“Senhor, quantas vezes terei que perdoar a meu irmão, se pecar contra mim? Até sete vezes?”.
E Jesus respondeu:
“Não te digo até sete, mas até setenta vezes sete vezes”.
Mateus, 18: 32
Pedro assim perguntou a Jesus: “Senhor, quantas vezes terei que perdoar a meu irmão, se pecar contra mim? Até sete vezes?”.
Jesus disse a ele: “Não te digo até sete, mas até setenta vezes sete vezes”.
Para haver o entendimento completo desta resposta dada por Jesus, teremos de conhecer os princípios da Verdade Absoluta e também o funcionamento da suposta mente humana.
Em termos absolutos, o perdão é concedido dentro do entendimento de que SOMOS TODOS UM, o que significa que NÃO HÁ, DE FATO, “OUTROS” A SEREM PERDOADOS.
Gandhi já resumiu a questão, dizendo: O “Eu é inofendível! Conhecia a Verdade de que o “Eu ÚNICO” em expressão é DEUS, uma UNIDADE PERFEITA abrangendo TUDO E TODOS!
Ao ouvir de Pedro a pergunta: “Quantas vezes terei que perdoar a meu irmão”, Jesus percebeu que era falho o seu entendimento da UNIDADE DA VIDA. Pedro ainda se julgava “um”, entendendo cada irmão como “outro”! Estava sendo um “ramo da Videira” sem perceber SER A VIDEIRA, como os ramos todos são!
Jesus sabia que enquanto esta ILUSÃO SEPARATISTA se mantivesse, ele teria que “perdoar” ao suposto “outro”.
As “setenta vezes sete vezes” significavam isto: o número de vezes com que alguém se ilude pela dualidade; em vez de se ver sendo O CRISTO, SEMPRE EM “UNIDADE PERFEITA” COM O CRISTO DO PRÓXIMO”, vê-se a si mesmo, e ao próximo, como “carnais nascidos”, dotados de mentes pessoais e passíveis de entrarem em desavenças e conflitos!
Cada vez que isso ocorre, o “perdão” deve ser praticado, juntamente com a percepção iluminada de se ter iludido pelas “aparências”, deixando de testemunhar a Verdade Absoluta de que o suposto “outro” sempre esteve sendo “um com Deus” e “um consigo próprio”.
O real significado do “perdão” dista infinitamente do seu conceito mental humano, nitidamente explicitado por Pedro em sua pergunta a Jesus: “Senhor, quantas vezes terei que perdoar a meu irmão? Até sete vezes?”
Esta visão, que enaltece o ego e o faz “bondoso e perdoador”, por relevar supostos “pecados contra ele” cometido pelos “outros”, fica destruída pelo real significado do “perdão”.
Das “sete vezes”, imaginadas por Pedro, Jesus alterou a quantidade para “setenta vezes sete”!
A doutrina de Jesus prevê cada um “buscando o Reino de Deus e a sua justiça”, e em primeiríssimo lugar. Este Reino é habitado por Luzes divinas, que se manifestam AQUI E AGORA como cada um de nós, sempre como “Unidade Perfeita”.
Ao achar que “perdoar sete vezes” seria motivo para se vangloriar, Pedro se esquecia da Verdade de que “somos todos um”, e que o CRISTO é quem TODOS SOMOS, formando a Onipresença de Deus!
“NÃO SETE, MAS SETENTA VEZES SETE”, disse Jesus, para simbolizar “INFINITAS VEZES”.
A “Prática do Perdão”, efetivamente realizada, deve comprovar que empregamos a “Mente de Cristo”, a Mente que “a NINGUÉM julga pelas aparências”!
Portanto, Jesus respondia a Pedro que, “toda vez que um irmão pecasse contra ele”, aquilo lhe deveria servir como “lembrete” de “ser UM com ele”, em vez de se achar “ carnal merecedor de elogios”, por relevar os incidentes “até sete vezes”, sem guardar rancores, mágoas ou ressentimentos!
E na “oitava vez”, que faria ele?
Se um “Ramo da Videira” deixasse sua atenção “escorregar” até que chegasse a outro “Ramo”, constataria ser o “outro” a MESMA VIDEIRA que estava SENDO ELE PRÓPRIO!
Em outras palavras, A VIDEIRA ESTARIA SE EXPRESSANDO COMO UNIDADE, E NUNCA COMO “RAMOS SEPARADOS”! A SEIVA ÚNICA A SUSTENTARIA EM SUA TOTALIDADE!
Diante de supostas “ofensas” partidas de “outros”, o mundo as leva em conta segundo suas CRENÇAS NO BEM E NO MAL, isto é, alguns as gravam sem perdoar, guardando-as negativamente no subconsciente, enquanto outros optam por as relevar. CONTUDO, O SENTIDO REAL É ABSOLUTO!
AS SUPOSTAS OFENSAS SÃO TODAS IRREALIDADES, E QUANDO APARENTEMENTE PERDOAMOS, NÃO AS GRAVAMOS COMO OFENSAS REAIS NEM AS GRAVAMOS COMO BONDADE PESSOAL EXPRESSA “ATÉ SETE VEZES”!
Continua..>
GRATIDÃO AO MEU AMIGO DÁRCIO
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