Certa vez, ao falar com um grupo de
evangélicos, eu dizia a eles que seus pastores, assim como fazem ministros de várias
denominações, além de desvirtuarem o Evangelho original de Jesus, que prega “a
busca do reino dos céus” em primeiro lugar”, e “dentro de cada um”, tais “condutores
cegos” ainda passam à congregação que “a Casa do Senhor”, onde os dízimos deve
ser levados, é, nada mais, nada menos, que a “conta bancária deles”.
E então,
me disseram:
“Se você fosse mesmo cristão, não julgaria!
Não criticaria quem
está levando a palavra de Deus ao povo!
Você seria manso e doce como Jesus, e não
o revoltado que está se mostrando ser!
Vamos orar por você!”
E eu disse a eles:
“Eu sou tão manso e doce como Jesus! Apenas, em vez de chamá-los de “hipócritas”,
de “serpentes” ou de “raça de víboras”, como fez o “manso e doce” Jesus, eu
prefiro chamá-los de “lobos”!
Quando orarem por mim, orem também por Jesus!”
Ouvindo isso, me disseram: “Mas há exceções!” E eu respondi:
“As exceções sabem
que não me estou referindo a elas!”.
A questão é a seguinte:
Jesus nunca
falou em “igrejas deste mundo”, mas sim, que “os verdadeiros adoradores adorarão
o Pai em espírito e em verdade”, como já vimos no primeiro capítulo.
“Mas ai de vós, escribas e fariseus,
hipócritas! Pois que fechais aos homens o reino dos céus; e nem vós entrais,
nem deixais entrar aos que estão entrando”.
Mateus, 23: 13
Enquanto o povo desconhecer a Palavra de Deus, não aprender que a
“Casa do Senhor”, segundo as Escrituras, é cada um de nós,
não saberá o sentido de se levar o dízimo à “Casa
do Senhor”, que é, simplesmente, fazermos recircular, entre os irmãos, as dádivas
que de Deus aparentemente recebemos neste
mundo, não apenas com doações em dinheiro, mas em tudo!
Em amor ao próximo, em
atenção e dedicação a ele, enfim, em doação de nós mesmos, de nossos dons e
talentos, todos de origem divina.
Enquanto não for entendido que o Evangelho parte do referencial espiritual, e não humano, a UNIDADE, que em Deus
formamos, não será reconhecida.
É ela que norteia todas as nossas atividades
neste suposto “mundo de aparências”,
fazendo-as se cumprirem como atividades
destituídas de "ego".
Este desconhecimento é o que favorece o aparecimento
dos “falsos profetas”, previstos por Jesus, gente treinada para iludir incautos
e “tosquiar ovelhas”, em vez de realmente "apascentá-las" com a
Verdade.
A Bíblia diz claramente:
“O bom pastor dá a
vida pelas ovelhas”, ou seja, nunca é aquele que "lhes suga o sangue"! Este,
é “lobo”.
Realmente, a lei que rege a prosperidade visível diz: “Dai, e ser-vos-á dado”;
porém, esta datividade não parte jamais de um “ego” interesseiro e de olho em “retorno”!
Antes, ela decorre de nossa “comunhão com Deus”, de nossa “busca do reino em nós”!
Desse modo, como todo aquele em comunhão
espiritual com Deus é “um com Ele”, naturalmente, como reflexo desta Verdade no
mundo visível, todas as nossas aparentes necessidades são atendidas pelos “bens
acrescentados”.
Cientes de que TUDO É DEUS, colocamos em prática esta “percepção”,
e é quando agimos naturalmente, dentro da “lei de datividade”, não mais sendo um “ego”
ajudando a"outro", mas sim vendo que a Verdade “somos todos um” está Se manifestando visivelmente.
Assim como
nossa mão direita "ajuda" a esquerda, sem que percamos a noção de que
são ambas de um só corpo, o dízimo também é
dado sem que percamos a noção de que
SOMOS TODOS UM SÓ CORPO!
Por isso Jesus falou
firme com os “falsos profetas”:
“Pois que fechais
aos homens o reino dos céus; e nem vós entrais, nem deixais entrar aos que estão
entrando”.
Estava explicando que unicamente quem “entra no reino dos céus”
pode conhecer a UNIDADE PERFEITA e agir na Oniação
divina, a qual acaba por se refletir também "neste mundo".
Como sabia ser o discurso dos “escribas e fariseus” voltado a exterioridades e
a seus interesses pessoais, era-lhe fácil saber que "desconheciam o reino
dos céus"; vivendo de hipocrisias, iludiam o povo, impedindo-o também de
"entrar no reino dos céus”, entrada que somente é realizada pelo renascimento espiritual, e jamais por qualquer outro caminho.
“OLHAI PARA MIM”
Quando as Escrituras se referem a “Mim”, longe estão de pretender “personalizar” Deus!
Deus é o TODO:
Onipotente, Onipresente, Onisciente e Oniativo!
Assim, o chamado “a Mim” sempre se refere à Presença de Deus em TODO ser individual, chamada na Bíblia de “Cristo”.
Quando o apóstolo Paulo pregou este “Cristo Interior”, que é a Presença do Pai Onipresente como o Cristo em todos,
explicou o pré-requisito para acharmos esta Presença em “NÓS MESMOS” – “em Mim” - como a nossa Vida Eterna.
explicou o pré-requisito para acharmos esta Presença em “NÓS MESMOS” – “em Mim” - como a nossa Vida Eterna.
Qual é este pré-requisito?
O “Renascimento espiritual”!
“Não mintais uns aos outros, pois que já vos despistes do velho homem e seus feitos, e vos vestistes do novo, que se renova para o conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou; onde não há grego nem judeu, circuncisão nem incircuncisão, bárbaro, cita, servo ou livre; MAS CRISTO É TUDO EM TODOS” (Col. 3: 9-11).
Este é também o sentido do chamado de Isaías, quando disse:
“Olhai para Mim e sereis salvos, vós, todos os termos da terra; porque eu sou Deus,
e não há outro” (Isaías, 45: 22).
Foi por isso que Jesus afirmou que
“Os verdadeiros adoradores adoram O PAI, em espírito e em verdade”.
Portanto, a interpretação dada pelas igrejas ortodoxas, de que a frase
“Ninguém vem ao Pai senão por mim”
significa que “ninguém vem ao Pai senão por Jesus”, é uma das maiores distorções ds Escrituras possíveis de serem feitas, e sem qualquer fundamento bíblico.
As igrejas “personalizaram” o “acesso a Deus”, limitando-o unicamente à “pessoa de Jesus”, enquanto Jesus via o Pai tanto nele mesmo, como e em todos nós, formando a UNIDADE PERFEITA, acima da visão humana!
Acima do ilusório e condenado “juízo pelas aparências”.
O resultado desta distorção?
Jesus subiu ao Pai, e o restante ficou na mesmice de sempre:
vivendo no “mundo do pai da mentira”!
Sem “nascer de novo”, sem ver “Reino de Deus” nenhum!
AFIRMAÇÃO DO DIA
AFIRMAÇÃO DO DIA
Afirmo a Presença de Deus em Mim!
Como disse Isaías, passo AGORA a“OLHAR PARA MIM”, para o Cristo que é “TUDO EM MIM”, como revelou Paulo!
Sei que perceber o Espírito do Cristo “em Mim”, quer dizer “receber o Espírito Santo”, perceber a Verdade da Existência!
Perceber minha identidade crística!
Meu eterno elo de unidade com o Pai Infinito!
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