“Não ameis o mundo nem as cousas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele.”
I JOÃO 2:15
Quando a mente humana se defronta com as Verdades absolutas reveladas na Bíblia, ou em alguma outra escritura sagrada, as palavras parecem duras.
A mente humana crê piamente que este mundo visível seja real. Quando o estudo da Verdade é iniciado, que buscam as pessoas?
A Metafísica explica que o Reino de Deus é a Realidade única aqui presente; explica que Deus é Tudo, e que a nossa identificação plena com Sua totalidade nos liberta. Também explica que o mundo visível à mente humana é uma ilusão, mera "aparência".
Porém, as pessoas que não transcendem a mente humana fazem apenas uma substituição de termos ou palavras, e continuam na mesma ilusão, ou seja, em vez de reconhecerem que o Universo único é Espírito, é Deus, é perfeito, passam a querer “aplicar” a Verdade para que a "aparência" seja melhorada.
O estudo não objetiva melhorar a aparência. Tal objetivo seria um absurdo, uma vez que a base do próprio estudo revela que toda aparência, vista pela mente humana, boa ou má, é ilusão!
Que é a Verdade? A libertação? Ou a “palavra dura?”.
Em I João 2:15, encontramos: “Não ameis o mundo nem as cousas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele”. Palavras duras?
Por que as pessoas amam o mundo e as coisas do mundo? Por um só motivo: não perceberam a REALIDADE DIVINA aqui presente!
A mente humana é incapaz de mostrá-La!
Fazendo grosseira analogia, alguém que desconhecesse a existência de um aparelho de TV em cores, de 50 polegadas, sentir-se-ia satisfeita em ver as imagens mostradas pelo seu aparelhinho de 14 polegadas, em preto e branco, que fosse de seu conhecimento. A satisfação com o interesse pelo inferior somente perdura até que algo superior, ou melhor, seja conhecido!
As palavras da Verdade não são duras. Elas revelam algo infinitamente superior e melhor do que aquilo reconhecido como real pela mente humana!
João percebeu a Realidade. Assim, pôde dizer: “O que era desde o princípio, o que temos ouvido, o que temos visto com os nossos próprios olhos, o que contemplamos e as nossas mãos apalparam com respeito ao Verbo da Vida (...) o que temos visto e ouvido anunciamos também a vós outros, para que vós igualmente mantenhais comunhão conosco. Ora, a nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho, Jesus Cristo. Estas cousas, pois, vos escrevemos para que a nossa alegria seja completa” (I João 1: 1, 3,4).
João, segundo suas palavras, “viu com seus próprios olhos” a Realidade, ou seja, “o que era desde o princípio”.
Em seguida, diz: “Aquele que diz estar na luz e odeia a seu irmão, até agora está nas trevas. Aquele que ama a seu irmão, permanece na luz e nele não há tropeço. Aquele, porém, que odeia a seu irmão, está nas trevas, e anda nas trevas, e não sabe para onde vai, porque as trevas lhe cegaram os olhos” (I João 2:9-11).
Temos estabelecido aqui uma espécie de “medidor de iluminação”, bastante eficaz no combate à hipocrisia e a várias outras artimanhas da suposta mente humana. Que é “estar na luz?” Estar na Luz significa ser a Luz. Como “Deus é Luz”, estar na Luz significa ser Deus.
Jesus disse: “Aquele que me vê a Mim, vê aquele que me enviou”, ou seja, ele estava na Luz e, por conseguinte, era a Luz.
Que Luz Jesus era? A Luz “que era desde o princípio”. Como não há mudanças em Deus, ou na Luz, tudo isso é AGORA!
Os discípulos se viam como discípulos; porém, o suposto “Mestre” lhes disse: “Sois a Luz do mundo”.
Não se mistura a nada “deste mundo”.
Por que há a direta associação desta Verdade com nosso relacionamento com o próximo?
Porque ela revela que Iluminação é UNIDADE; Iluminação é a constatação de que “eu e o outro somos um”.
A Mente Crística é Amor absoluto: vê somente a Realidade; vê somente Deus ou a Perfeição absoluta.
Quando nos dedicamos à percepção da Realidade, não podemos fazer desta “busca” uma simples atividade a mais, dentre as diversas atividades humanas.
O referencial deve ser trocado para o do Eterno AGORA, da Verdade que É, apesar de todas as imagens supostamente mutáveis da aparência.
Continua..>
Gratidão ao Meu Amigo Dárcio
Nenhum comentário:
Postar um comentário