Como praticistas da Ciência Cristã, que fazer para curar com mais eficácia a nós mesmos, as pessoas de nossa família, nossos amigos e todas as pessoas que nos pedem ajuda?
As respostas a essa pergunta encontram-se nos livros-texto da Ciência Cristã: a Bíblia e Ciência e Saúde, de autoria da Sra. Eddy. Esses livros fornecem as regras que nos capacitam a pôr em prática a missão sanadora da Verdade.
A obediência aos Dez Mandamentos e ao Sermão do Monte, proferido por Cristo Jesus, é fundamental para a cura na Ciência Cristã.
Jesus também falou de um Consolador que viria para nos ensinar a seguir o Cristo de forma mais completa.
A esse Consolador a Sra. Eddy denominou Ciência do Cristianismo, ou Ciência Divina. Essa Ciência é a Ciência de Deus, do homem e do Cristo.
A Sra. Eddy recebeu a Ciência Divina de Deus e através das Escrituras. Ela a praticou, comprovou e explicou em Ciência e Saúde.
Essas leis de Deus nos ensinam a viver para Deus, a conviver com nosso semelhante como filhos de Deus e amenizar o sofrimento da humanidade.
Essas leis de Deus nos ensinam a viver para Deus, a conviver com nosso semelhante como filhos de Deus e amenizar o sofrimento da humanidade.
Para fortalecer nossa missão de cura devemos começar compreendendo o que Deus é.
Nossos livros-texto revelam Deus como único, infinito e tudo.
A Sra.Eddy nos fornece vários sinônimos para Deus, que nos ajudam a compreender Sua natureza. Entre eles temos Princípio, Mente, Espírito. Verdade e Amor.
A Ciência de Deus mostra-nos que o Amor divino inspira e apoia nossas demonstrações da missão sanadora da Verdade, tal como fez com Cristo Jesus e seus seguidores ao longo dos séculos.
Também fortalecemos a nós mesmos e à nossa missão de cura, quando compreendemos o que é o homem.
As Escrituras e Ciência e Saúde revelam que o homem perfeito, criado por Deus, ou seja, nossa verdadeira identidade, é feito à imagem e semelhança do Espírito perfeito.
A Ciência do homem prova que a ideia de Deus, o homem, é o reflexo de Deus, genuinamente espiritual, santo e semelhante a Deus.
Para aperfeiçoar a prática da cura também precisamos compreender o que vem a ser o Cristo.
Nossos livros-texto ensinam que o Cristo é a mensagem eterna da Verdade que nos é enviada por Deus, que desperta o pensamento humano para o que Deus é – a Mente única, o Espírito infinito.
A Ciência do Cristo faz com que percebamos a nossa santidade, saúde e imortalidade, qualidades que têm origem em Deus e por Ele são mantidas. Esta compreensão, moldada pelo Cristo, cura.
O Cristo também ajuda o praticista a discernir e a negar o que Deus, a Verdade, não é.
Portanto, o fortalecimento da missão de cura também requer que compreendamos “aquilo que não é”, ou seja, “aquilo que não existe”. E o que é “que não existe”? O erro, a ausência da Verdade. É o que não está ocorrendo na realidade espiritual.
O erro é basicamente um desvio da exatidão e daquilo que é correto: é o pecado.
Ciência e Saúde explica que por trás de todo pecado está a crença falsa de que a matéria tem inteligência, substância ou vida. O erro é trazido à tona e destruído de forma científica pelo Cristo, a Verdade.
Em primeiro lugar, o praticista põe a descoberto e destrói, em seu próprio pensamento e em seu viver diário, as crenças “daquilo que não é”.
O praticista, por assim dizer, limpa continuamente seu terreno mental ao analisar e purificar seu pensamento e comportamento, fazendo um autoexame diário e mantendo o pensamento voltado àquilo que é espiritual.
Algumas das crenças sutis relacionadas com “aquilo que não é”, e a respeito das quais o praticista deve estar atento, são: medo ou timidez, prática desonesta ou antiética, falta de fidelidade ou consagração, além de tentações como orgulho, paixão ou sentido pessoal.
Detectamos e destruímos em nossos pensamentos e em nossa vida “aquilo que não é”, e para isso nos dedicamos ao estudo da Bíblia e das obras da sra. Eddy, à comunhão silenciosa com Deus e ao crescimento espiritual.
Então o erro é discernido e destruído pelo Cristo, a Verdade, com maior facilidade e rapidez também em nossa prática pública. Cristo Jesus disse: “Tira primeiro a trave do teu olho e então verás claramente para tirar o argueiro do olho de teu irmão” (Mateus 7:5).
De que forma “aquilo que não é” se apresenta em nosso trabalho de cura?
O erro pode manifestar-se como uma crença de medo, ignorância, PECADO, DOENÇA E ATÉ DE MORTE.
A LUZ DA Verdade, no entanto, penetra e dispensa a névoa do pensamento, para que possamos ver a Deus perfeito, assim como Sua ideia perfeita, o homem espiritual e livre de pecado.
A luz do Cristo revela que “aquilo que não é”, ou seja, o erro ou matéria, em realidade não é nada, porque aquilo que é – a Verdade, o Espírito – é Tudo-em-tudo.
A compreensão da totalidade da Verdade e da nulidade do erro resulta em cura.
Deus, a Verdade todo-inteligente, não tem conhecimento “daquilo que não é”.
Deus compreende apenas aquilo que fica acima do sentido material. Ele conhece somente aquilo que é espiritual.
Por sua vez, o homem real, que reflete a Verdade imortal, também não é afetado por nenhum falso senso material.
Portanto, quando detectamos o erro em nosso trabalho de cura, é importante que compreendamos a nulidade dessa falsa crença.
O Cristo traz o erro à tona e o elimina, sabendo que se trata de uma mentira, aquilo que não está ocorrendo; e o substitui com a Verdade daquilo que está ocorrendo – a bondade de Deus.
A importância dessa atitude é destacada em Ciência e Saúde: “Põe o erro a descoberto, e ele volta a mentira contra ti. Até que apareça a verdade acerca do erro – ou seja, sua nulidade – a exigência moral não será cumprida,e tua habilidade para reduzir o erro a nada será insuficiente. Deveríamos envergonhar-nos de chamar real àquilo que não passa de engano. Os fundamentos do mal assentam, numa crença em alguma coisa separada de Deus. Essa crença tende a sustentar dois poderes opostos, em vez de insistir unicamente nas reivindicações da Verdade. O engano de pensar que o erro possa ser real, quando é meramente a ausência da verdade, leva-nos a crer na superioridade do erro.”
A “crença na superioridade do erro” pretende impedir que demonstremos a missão sanadora da Verdade.
“Aquilo que não é” não vem a ser alguma coisa real, exterior ao pensamento mortal.
O Cristo detecta todos os métodos secretos ou ocultos do erro que reside no pensamento mortal e mostra que o erro não passa de uma falsa crença subjetiva.
O Cristo expulsa de nosso pensamento “aquilo que não é”, quando conhecemos a nós mesmos e pomos em prática a honestidade, a humildade, o amor, o arrependimento, a regeneração e a compreensão do que é verdadeiro e bom – Deus e Sua ideia.
A compreensão e a demonstração da totalidade do Amor desvendam e destroem o erro.
Além disso, cada cura que obtemos e cada passo de crescimento que damos preparam nosso caminho para demonstrações mais amplas da missão sanadora da Verdade.
Há situações que envolvem a família, o trabalho, a igreja, ou o governo, em que às vezes é preciso pôr a descoberto algo errado e corrigi-lo. Que fazer nesses casos? A sabedoria instruiu Moisés a pegar a serpente.
Jesus, por sua vez, teve a coragem de odiar a iniqüidade. Também nós adquirimos sabedoria divina e coragem moral quando nossos pensamentos e ações estão em sintonia com a Mente de Cristo.
O Cristo poderá nos orientar para que falemos a Palavra de Deus com mansidão ou com energia, para pôr a descoberto o que está errado.
“Aquilo que não é” pode apresentar-se de forma sutil ou agressiva.
Nossos livros-texto, no entanto, nos ensinam que um engano precisa ser trazido à luz no abstrato – sem referência a pessoas, lugares ou coisas, como numa parábola; ou então, de forma direta – com franqueza, honestidade e sinceridade; ou de forma enérgica, ou seja, com força, energia e poder espirituais; mas sempre sob o impulso do Amor divino.
Em todos os casos, porém, precisamos deixar de acreditar no erro, precisamos desarmá-lo e destruí-lo com a compreensão da Verdade, provando que o mal se vence com o bem.
Por outro lado, será que existem ocasiões em que seria mais aconselhável não apontar um erro? Sim. Por exemplo, no caso de alguém que porventura possa reagir de forma violenta contra si mesmo ou contra outrem. Também não nos sentiremos inclinados a trazer um erro à tona enquanto ele parecer real para nós.
Em alguns casos a sabedoria divina talvez leve o praticista a manter silêncio e deixar que a crença “daquilo que não é” se destrua a si mesma.
Houve momentos em que Jesus permaneceu em silêncio, permitindo que a mensagem sanadora do cristo falasse por si mesma.
Se o praticista deve ou não apontar o erro de forma audível, será determinado por uma honesta demonstração da Verdade e do Amor.
É evidente que o praticista estará sempre afirmando a verdade, mesmo que não a expresse de viva voz.
A palavra de Deus somente pode ser expressa com autoridade, quando for proferida com base na sabedoria, compreensão espiritual e na demonstração.
Um praticista tem o poder de dar voz à Verdade divina de forma eficaz na prática, quando ele compreende o que Deus sabe e quando demonstra a Verdade em sua própria vida. É então que a voz do Cristo se faz ouvir.
O que cura não é o que se sabe de uma pessoa ou de um problema, sob o ponto de vista humano, mas o que se compreende da totalidade de Deus e da perfeição do homem como Sua ideia.
Quando a Verdade divina inunda o pensamento do praticista com o amor e a bondade da criação espiritual e pura de Deus, o erro inevitavelmente cede.
O importante é não aceitar essa crença, não temer e tampouco lutar contra “aquilo que não é”, como se fosse uma realidade.
Quando tranquila e firmemente substituímos o erro pela realidade da perfeição de Deus, a lei da Verdade desmascara o erro como sendo o nada e o destrói.
A história bíblica da cura de uma mulher que tinha uma hemorragia ilustra a ação da Ciência da cura cristã. Depois de sofrer doze anos e de haver despendido todos os seus recursos com os médicos de sua época, essa mulher procurou com toda a sua fé tocar Cristo Jesus em busca de cura.
A Sra. Eddy escreve esse incidente: “Quando Jesus voltou-se e perguntou “Quem me tocou? Ele deve ter sentido a influência do pensamento da mulher; pois está escrito que ele reconheceu que dele saiu poder. Sua consciência pura discernira o que havia acontecido e proferiu o veredicto infalível; no entanto, ele não aceitou o erro da mulher por afinidade nem por enfermidade, pois ele o detectou e destruiu.”
Jesus atendeu à exigência da Verdade e deixou que o Cristo detectasse “aquilo que não é” e o destruísse.
A consciência do Cristo, que Jesus expressava, sabia que Deus é a única perfeita e o Princípio da Perfeição que a tudo governa.
Jesus não associou o erro à mulher nem a si mesmo, pois a lei do Amor na destruição do erro manda que despersonalizemos o erro, considerando-o nada e ninguém, ao mesmo tempo que destruímos o pecado. A mulher foi curada.
Nosso Mestre mostrou-nos, e Ciência e Saúde nos explica, como deixar que o Cristo, a Verdade, detecte e destrua “aquilo que não é”, para que aquilo que é – a bondade e a harmonia espirituais – brilhe para todos.
Mesmo que estejamos apenas iniciando na prática da Ciência Cristã, podemos discernir e expressar a sabedoria, a verdade e o amor de Deus, que fortalecem e protegem nossa demonstração da missão sanadora da Verdade.
(Extraído de O Arauto da Ciência Cristã – Dezembro 1994)
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