, deixa-nos imersos na percepção da “recompensa permanente”: o conhecimento de que DEUS É QUEM VIVE COMO CADA UM DE NÓS! E é por esse motivo que nada precisamos falar ou pedir: “E orando, não useis de vãs repetições como os gentios, que pensam que, por muito falarem, serão ouvidos. Não vos assemelheis, pois, a eles, porque vosso Pai sabe o que vos é necessário, antes de vós lho pedirdes” (Mateus 6: 8-9).

A oração se encerra dentro deste nítido entendimento: “O Pai sabe o que nos é necessário”, porque ELE PRÓPRIO constitui a “nossa identidade”, razão pela qual somos permanentemente AUTOSSUPRIDOS DE TUDO!






*GRATIDÃO ETERNA AO MEU AMIGO DÁRCIO

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